sexta-feira, 10 de junho de 2022

COBRA COMENDO COBRA...E ROUBANDO COBRA!

 COBRA COMENDO COBRA E ROUBANDO COBRA

 

     Igarapava em Foco – 14/11/2021 (Ronaldo Júnior no Facebook)

     Repaginação e arranjo: Sérgio Aparecido Dias (Manaus / AM)



 Ladrões entraram num banco e um gritou para todos ouvirem:

- “Ninguém reaja, porque o dinheiro é do Banco, mas suas vidas pertencem a vocês”!

Todos no banco ficaram em silêncio e lentamente se deitaram no chão.

Isso se chama MUDANÇA DE MENTALIDADE.

Uma mulher ao longe gritou:

- "Meu Amor, não seja mal comigo”!

O ladrão respondeu:

- "comporte-se, isso é um assalto, não um romance"!

Isso se chama PROFISSIONALISMO.

O ladrão mais jovem disse ao ladrão mais velho:

- "Ei cara, vamos contar quanto temos"!

O ladrão mais velho, respondeu:

- "Não seja estúpido, é muito dinheiro para contar agora, vamos esperar o noticiário informar quanto o banco perdeu."!

Isso se chama EXPERIÊNCIA.

Depois que os ladrões foram embora, o supervisor do banco disse ao gerente que deveriam chamar a polícia com urgência. O gerente respondeu:

- "Calma, vamos incluir no assalto os desfalques que fizemos”!                             O supervisor concordou.

Isso se chama GESTÃO ESTRATÉGICA.

No dia seguinte, foi noticiado que foram roubados R$ 80 milhões do banco, mas os ladrões só contaram R$ 10 milhões! Os bandidos pensaram:

- "Arriscamos nossas vidas por R$ 10 milhões, enquanto o gerente do banco roubou 70 milhões num piscar de olhos”!

Isso se chama CONHECIMENTO.

O gerente do banco ficou satisfeito, pois todos os seus desfalques foram encobertos pelo assalto. O banco também, pois foi ressarcido pela seguradora.

Isso se chama APROVEITAR AS OPORTUNIDADES!

 

quinta-feira, 9 de junho de 2022

A ESTRUTURA DE GOVERNO DO REI SALOMÃO - DE ACORDO COM A BÍBLIA

 A ESTRUTURA DE GOVERNO DO REI SALOMÃO

Pr. Sérgio Aparecido Dias

 

REIS 4:1-28

 



O rei Salomão reinou sobre todo o Israel.
Eram estes os seus homens principais: Azarias, filho de Zadoque, o principal.
Eliorefe e Aías, filhos de Sisa, eram secretários; Josafá, filho de Ailude, era o cronista;
Benaia, filho de Joiada, era comandante do exército; Zadoque e Abiatar eram sacerdotes;
Azarias, filho de Natã, era intendente-chefe; Zabude, filho de Natã, ministro, amigo do rei;
Aisar, mordomo; Adonirão, filho de Abda, superintendente dos que trabalhavam forçados.
Tinha Salomão doze intendentes sobre todo o Israel, que forneciam mantimento ao rei e à sua casa; cada um tinha de fornecer durante um mês do ano.
São estes os seus nomes: Ben-Hur, nas montanhas de Efraim;
Ben-Dequer, em Macaz, Saalabim, Bete-Semes, Elom e Bete-Hanã;
Ben-Hesede, em Arubote; a este pertencia também Socó e toda a terra de Héfer;
Ben-Abinadabe tinha toda a cordilheira de Dor; Tafate, filha de Salomão, era sua mulher.
Baaná, filho de Ailude, tinha a Taanaque, e a Megido, e a toda a Bete-Seã, que está junto a Zaretã, abaixo de Jezreel, desde Bete-Seã até Abel-Meolá, até além de Jocmeão.
Ben-Geber, em Ramote-Gileade; tinha este as aldeias de Jair, filho de Manassés, as quais estão em Gileade; também tinha a região de Argobe, a qual está em Basã, sessenta grandes cidades com muros e ferrolhos de bronze.
Ainadabe, filho de Ido, em Maanaim;
Aimaás, em Naftali; também este tomou filha de Salomão por mulher, a saber, Basemate.
Baaná, filho de Husai, em Aser e Bealote;
Josafá, filho de Parua, em Issacar;
Simei, filho de Elá, em Benjamim;
Geber, filho de Uri, na terra de Gileade, a terra de Seom, rei dos amorreus, e de Ogue, rei de Basã; e havia só um intendente nesta terra.
Eram, pois, os de Judá e Israel muitos, numerosos como a areia que está ao pé do mar; comiam, bebiam e se alegravam.
Dominava Salomão sobre todos os reinos desde o Eufrates até à terra dos filisteus e até à fronteira do Egito; os quais pagavam tributo e serviram a Salomão todos os dias da sua vida.
Era, pois, o provimento diário de Salomão trinta coros de flor de farinha e sessenta coros de farinha (
Um coro corresponde a 208,2 litros);
dez bois cevados, vinte bois de pasto e cem carneiros, afora os veados, as gazelas, os corços e aves cevadas.
Porque dominava sobre toda a região e sobre todos os reis aquém do Eufrates, desde Tifsa até Gaza, e tinha paz por todo o derredor.
Judá e Israel habitavam confiados, cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão.
Tinha também Salomão quarenta mil cavalos em estrebarias, para os seus carros, e doze mil cavaleiros.
Forneciam, pois, os intendentes provisões, cada um no seu mês, ao rei Salomão e a todos quantos lhe chegavam à mesa; coisa nenhuma deixavam faltar.
Também levavam a cevada e a palha para os cavalos e os ginetes, para o lugar onde estivesse o rei, segundo lhes fora prescrito.

