segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A FALSA PAIXÃO DE CRISTO

Cinco Razões Para Não Assistir A Paixão de Cristo
Por Rev. Andrew J. Webb
Traduzido pelo: Rev. Marco Antonio Rodrigues



Em 25 de fevereiro de 2004 a Icon Films, lançou o tão esperado filme de Mel Gibson "A Paixão de Cristo". A data do lançamento foi deliberadamente escolhida para coincidir com dia santo Católico Romano de Quarta-Feira de Cinzas, e é indicativo do fato de que para Gibson, seu filme é mais uma obra de devoção do que um empreendimento lucrativo. Em uma entrevista para a Rede de Televisão Católica Romana EWTN, Gibson candidamente declarou por que este filme é tão diferente de todos os seus outros filmes, "Ele reflete minhas crenças – Eu nunca fiz isto antes."(1) Ele também é completamente franco sobre seu desejo de ver seu filme utilizado para evangelismo pelo mundo inteiro. Muitos Evangélicos notáveis incluindo James Dobson e Billy Graham têm também se apresentado para endossar "A Paixão de Cristo" e recomendar seu uso como uma ferramenta de ensino. Presentemente, "A Paixão de Cristo" está sendo conduzida sobre uma grande onda de suporte de âmbito nacional de Evangélicos e Católicos Romanos, com muitas bem conhecidas congregações Evangélicas, tais como a Igreja Saddleback do mais vendido autor e pastor Rick Warren que comprou 18.000 (dezoito mil) ingressos em sete cinemas, fazendo todo o possível para assegurar que "A Paixão de Cristo" seja um sucesso estrondoso entre cristãos e "seekers." Expressando a visão amplamente sustentada entre os defensores do filme, Lisa Wheeler, editora associada do Catholic Exchange, um portal web dedicado ao evangelismo católico, disse ao Atlanta Journal-Constitution: "Esta é a melhor oportunidade de evangelização que nós tivemos desde a morte real de Jesus." (2)

Mas, deveriam os evangélicos apoiar "A Paixão de Cristo" e endossar sua utilização como uma ferramenta de evangelismo? Esta é verdadeiramente a melhor oportunidade de evangelização desde a morte real de Jesus? Após cuidadosa consideração, minha conclusão é um inequívoco "Não". Aqui estão portanto cinco razões pelas quais eu creio que os Evangélicos não deveriam ver ou recomendar "A Paixão de Cristo".

1) Sua Origem:

Mesmo que Evangélicos estejam promovendo "A Paixão de Cristo", ele não é um filme evangélico. Como Mel Gibson, um devoto Católico Romano, afirma muito claramente: "Ele reflete minhas crenças." "A Paixão de Cristo" é um filme Católico Romano, feito por um diretor Católico Romano, com orientadores teológicos Católicos Romanos, e que ganhou o endosso do papa João Paulo II que disse após assisti-lo: "Ele é como foi." (4) Isto está em marcante contraste com o filme "Jesus", que é declaradamente Protestante e Evangélico em sua produção e mensagem e que foi amplamente utilizado na evangelização de Católicos Romanos. E é basicamente por esta razão que o filme "Jesus" não foi utilizado ou apoiado por Católicos Romanos. Em contraste, "A Paixão de Cristo" já tem provado sua eficiência como uma ferramenta de evangelismo para produzir conversões Católicas e encorajar a devoção Católica.

"Em sua primeira entrevista em cadeia nacional sobre seu papel principal no tão esperado filme "A Paixão de Cristo," James Caviezel – o Jesus de Gibson – detalhou na sexta-feira a provação de filmar as cenas da Crucificação, observando que a experiência toda impeliu muitos no grupo a converterem-se ao Catolicismo."

Caviezel relembra citando Gibson, "Eu acho que é muito importante que nós tenhamos missa todos os dias – pelo menos eu preciso para lidar com esse cara."