MAS TODA ESSA OPULÊNCIA DO REI SALOMÃO ERA RAZOÁVEL?

     Impressionante a produção naquele tempo e toda essa gastança! Mas.....convenhamos: o rei Salomão, seus familiares, seus nobres e seus serviçais, eram um peso enorme para o pobre do povo sustentar!!! Aliás, todos os reis de Israel e Judá se locupletaram e deitaram e rolaram na opulência, enquanto os que forneciam (e ai deles se não fornecessem!!!) toda essa vida de luxo e abastança, muitos deles passavam fome, para que o rei e sua família de indolentes vivessem no bom e no melhor!!! Exatamente como na Inglaterra hoje em dia, onde o povo sustenta uma cambada de gente que não faz absolutamente nada, a não ser desfrutar de uma vida de nababos, de papo pro ar e viajando pelo mundo e pelas cidades, em carruagens luxuosas puxadas a cavalos de pura raça, alimentados com a mais fina ração! O povo só recebe o mau cheiro do peido dos cavalos! E nós ainda reclamamos de nossa situação, vivendo num país democrático e livre!



sábado, 7 de maio de 2022

SÃO CRISTÓVÃO - O PADROEIRO DOS MOTORISTAS - É UM "SANTO CACHORRO"?

 



O ícone de São Cristóvão nos deixa com medo, atônitos ou mesmo indignados: São Cristóvão representado com a cabeça de um cão. A combinação de traços animais e humanos é uma característica de um demônio ou de uma criatura mítica na arte medieval.

De acordo com uma versão de sua biografia, São Cristóvão veio de uma tribo de cinocéfalos, isto é, pessoas com cabeça de cachorro que eram frequentemente mencionadas por autores antigos e medievais. Isso é contestado porque a aparência dessa imagem pode ser atribuída a uma interpretação incorreta do nome do santo. De acordo com uma hipótese, é um nome distorcido da região geográfica de onde Cristóvão era – Cynoscephalae (uma região montanhosa na Tessália, Grécia). Além disso, a palavra cananeu (uma pessoa de Canaã) soa semelhante à palavra latina canis , ‘cachorro’. Outra versão atribui isso ao tratamento literal da descrição da aparência do santo, “um homem semelhante a um animal”. Uma biografia de São Cristóvão, espalhada por Chipre e mais tarde na Rússia, diz que o santo tinha sido muito bonito, mas pediu ao Senhor para fazê-lo feio, porque ele queria evitar a tentação.

Existem várias versões da biografia de São Cristóvão nas tradições orientais e ocidentais.

De acordo com a tradição oriental, havia um homem chamado Reprebus capturado em combate contra as tribos no leste do Egito durante o reinado de Décio. Ele era enormemente alto e tinha cabeça de cachorro como todos os membros de sua tribo. Reprebus declarou abertamente sua fé cristã e repreendeu aqueles que perseguiram os cristãos antes de seu batismo. O imperador Décio enviou duzentos soldados para capturá-lo. Reprebus não resistiu. Havia milagres a caminho: um cajado da mão do santo florescia e ele multiplicava pães com sua oração, como o Salvador fizera. Os soldados que escoltaram Reprebus ficaram tão impressionados com os milagres que se converteram ao cristianismo e foram batizados por Babylas, um bispo de Antioquia, junto com Reprebus. Cristóvão foi o nome que Reprebus recebeu no batismo. Quando Cristóvão foi levado perante o imperador, o último chamou duas prostitutas e ordenou-lhes para seduzir o santo para fazê-lo renunciar a Cristo. No entanto, quando as mulheres retornaram ao imperador, declararam que também eram cristãs. Eles foram brutalmente assassinados e morreram como mártires. Décio sentenciou Cristóvão à pena capital. Depois de tortura cruel, o mártir foi decapitado.

As lendas ocidentais são bem diferentes das que estamos acostumados. Segundo alguns pesquisadores, eles poderiam ter aparecido no século VI. Geralmente, a tradição católica é baseada na Lenda de Ouro de Jacobus de Varagine, em que se conta a história de um gigante chamado Reprebus que levou em sua cabeça para ir e servir “o maior rei que havia”. Ele foi até o rei que tinha a reputação de ser o maior, mas um dia ele viu o rei fazer a cruz à menção do diabo. Ele passou a servir o diabo, mas depois descobriu que o diabo temia a Cristo.

Ele conheceu um eremita que o instruiu na fé cristã. Cristóvão perguntou-lhe como ele poderia servir a Cristo. O eremita sugeriu que, por causa de seu tamanho e força, Cristóvão podia servir a Cristo ajudando as pessoas a atravessar um rio perigoso, onde estavam perecendo na tentativa.

Depois de Cristóvão ter realizado esse serviço por algum tempo, uma criancinha pediu-lhe para levá-lo através do rio. Durante a travessia, o rio inchava e a criança parecia tão pesada quanto o chumbo, tanto que Cristóvão mal podia carregá-la. A criança respondeu: “Você tinha em seus ombros não apenas o mundo inteiro, mas também Aquele que fez isso.” Então Jesus batizou Reprebus no rio, e ele recebeu seu novo nome Cristóvão, que significa aquele que carrega Cristo. Então o Menino Jesus disse a Cristóvão para enfiar um galho de árvore no chão, e ele se tornaria uma árvore frutífera. Este milagre converteu muitas pessoas à fé. O governador local ficou indignado e jogou Cristóvão na prisão, onde ele foi atormentado até a morte. Esta história teve uma grande influência na iconografia ocidental. O santo é invariavelmente representado com o Menino Jesus nos ombros.

A veneração de São Cristóvão é menos difundida no Oriente. As imagens com cabeça de cachorro de Cristóvão podem ser encontradas apenas em comunidades de ritos antigos e apenas em raros ícones e afrescos.

Fonte: https://fasbam.edu.br/2020/01/15/uma-besta-com-um-halo-que-santo-e-esse/

sábado, 23 de abril de 2022

AS MORTAIS PROTEÍNAS DE SPIKE E SUAS RELAÇÕES COM A VACINA CONTRA A COVID 19

 

Trechos compilados de trabalhos científicos, pelo Pr. Sérgio Aparecido Dias

 

Fonte: https://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2022/03/07/desintoxicacao-de-proteina-spike.aspx

 

Proteínas de spike podem circular em seu organismo, após infecção ou injeção, provocando danos às células, tecidos e órgãos. “A proteína Spike é uma proteína mortal”, diz em um vídeo o Dr. Peter McCullough, internista, cardiologista e epidemiologista treinado. Pode provocar inflamação e coagulação em qualquer tecido em que se acumule.

 

Um estudo de biodistribuição japonês da Pfizer, também descobriu que as partículas da vacina se movem do local da injeção para o sangue, após o qual as proteínas circulantes são livres para se mover por todo o organismo, sobretudo para os ovários, fígado, tecidos neurológicos, entre outros órgãos. 

 

            Em sua forma original no SARS-CoV-2, a proteína spike é responsável pelas patologias da infecção viral. E, em sua forma original, é conhecida por abrir a barreira hematoencefálica, provocar danos às células (citotoxicidade) e, como dito pelo Dr. Robert Malone "ativo na manipulação da biologia das células que revestem o interior de seus vasos sanguíneos, as células endoteliais vasculares, em parte através de sua interação com o ACE2, que controla a contração dos vasos sanguíneos, a pressão sanguínea, entre outras.” Também foi revelado, que a proteína spike sozinha consegue causar inflamação e danos ao sistema vascular, independente de um vírus.

WCH observou: “A proteína spike do vírus tem sido associada a efeitos adversos, como: coágulos sanguíneos, névoa cerebral, pneumonia em organização e miocardite. É provável que seja responsável por diversos efeitos colaterais do Covid-19 [vacina] … Mesmo que você não tenha apresentado sintoma, tenha testado positivo para Covid-19 ou tenha experimentado efeitos colaterais adversos após a vacina, ainda pode haver proteínas spike persistentes no interior de seu organismo.

Para eliminá-los após a vacina ou uma infecção, médicos e profissionais da saúde estão sugerindo algumas ações simples. É dito que limpar o organismo da proteína spike... o mais rápido possível após uma infecção ou vacina, pode proteger contra danos causados ​​pela mesma que estejam remanescentes ou circulantes.”

Agora, o Conselho Mundial para a Saúde (WCH), uma coalizão mundial de organizações focadas em saúde e grupos da sociedade civil, que buscam ampliar o conhecimento sobre o bem-estar público, lançou um guia de desintoxicação de proteína spike, fornecendo etapas simples que você pode seguir para reduzir potencialmente os efeitos tóxicos da mesma. A interleucina 6 (IL-6) é uma citocina pró-inflamatória, expressa após a injeção e os níveis aumentam nas pessoas com COVID-19. É por esse motivo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda inibidores de IL-6 para pessoas em situações graves de COVID-19. Muitos inibidores naturais de IL-6, ou anti-inflamatórios, existem e podem ser úteis para aqueles que procuram desintoxicar-se do COVID-19 ou de suas vacinas:

Boswellia serrata (incenso indiano)

Extrato de folha de dente de leão

Cominho preto (Nigella sativa)

Curcumina

Óleo de Krill e outros ácidos graxos

Canela

Fisetina

Apigenina

Quercetina

Resveratrol

Luteolina

Vitamina D3 (com vitamina K)

Zinco

Magnésio

Chá de jasmim

Especiarias

Folhas de louro

Pimenta-do-reino

Noz-moscada

Sálvia

 

Para entrar em suas células, o SARS-CoV-2 primeiramente se liga a um receptor ACE2 ou CD147 na célula. Em seguida, a subunidade de proteína spike deve ser clivada proteoliticamente (cortada). Sem essa clivagem de proteínas, o vírus apenas se ligaria ao receptor e não avançaria mais.

“O local da furina é o motivo pelo qual o vírus é tão transmissível, sendo também a razão do porque ele invade o coração, o cérebro e os vasos sanguíneos”, explicou o Dr. Steven Quay, médico e cientista, em um Subcomitê de Supervisão e Reforma da GOP House em Crise de Coronavírus Selecionada audição.

A existência de um novo local de clivagem de furina no SARS-CoV-2, enquanto outros coronavírus não possuem um único exemplo de um local de clivagem de furina, é uma razão significativa pela qual muitas pessoas acreditam que o SARS-CoV-2 foi criado através de ganho de função (GOF) em um laboratório.