"Eu senti que se eu tivesse que lidar com ele, necessitava [o sacramento] em mim. Assim [Gibson] providenciou isto." (5)

2) Seu Roteiro:

Embora se pense amplamente que o roteiro do filme se baseia inteiramente no Evangelho Segundo João, este não é o caso. O roteiro para "A Paixão de Cristo" contem muito material do extra-bíblico, e é baseado em parte em um devocional místico Católico Romano, escrito por um Freira Alemã do século XVIII (Irmã Anne Emmerich), intitulado "A Dolorosa Paixão de Cristo." Gibson declarou no EWTN que ler o livro de Emmerich foi sua inspiração primária para produção do filme. A introdução de elementos do extra-bíblicos, não somente fazem "A Paixão de Cristo" mudar algumas ênfases teológicas do relato bíblico da crucificação de Cristo, mas também criará uma idéia falsa entre muitos dos "seekers" que os Evangélicos estão tentando alcançar, que certas coisas foram ditas e feitas na crucificação que na realidade não aconteceram. Para os Evangélicos, que se sentiriam muito incomodados com uma versão da Bíblia que colocasse palavras na boca de Cristo que ele nunca falou, apoiar um filme que faz exatamente a mesma coisa parece inesperadamente inconsistente. Os Protestantes tradicionalmente rejeitam os Apócrifos precisamente porque esses livros foram fabricados e contêm material não autêntico, a despeito do fato de que eles poderiam ser úteis para o evangelismo. Para os evangélicos modernos, abraçar um veículo que não é autêntico, a fim de alcançar objetivos evangelísticos indica uma séria decadência na fidelidade.

O roteiro de "A Paixão de Cristo" não somente adiciona coisas que não ocorrem na Bíblia, ele subtrai coisas que estão lá. Sendo a importante declaração "Seu sangue seja sobre nós e sobre nossos filhos" (Mateus 27.25), o exemplo mais conhecido disto.

O roteiro para "A Paixão de Cristo" foi traduzido para o Aramaico e Latim pelo padre William Fulco, um velho amigo de Mel Gibson. Isto não foi feito objetivando torná-lo mais autêntico. (6) As decisões sobre a linguagem em "A Paixão de Cristo" foram tomadas por razões teológicas.

"É crucial compreender que as imagens e a linguagem no âmago de "A Paixão de Cristo" fluem diretamente de dedicação pessoal de Gibson ao Catolicismo em uma de suas mais tradicionais e misteriosas formas da Missa Latina do século XVI.

"Eu não vou a qualquer outra cerimônia," disse o diretor a Eternal World Television Network . "Eu participo do velho Rito Tridentino. Esta é o método que eu vi a primeira vez quando era uma criança. Assim eu penso que ele instrui o entendimento de alguém de como transcender a linguagem. Ora, inicialmente eu não entendia o Latim. ... Mas entendia o significado e a mensagem e o que eles estavam fazendo. Eu o entendia totalmente e ele era comovente e emocionante e eficaz, se posso assim dizer."

O objetivo do filme é sacudir a moderna audiência pela impetuosa justaposição do "sacrifício da cruz com o sacrifício do altar – que são a mesma coisa," disse Gibson. Esta antiga união de símbolos e sons nunca deixou de ter sua forte influência nele. "Há", ele salienta, "uma grande quantidade de poder nestas linguagens mortas."

Assim, a escolha aparentemente bizarra do Latim e Aramaico foi realmente parte da mensagem."(7)

O roteiro de "A Paixão de Cristo" foi especificamente planejado para ligar a crucificação de Cristo com o que os Católicos Romanos crêem ser o re-sacrifício de Cristo que ocorre na missa. Gibson planejou isto para mostrar-nos que o sacrifício da cruz e o sacrifício do altar (a missa) são a mesma coisa. Evangélicos Protestantes têm historicamente rejeitado a idéia de que Cristo possa ser sacrificado novamente e declaram isto "abominável." Falando do conceito de que a Crucificação e a missa são a mesma coisa, a Confissão Protestante de Westminster declara:

"Neste sacramento, Cristo não é oferecido a seu Pai; nem de modo algum se faz algum sacrifício real, para remissão de pecados dos vivos ou mortos, mas somente uma comemoração daquele único sacrifício de si mesmo, feito por Ele, sobre a cruz, de uma vez por todas; e por Ele uma espiritual oblação de todo o possível louvor a Deus; Assim aquele sacrifício papista da missa (como eles o chamam) é odiosamente ofensivo sacrifício de Cristo, único sacrifício, a única propiciação por todos os pecados de seus eleitos."(8)