 

Produtos que tiram os metAis e a proteÍna spike do corpo:

 

• Ivermectina ( inibe proteína spike, tomar 2 dias seguidos a cada 15 dias )

 

Ivermectina, hidroxicloroquina (com zinco), quercetina (com zinco) e fisetina (um flavonoide) são exemplos de substâncias que podem proteger de maneira natural seus receptores ACE2. A ivermectina funciona nesse sentido ligando-se aos receptores ACE2, impedindo a ação da proteína spike. A ivermectina se junta ao domínio de dobra do receptor da proteína spike, ligado ao ACE2, podendo interferir na sua capacidade de se ligar à membrana celular humana.

 

• Prata coloidal (inibe a proteina spike, de ação antiviral, antifúngica e antibacteriana)

 

• Prunella (inibe proteína spike)

 

• Extrato de dente de leão (inibe proteína spike)

 

• Clorela (tem os mesmos aminoácidos da carne)

 

• NAC / Acetilcisteina (antioxidante, elimina metáis e neutraliza a proteína spike)

 

• Pycnogenol - (é o extrato da casca do pinheiro marítimo, e é um ótimo antioxidante)

 

• Chá de agulha de pinheiro (elimina metáis e neutraliza a proteina spike)

 

• Glutationa (antioxidante e neutraliza a proteína spike)

 

• Chá de anis estrelado (neutraliza a proteína spike)

 

• Chá de funcho (neutraliza a proteina spike)

 

• Erva-de-são-joão / hipérico (neutraliza a proteina spike).

 

 

 

NOTA: para esclarecimentos mais profundos e completos, siga o link abaixo.

 

https://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2022/03/07/desintoxicacao-de-proteina-spike.aspx

sexta-feira, 22 de abril de 2022

A TRAGÉDIA DE MÜNSTER - NÃO SE PODE FUGIR DA HISTÓRIA!!!

                                      A TRAGÉDIA DE MÜNSTER

 

Parte do livro (a ser publicado) “A Epopéia Dramática do Povo Batista”,

de autoria do Pr. Sérgio Aparecido Dias

             Não poderíamos finalizar a História dos Anabatistas sem nos referir ao episódio que ficou conhecido como “A Tragédia de Münster “ou “O Reino de Münster”“. Foi a famosa Revolta dos Camponeses, na Alemanha, em 1524. É bem verdade que o estudioso e pesquisador de nossa época, que dispõe de todas as fontes documentais sobre os acontecimentos ante e pós-idade média, não atribuirá aos Anabatistas, os desmandos que ocorreram na Renânia (particularmente em Münster).  Mas, infelizmente para os Anabatistas da época, os seus opositores aproveitaram-se da situação para culpá-los.

             Vamos aos fatos: verdade seja dita que a reforma protestante, particularmente na Alemanha, revestiu-se de características nacionalistas.  O Feudalismo, sistema caótico implantado na Europa Medieval, por força das circunstâncias de desgoverno (especialmente após a morte de Carlos Magno) e do avanço dos bárbaros Vikings, aliado às conquistas muçulmanas, dividiu os países em províncias ou territórios, também denominados cantões (como os cantões suiços, por exemplo).  A Alemanha estava esfacelada e até o idioma alemão puro era quase desconhecido nalguns cantões.  A preservação da cultura e das tradições dependia, quase sempre, dos mosteiros, conventos e abadias.

             Particularmente a Saxônia, cujo chefe político-militar Frederico, era amigo e defensor de Martinho Lutero, teve participação vital no movimento reformista.  Não fosse o apoio de Frederico, Lutero teria sido morto pelas tropas do papa Leão X, ao retornar da Dieta de Worms, onde foi julgado perante os maiores teólogos romanistas.  Apesar de não ter sido condenado (e ter um salvo-conduto), cavaleiros encapuzados o esperavam na estrada para Wittemberg, com o objetivo de raptá-lo e matá-lo.  Mas Frederico também enviou seus cavaleiros (também encapuzados) e estes raptaram Martinho Lutero e o levaram a salvo para um dos castelos de Frederico, na Saxônia.  É a esse castelo que Martinho Lutero se refere em seu famoso hino “Castelo Forte."

             Nesse castelo, pelo espaço de 2 anos, Lutero traduziu a Bíblia para o alemão.  Mas não o alemão corrompido pela "linguagem de hoje" daquele tempo, mas o alemão puro e castiço, o alemão clássico, fator de união dos cantões numa só e grande Alemanha, uma das maiores forças da Europa e do mundo.  Se hoje a Alemanha fala um único idioma, deve isso a Martinho Lutero.  Se a Alemanha é hoje uma das maiores potências mundiais, deve render tributo à reforma protestante.  Os alemães tiveram que reestudar o alemão, pois tinham sede de ler a Bíblia em seu próprio idioma.  Aprenderam muito mais que o idioma: descobriram a liberdade e a nacionalidade.  

             Era o início do fim do Feudalismo.  E toda a Europa seguiria o exemplo alemão, cada qual dos países procurando a sua própria identificação.  Até mesmo os conquistadores Vikings se nacionalizaram em seus territórios conquistados e lentamente se formariam, mais tarde, a Tchecoslováquia, Suécia, Dinamarca e demais nações da média e baixa Europa.  Mas era difícil, para os antigos senhores feudais, abandonarem os territórios onde dantes viviam como reis, explorando o povo.  Até mesmo bispos católico-romanos eram senhores em vários feudos, na Alemanha e na Espanha.  E tinham o apoio de reis e imperadores.

             A Renânia (na Alemanha) era também dividida em Feudos.  E a região, cujo centro era Münster, tinha como senhor feudal um bispo católico-romano.  Mas o próprio povo, de origem camponesa, estava farto das explorações do bispo.  Organizaram uma grande revolta, conhecida na História como "A Revolta dos Camponeses" e conseguiram expulsar o bispo e suas tropas, declarando Münster um território livre e independente.  Formou-se um govêrno emergencial e Bernardo Rothmann, pregador luterano, assumiu o controle da situação.  Propagou-se a notícia: Münster era livre e tinha como líder um reformista luterano.  Breve, Münster se tornaria refúgio para Anabatistas e dissidentes  do romanismo, fartos de perseguições e sofrimentos.  Todos os que para lá seguiriam em busca de refúgio e liberdade, porém, sem saber seriam cercados numa armadilha mortal e sem saída.  Münster estava destinada a ser o palco de um hediondo massacre

             Mas retornemos um pouco na História, para encontrarmos as personagens centrais desse drama de horror, que pouco a pouco comporiam o elenco dessa tragédia.  O nome mais destacado é o de Melquior Hofmann, considerado o mentor espiritual do Reino de Münster, por ter sido o disseminador do advento da Nova Jerusalém na Alemanha. Pouco se sabe de sua vida anterior à sua adesão ao Luteranismo, quando tinha cerca de 30 anos, a não ser que nascera na Suábia, em 1495.  Tornou-se tão ardoroso defensor das idéias de Lutero que passou a exercer as funções de pregador por conta própria, a princípio tendo o apoio e simpatia do reformador.  Teve grande aceitação na Suécia, Dinamarca, Holanda e ao norte da Alemanha.

             Seus sermões escatológicos e suas conclusões estapafúrdias e confusas, logo atrairiam a ira do próprio Lutero.  Quando Melquior Hofmann tentou assumir permanentemente o púlpito de uma Igreja na Dinamarca, Lutero se opôs e afirmou que Hofmann não tinha competência e nem vocação divina para pregar.  O próprio rei da Dinamarca, Frederico X, expulsou-o do país, por não concordar com a sua pregação escatológica.  Decepcionado, Melquior Hofmann abandonou os luteranos e entrou em contato com os Anabatistas, em Estrasburgo (na Alemanha) e por eles foi recebido e batizado, em 23 de abril de 1530.  Foi de curtíssima duração o seu tempo entre os Anabatistas, pois eles também rejeitaram as suas interpretações proféticas e não apoiaram as suas idéias de uma Nova Jerusalém alemã.  Que esse registro histórico fique bem claro na mente de cada um:  os anabatistas alemães não apoiaram as idéias de Hofmann!!!

            Deixando os Anabatistas, Hofmann saiu da Alemanha e foi para a Holanda, onde conheceu aquele que seria o líder dos amotinados de Münster: Jan Mathys, a quem batizou e foi o seu mais destacado discípulo.  Logo, Jan Mathys destacou-se em várias atividades "evangelísticas " e cresceu em liderança.  Apesar de serem unidos pelas mesmas heresias, não foi possível continuarem juntos e houve um inevitável rompimento entre eles.  Jan Mathys enviou vários de seus discípulos a pregar e batizar, enquanto Melquior Hofmann percorria outras regiões da Holanda, anunciando a vinda de Jesus e predizendo a instalação da Nova Jerusalém na Alemanha. Estava ele em suas atividades, quando recebeu a visita de um colega que se dizia profeta, portador de um recado profético especial.  A "profecia" dizia que ele, Hofmann, deveria voltar para Estrasburgo, onde seria preso por seis meses.  Ao findar esse tempo, Jesus Cristo voltaria e Hofmann seria libertado, liderando os Anabatistas em procissão vitoriosa através do mundo.  Acreditando ser verdadeira a "profecia " Melquior Hofmann regressou à Alemanha e apresentou-se em Estrasburgo, anunciando ser o profeta Elias, preanunciador da segunda vinda de Cristo e que Estrasburgo seria a Nova Jerusalém.

             Devido ao ridículo da situação ninguém lhe deu ouvidos, muito menos os Anabatistas.  Alguns de seus antigos discípulos alemães o auxiliaram na disseminação da heresia e, com isso, conseguiram alguns adeptos entre o povo desconhecedor da Palavra de Deus.  Curiosamente, Hofmann instruiu os seus discípulos a não batizarem e nem forçarem nenhum convertido a sair da Igreja Católica., pelo espaço de 2 anos, mas que aguardassem novas ordens (certamente proféticas).  Os Anabatistas alemães manifestaram público repúdio às idéias de Melquior Hofmann e seu grupo.  Melquior, por sua vez, negou o seu anterior batismo e criticou severamente os Anabatistas, por não aceitarem " as revelações de Deus."

             E tanto fez, e tanto desafiou as autoridades, que finalmente foi parar na prisão, em maio de 1533.   Confiante e crédulo quanto ao fiel cumprimento da "profecia," esperou pacientemente que se passassem os 6 meses para a sua libertação e a vinda de Cristo, que se daria em novembro de 1533.  Mas... para o seu desespero, 10 novembros se passaram, até que o infeliz profeta morreu na prisão em 1543, exatamente 10 anos depois!  Mas infelizmente as suas idéias não morreram com ele, pois Jan Mathys continuaria a levar avante as suas heresias da Nova Jerusalém Alemã.   Regressando à Alemanha, assumiu a liderança dos discípulos de Hofmann.  Desse modo, o figurante principal da tragédia de Münster se aproximava do palco da tragédia.