3) Sua Teologia:

O comentário de Gibson sobre o sacrifício do altar e o sacrifício da cruz mostra a ligação indispensável neste filme entre a visão Católica do sacrifício de Cristo e a representação pictórica da Crucificação em "A Paixão de Cristo." O fato de que os Evangélicos o têm apoiado indiscriminadamente demonstra em grande medida o quanto o entendimento Evangélico Protestante sobre a morte de Cristo e os assuntos relacionados a Justificação foi deturpado desde a Reforma. Na teologia Católico Romana o intenso sofrimento físico da Crucificação de Cristo é o foco juntamente com a ênfase sobre sacrifício físico. Esta é uma das razões porque na iconografia Católico Romana nós temos tantas imagens relatando a dor física de Cristo e por que os crucifixos mostram-no ainda sofrendo sobre a cruz (o sacrifício da missa pretende que a declaração de Cristo que seu sacrifício está completo de uma vez por todas "está consumado" – João 19.30 – nunca realmente ocorre, e que seu sofrimento tem que ser constantemente repetido). Esta ênfase na agonia física de Cristo é repetida no material devocional Católico Romano, orações e, é claro, na Paixão de Cristo. A teologia da Bíblia contudo aponta-nos que a grande importância da crucificação de Cristo assenta-se não sobre seu sofrimento físico, mas em sua propiciação da ira de Deus de uma vez por todas (1 João 4.10).


Para que não nos esqueçamos, o grande tormento que Cristo experimentou na cruz não foi causado pelos cravos pregados em sua carne, mas em ter ele sido feito "pecado por nós" e sofrer vicariamente a justa punição do Pai em nosso lugar. Mesmo o pior tormento físico infligido pelo Sinédrio e pelos Romanos sobre Jesus não foi nada em comparação a angústia de ter os pecados de todos os eleitos imputados a Ele e fazer total satisfação por eles. Satisfazer a justiça dos Romanos sobre a cruz foi comparativamente fácil, milhares de condenados homens e mulheres incluindo Spartacus e muitos dos Apóstolos fizeram isto, mas somente Cristo podia satisfazer a justiça de Deus.


Também central ao evangelho cristão, mas ausente em "A Paixão de Cristo," é o conceito da ativa obediência de Cristo. Cristo não somente morreu pelos pecados de suas ovelhas sobre a cruz, mas estabeleceu a justiça delas pela Sua perfeita obediência a Lei de Deus. Somente se sua obediência passiva em morrer sobre a cruz e sua obediência ativa em guardar a Lei forem imputadas aos crentes, conforme 2 Co 5.21, que os crentes serão justificados perante o Deus Onipotente. "A Paixão de Cristo" não tem qualquer pretensão de ensinar a obediência ativa de Cristo, da qual a inteira noção é estranha a teologia Católico Romana. Portanto se os Evangélicos pretendem usar isto como uma ferramenta de ensino do Evangelho, eles precisam entender que na melhor das hipóteses eles estão ensinando somente meio Evangelho, e que a metade que eles estão ensinando é se apresenta defeituosa.

O sacrifício de Cristo foi um glorioso evento no qual, de acordo com o plano de Deus, a total satisfação pelo pecado foi obtida por Cristo em favor de Seu povo (Atos 2.43). "A Paixão de Cristo" deixa-nos com uma visão do sacrifício de Cristo que é somente dolorosa (Dolorosa: cheia de aflição, tristeza, pesarosa, sombria, funesta) e que coloca em nítido relevo a noção Católico Romana não somente da importância da agonia de Cristo, mas daquele de Maria em "oferecer seu Filho." Em uma entrevista com Zenit, o Serviço de Notícias Católico Romano, padre Thomas Rosica, o sacerdote que supervisionou o Dia Mundial da Juventude e seu Caminho da Cruz através das ruas de Toronto, ilustrou como "A Paixão de Cristo", em consonância com a teologia Católico Romana, utiliza conteúdo extra-bíblico para massivamente exagerar o papel de Maria.

"Uma cena, em particular, foi muito comovente. Quando Jesus cai no Caminho da Cruz, Há um retrospecto em uma rua de Jerusalém quando criança, e sua mãe corre para fora de casa para pegá-lo. A interação de Maria e Jesus neste filme é comovente, e atinge seu apogeu na cena de Pietá.