             Cabe, nesse ponto de nosso estudo, abrir um parêntesis (seguindo o princípio de J. Reis Pereira, em sua obra "Breve História dos Batistas ") para um esclarecimento importante.  Cerca de 300 anos após a morte de Melquior Hofmann, outro falso profeta ( e ex-pregador Batista ) Willian Miller, também conhecido como Guilherme Miller, nos Estados Unidos, levantou-se como profeta, anunciando a vinda de Jesus e até marcando a data exata do advento.  Jesus não veio, mas foi o início do movimento Adventista, base para o surgimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com suas heresias a respeito do sábado e da lei e suas profecias falsas sobre a vinda de Cristo.  Pode-se culpar os Batistas pelas idéias heréticas e falsas de Guilherme Miller?!?  Certamente que não, bem como não podemos culpar os Anabatistas pelas loucuras de Melquior Hofmann. 

             Como bem o disse J. Reis Pereira (obra citada pg.72,73), Hofmann e Miller passaram pelos Anabatistas e Batistas, sem, no entanto, terem compromisso com a verdade do Evangelho.  Ambos foram fiéis aos seus princípios loucos e particulares, sem absorver os ensinamentos retos daqueles fundamentalistas cristãos.  Os falsos profetas revelam as suas loucuras através do não cumprimento de suas "profecias".  E o repúdio às suas idéias, por parte dos Anabatistas e dos Batistas, exime todos os fundamentalistas de quaisquer responsabilidades.  Isso se aplica corretamente no episódio de Münster. Jan Mathys, sabendo que Münster se libertara e que a liderança era protestante, viu nisso uma boa oportunidade de inaugurar a Nova Jerusalém na Alemanha.  Chegando com seus "apóstolos " e discípulos em Münster, apresentou-se como Enoque, a segunda testemunha de Cristo (já que a primeira testemunha, Hofmann, que teria sido Elias, fora morta).  Estrasburgo, "que aprisionava os profetas," perdera a honra de ser a Nova Jerusalém.  Deus transferira essa honra para Münster.  Jan Mathys assumiu o comando da cidade e tratou de organizar a sua defesa contra as tropas do bispo, que, a essas alturas, já cercava a cidade.  Numa das batalhas Jan Mathys foi morto e um de seus "apóstolos," Jan Bockelson, que passou à História com o nome de João de Leyde, assumiu a liderança.

             Antes de morrer, Jan Mathys instituira o batismo obrigatório dos adultos, uma distorção do pensamento Anabatista, para os quais o batismo era um ato absolutamente voluntário, provindo da livre vontade de uma alma convertida.  João de Leyde auto-denominou-se o rei Daví e instituiu a poligamia, organizando o seu harém particular.   Nada dessas aberrações teria o apoio dos Anabatistas, que sempre foram zelosos da moral e dos bons costumes, práticas herdadas pelos atuais Batistas.   Certo que havia entre os dissidentes refugiados em Münster, vários Anabatistas, mas não participaram da liderança do movimento.  Os líderes eram os seguidores de Jan Mathys, disso não resta a menor dúvida.  Os líderes tinham, forçosamente, que defender as antigas idéias de Melquior Hofmann, transmitidas a Jan Mathys, João de Leyde e seus seguidores.

             Finalmente, em 24 de junho de 1535, depois de mais de 1 ano de reinado, Münster foi retomada pelas tropas do bispo.  João de Leyde foi executado 1 ano e meio depois, com 2 de seus auxiliares diretos e os 3 cadáveres foram colocados em gaiolas de ferro, suspensas na fachada de uma das Igrejas da cidade.  Todos os seguidores de Jan Mathys e João de Leyde, bem como todos os moradores de Münster foram mortos.  O total de homens existentes na cidade não foi além de 1.700, havendo entre 5 a 6 mil mulheres       (talvez se entenda o porquê da instituição da poligamia). Como já vimos, não poderiam ser considerados Anabatistas.  E mesmo se o fossem, os Anabatistas na época contavam com dezenas de milhares de adeptos.  Portanto, os que se envolveram com o episódio de Münster representavam a minoria absoluta.

             Mas a tragédia de Münster foi apenas o início das matanças.   Nos 10 anos seguintes, de 1535 até 1545, cerca de 30.000 Anabatistas foram mortos, só nos chamados "países baixos".   Mas também na Inglaterra, Suiça, Áustria, Morávia e na Itália, registraram-se matanças de Anabatistas, mas não dispomos de números exatos de mortes.  Mesmo porque, naquela época, quaisquer grupos dissidentes eram muitas vezes chamados "Anabatistas."  De qualquer forma, como sabemos que os verdadeiros Anabatistas jamais optaram pela violência e nem defenderam princípios aberrantes à verdade neotestamentária, deve ficar claro para nós que eles não tiveram nada a ver com Münster.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

RELEMBRANDO "PEDRINHO" - LIVRO DA 1ª SÉRIE DO ANTIGO CURSO GINASIAL

                                                            A MINHA GATINHA PARDA

(Osvaldo Orico)

A minha gatinha parda
Que em Janeiro me fugiu.
Quem roubou a minha gatinha?
Você sabe? Você sabe? Você viu?
 
Procurei minha gatinha
Que em Janeiro me fugiu.
Perguntei a Fevereiro:
- Você sabe? Você sabe? Você viu?
 
Passou Março, Abril e Maio.
Junho as portinhas abriu
Mas não vi minha gatinha
Você sabe? Você sabe? Você viu?
 
Rosas de Julho, de Agosto.
E o meu canteiro floriu. 
E a minha linda gatinha?
- Você sabe? Você sabe? Você viu?
 
Setembro, cheio de aromas,
Na primavera floriu.
Onde está minha gatinha?
_Você sabe, você sabe, você viu?

No mês de outubro Colombo
Novo mundo descobriu.
Ninguém descobre a gatinha?
_Você sabe, você sabe, você viu?

 Novembro, nada. 

Em Dezembro
O Pai do Céu me sorriu
E mandou-me de presente
A gatinha que fugiu.

 

“PEDRINHO” livro da primeira série Ano 1959

terça-feira, 19 de abril de 2022

O DIA DO ÍNDIO E A ESCOLHA DA DATA DE COMEMORAÇÃO

 A data 19 de abril foi escolhida para a celebração do “Dia do Índio”, ou “Dia dos Povos Indígenas” porque foi nesse dia que delegados indígenas, representantes de várias etnias de países como o Chile e o México, reuniram-se, em 1940,no Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Essa reunião tinha o propósito de discutir várias pautas a respeito da situação dos povos indígenas após séculos de colonização e da construção dos Estados Nacionais nas Américas.

No início do século XX, havia um interesse muito grande por essas etnias, especialmente com o desenvolvimento da Etnologia, isto é, o ramo da Antropologia que se dedica aos estudos das chamadas “culturas primitivas”. O esforço pela compreensão dos hábitos e da importância dos povos indígenas para história despertou a atenção também para as questões relacionadas às políticas públicas que visassem à salvaguarda desses hábitos e costumes, além de direitos e deveres.

O Primeiro Congresso Indigenista Interamericano serviu como agenda programática para essas políticas públicas. Uma das decisões tomadas foi a escolha do dia em que ocorreu o congresso como o Dia do Índio. A partir do ano seguinte, vários países do continente americano passaram a incluir em seus calendários o 19 de abril como dia de homenagem aos povos nativos ou indígenas.

            À parte dessas importantes conquistas, porém, seguem-se várias correntes paralelas, que tanto beneficiam, quanto causam malefícios às comunidades indígenas. Uma delas, que, em princípio, visava trazer somente benefícios, tornou-se também fontes de diversos problemas e choques culturais.

            Falo da aculturação, que é o processo da inclusão dos indígenas no ambiente cultural das nações onde eles residem. Desde os primeiros contatos com os chamados “civilizados”, os indígenas são seduzidos e atraídos com presentes, na tentativa de ganhar-lhes a amizade. Pouco a pouco essas seduções trazem os mais diversos resultados. Em pouco tempo, dependendo das habilidades do “sertanista” ou do antropólogo, toda uma tribo é pacificada e se torna “amigável”. Logicamente, essa “amizade” tem estreitíssimas relações com os presentes que recebem!

            Isso se não nos recordarmos das barbaridades e atrocidades cometidas pelos chamados “bandeirantes”, que dizimaram centenas de índios ao longo de suas “bandeiras” e “descobertas”. Na verdade, tribos inteiras foram aniquiladas nessas “conquistas”, tendo os sobreviventes que se submeter à condição de trabalhadores escravos. E a não poderem ter nenhuma reação pelas suas mulheres e filhas servirem aos apetites bestiais dos conquistadores. Suas aldeias foram queimadas e eles se reduziram a carregadores de mercadorias dos conquistadores.

            Muitas dessas tribos, compostas de povos valentes e outrora orgulhosos, se tornaram pequenas povoações, com algumas centenas de homens desonrados e domesticados, vivendo da caridade dos “civilizados”. Muitas de suas filhas se tornaram prostitutas, ou servem hoje de enfeites de “festas folclóricas”, que tem como objetivos mostrar o corpo semi nú das jovens indígenas, além de promoverem o chamado “turismo sexual”. E delimitar as suas áreas de ação, com as chamadas “reservas indígenas,  também nunca levaram a nada, pois eles não são mais nômades e não mais vivem da caça e pesca como os seus ancestrais.

            Mesmo a religião cristã, que deveria ser um bálsamo curativo para as feridas causadas pela “civilização”, pouco tem feito para mudar essa situação. O Catolicismo, desde o início da “descoberta” do Brasil, impingiu o Cristianismo pela força das armas e pela sedução dos presentes! Os “bandeirantes” sempre contaram com o apoio e a “bênção” do clero, especialmente dos “Jesuítas”! Festas religiosas e “missas” eram feitas em comemoração às conquistas sanguinárias dos “bandeirantes” e “descobridores”.

            Os índios eram “catequizados” e se viram obrigados a aceitar a nova religião e os seus ritos, com o abandono de seus rituais e costumes. Também foram obrigados a cobrirem a sua nudez com as roupas e trajes de seus conquistadores. E também tiveram que mudar os seus nomes indígenas. E assim surgiram índios “batizados” de Antônio, Maria, Conceição, João, José....etc! Assim como já tinham feito com os negros escravos, que foram obrigados a se “converterem” e a adotarem novos nomes de “batismo”, tais como Benedito, Benedita (em honra a São Benedito, o santo preto), Jacinto, Cosme, Damião...etc.

Quanto às missões evangélicas e protestantes (tanto as americanas quanto as nacionais), nunca escravizaram os indígenas e jamais se utilizaram das armas para impor a sua autoridade e comando. E nunca houve relatos de mortes de índios causados pelos missionários. Mesmo assim, muito se fala na mudança de cultura causada por essas missões. Especialmente na demonização de seus pajés e da “pajelança” e curandeirismo, bem como o abandono de seus deuses (muitas vezes com ameaças de condenação eterna) por Jeová e Jesus. Seus antigos cânticos também foram demonizados e proibidos pela nova religião. Os cânticos evangélicos foram traduzidos nos idiomas indígenas e substituíram os antigos.

Quando essas mudanças se dão voluntariamente, como fruto de ensino e pregação, pode ser aceito, tanto nos aldeamentos indígenas quanto nas cidades. Mas nada justifica a arbitrariedade e o abuso do poder econômico do “toma-lá-dá-cá”, que geralmente prevalecem em muitos casos de “conversão”!

Voltando aos “conquistadores” e “descobridores”, grandes cidades surgiram no rastro sangrento dessas “conquistas”, sendo São Paulo o maior exemplo, tanto a capital quanto o Estado. E assim os demais Estados do Brasil, especialmente Minas Gerais, Paraná, Goiás, Bahia e todos os Estados do Norte e Nordeste. Assim, as tribos dos Guaranís, Gês, Tapuias, Nuaruaques, Tupiniquins, Goitacazes, Cintas Largas, Parintintins, Manaós,Barés, e muitas outras, sofreram pesadíssimas baixas, e diversas se extinguiram.

            Segundo pesquisas do antropólogo Darcy Ribeiro, em cinco séculos, 700 das 1.200 nações indígenas foram exterminadas. 55 povos desapareceram somente na primeira metade do século 20. Na década de 1950, a população tinha caído para um número tão baixo que foi previsto que nenhum indígena sobreviveria até o ano de 1980.

            E hoje, muitas de nossas praças, ruas e avenidas, estão emporcalhadas com os nomes desses “bandeirantes”  assassinos, tais como Raposo Tavares, Bartolomeu Bueno da Silva, conhecido como     Anhangüera (diabo velho), Domingos Jorge Velho (Esse bandeirante, entre outras coisas, adentrou pelo nordeste brasileiro entre 1695 e 1697, destruindo aldeias indígenas no Maranhão e no Pernambuco, tornando centenas deles em seus escravos e carregadores de sua bagagem).  Participou ativamente do cerco ao Quilombo dos Palmares, sendo um dos responsáveis pela morte de  Zumbí dos Palmares.

            Paro por aqui. Desejo homenagear os índios, nesse 19 de Abril de 2022 e desejar-lhes progresso em suas aldeias. Que não se conformem com as “bolsas miséria” e a exploração turística, especialmente com as exposições de nudez de suas jovens, incentivando o turismo sexual nos eventos “folclóricos”! Que aceitem as novas ofertas do Governo, para que utilizem suas terras para o manejo racional de suas riquezas, com a assistência técnica especializada necessária e com os insumos para a produção de alimentos.

            Que suas “reservas” se transformem em celeiros, na produção de alimentos para as tribos e para todo o Brasil, na comercialização desses produtos! Já não vivem mesmo da caça e pesca e de seus deslocamentos nômades. Já estão familiarizados com a energia elétrica, uso de motores, veículos, lanchas motorizadas, motocicletas, smartphones, celulares de última geração, televisão, Internet e viagens aéreas.

            Não são mais “inimputáveis” (aliás, jamais foram...) e têm que ser guiados e disciplinados pelo mesmo sistema de leis da Nação Brasileira. Só existe uma “nação” no Brasil, e é a Nação Brasileira, composta de todos os nativos e naturalizados que habitam nas terras do Brasil.  Em Direito, chama-se de imputabilidade penal a capacidade que tem a pessoa que praticou certo ato, definido como crime, de entender o que está fazendo e de poder determinar se, de acordo com esse entendimento, será ou não legalmente punida. Pois em relação aos índios aculturados, essa jurisprudência não se aplica!!! Todos, sem exceção, devem ter os seus direitos preservados, bem como os seus deveres. Se desfrutam e gozam dos direitos, igualmente devem obedecer e respeitar as leis vigentes. Mesmo porque já estão miscigenados com os demais povos das mais diversas etnias, estudam em suas escolas e universidades e moram nas grandes cidades e capitais. Inclusive muitos são pilotos de avião, condutores de veículos, professores, técnicos em informática e operadores de máquinas pesadas e tratores. Nada justifica a sua condição de “inimputáveis” e necessitados de leis diferenciadas e brandas! Que conquistem, no seu dia-a-dia, as mesmas coisas a que todos têm o direito e a justa reivindicação! Assim, já que saíram das selvas e florestas para o mundo dos “civilizados”, andem lado a lado e contribuam para o progresso e para o bem comum.

Manaus – AM, 19/04/2022

Pr. Sérgio Aparecido Dias

AS RAZÕES INSANAS DO HAMAS PARA JUSTIFICAR SEU ATAQUE COVARDES: COISA DE MENTES DOENTIAS E IDIOTAS!!!

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