A Mãe do Senhor está convidando cada um de nós a compartilhar suas dores e observar seu Filho."(9)
Este uso de material extra-bíblico, ênfase no sofrimento físico, exagero do papel de Maria, e explícita teologia Católico Romana não deveria contudo surpreender-nos visto que eles são todos marcas registradas da inspiração primária para este filme: A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Deixe-me dar dois exemplos do que eu quero dizer principalmente no que concerne a colocar a dor física em lugar da tão grande agonia de suportar pecados:

" ‘Ele não estenderá a si mesmo , mas nós o ajudaremos;' eles acompanharam estas palavras com as mais terríveis pragas e imprecações, e tendo amarrado uma corda em sua perna direita, puxaram-na violentamente até encontrar a madeira e então prenderam-na tão apertada quanto possível. A agonia que Jesus sofreu desta violenta tensão foi indescritível; as palavras ‘Meu Deus, meu Deus,' escaparam de seus lábios, e os executores aumentaram sua dor amarrando seu peito e braços à cruz, menos as mãos que deveriam ser rasgadas pelos cravos." (10)

"A hora de nosso Senhor finalmente chegou; seu esforço de morte tinha começado; um doce frio espalhou-se por cada membro. João permanecia aos pés da cruz, e limpou os pés de Jesus com seu escapulário. Madalena estava agachada no chão em um completo delírio de dor atrás da cruz. A Virgem Bendita mantinha-se entre Jesus e o bom ladrão, sustentada por Salomé e Maria de Cleofas, com seus olhos fixos no semblante de seu filho agonizante. Jesus então disse: ‘Está consumado;' e, erguendo sua cabeça, clamou em alta voz, ‘Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.' Estas palavras, que ele pronunciou num som claro e penetrante, ressoaram através do céu e terra; e um momento depois, ele inclinou sua cabeça e entregou o espírito. Eu vi sua alma, sob a aparência de um brilhante meteoro, penetrar a terra aos pés da cruz. João e as santas mulheres caíram prostrados ao chão."(11)

O livro de Emmerich está literalmente repleto com cenas como estas acima, e inclui muito dizeres de Jesus extra-bíblicos, os quais a Irmã Anne diz ter pessoalmente ouvido em suas visões.

4) Seu Veículo:

Muitos pastores Evangélicos estão aclamando filmes como "A Paixão de Cristo" como parte de um novo e melhor meio de propagar o Evangelho:

"Esta é uma oportunidade aberta para nós. Aqui está um cara que está colocando seu dinheiro em um filme que tem tudo para fazer o que nós queremos fazer,"disse o pastor Cory Engel da igreja Harvest Springs Community em Great Falls, Mont.

"Igrejas costumam comunicar pelo pequeno tempo de leitura que têm aos domingos pela manhã. As pessoas não interagem de nenhuma outra forma. Aqui está uma chance de usar uma técnica dos dias de hoje para comunicar a verdade da Bíblia," disse o Rev. Engel." (12)

É de fato verdade que nós vivemos em uma sociedade altamente visual e crescentemente anti-literária que coloca um prêmio sobre bocados sonoras e facilmente assimila figuras visuais, mas isto significa que nós devemos abandonar a pregação em favor do uso de filmes ou representações dramáticas? Nós precisamos recordar que a ultima vez que as representações dramáticas substituíram a pregação como principal veículo pelo qual a verdade da Bíblia era comunicada foi durante a idade média quando a igreja negou permitira tradução da Bíblia para as línguas populares e quando em lugar da pregação e ensino da palavra de Deus, ao povo comum foram dada representações visuais tais como encenações da Paixão, estátuas, relíquias e ícones. Estas coisas foram desenhadas, na maioria como figuras visuais, para tocar sobre as emoções e estimular a resposta, mas a habilidade para evocar uma resposta emocional através de imagem ou drama não é a mesma coisa que ter sucesso na transmissão o Evangelho. O meio que Deus ordenou para a transmissão do Evangelho, não foi drama, imagem, nem mesmo "leituras" – É a pregação. A pregação envolve a comunicação do Evangelho de um modo que pacientemente corrige, repreende, exorta e ensina (2Timóteo 4.2-4). A bíblia nos ensina a impressionante importância da pregação e porque ela não pode ser substituída por qualquer outro meio:

Nós devemos pregar a Palavra de Deus sem considerar o quanto impopular isto seja porque nós somos ordenados a fazer assim: "Prega a palavra, insta, quer seja oportuno quer não, corrige, repreende, exorta, com toda longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceiras nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas."(2 Timóteo 4.2-4)

Nós devemos pregar a Palavra de Deus porque ela sempre cumpre o propósito para o qual foi enviada: "Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos que os vossos pensamentos. Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra,e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei." (Isaías 55.9-11).

Deus não nos ordena produzir apresentações dramáticas de temas Evangélicos, Ele nos ordena pregar. Embora esta opção estivesse francamente disponível aos apóstolos quando eles trouxeram o Evangelho às cidades com anfiteatros e uma longa tradição no uso da arte dramática para transmitir temas religiosos e morais ao populacho, ele não fizeram assim. A sabedoria da metodologia apostólica tem sido confirmada pelo fato de que foi quando o Evangelho passou a ser transmitido primariamente por encenações e simbolismo que o verdadeiro cristianismo começou a sucumbir sob o peso da superstição. Nós estamos em perigo de retornar precisamente àquele estado de coisas por reviver a metodologia de ensino da igreja medieval. Muito embora tenha sido produzido no século XXI, "A Paixão de Cristo" é idêntica em todos os aspectos críticos às encenações da Paixão da Igreja Católica Romana da Idade Média.

5) Sua Principal Característica:

Billy Graham em seu apoio a "A Paixão de Cristo" disse, "Cada vez que eu pregar ou falar sobre a cruz, as coisas que eu vi na tela estarão em minha mente."(13) Isto infelizmente é parte do problema com todas as representações visuais de Jesus. Embora nós possamos intentar que elas tenham somente o papel de ensino, elas inevitavelmente se tornarão parte de nosso culto e adoração. Como resultado do assistir deste filme James Caviezel, o "Jesus" de "A Paixão de Cristo", se tornará a figura de quem milhares sem conta, se não milhões pensarão quando eles cultuarem Jesus Cristo. Fazer isto é cair na armadilha de mudar "a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível" (Romanos 1.23) e violar o segundo Mandamento.

Toda representação visual de Jesus é inevitavelmente uma mentira. Há duas razões principais para isto:

A primeira razão porque toda representação visual de Jesus é inevitavelmente uma mentira é porque somente o Deus sábio foi grandemente longânimo em não deixar-nos qualquer descrição da aparência física de Seu Filho a fim de que nós não caíssemos no pecado de fazer imagens. Portanto todas nossas representações de Jesus são inevitavelmente especulações baseadas em nosso próprio desejo. Nós criamos uma imagem de Jesus que diz mais sobre o Jesus que nós queremos do que o Jesus a quem Deus enviou.

Por exemplo, não é notável que o Jesus de "A Paixão de Cristo", como em quase todas as representações físicas de Cristo, é alto, magro, e bonito? Porque não deveria O Filho de Davi (Lucas 18.38) ter sido um homem relativamente pequeno como seu grande ancestral? Parece nunca ter ocorrido a maioria dos criadores de imagens que Jesus poderia ser relativamente baixo, ou robusto, ou mesmo ter um traço grosseiro. Isto é, a despeito do fato que um dos poucos detalhes que a Bíblia nos dá sobre a aparência de Cristo é que "não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse." (Isaías 53.2b) O fato de nós termo qualquer conceito da aparência Jesus e que o Jesus de Gibson têm a aparência do Jesus tradicional, é um testamento do permanente impacto da iconografia passada. Enquanto o Evangelho propositadamente, omite qualquer descrição de Jesus que nós pudéssemos usar para construir um ídolo. Pessoas têm criado uma imagem de Jesus que tem se tornado quase um padrão industrial, e unicamente por esta razão antes de qualquer base de fato que a audiência teria sido ofendida tivesse Gibson escalado Danny DeVito e não James Caviezel no papel principal.

A segunda razão porque todas as representações visuais de Jesus são mentira é que eles nunca podem ter a esperança de representar a glória de Cristo em sua verdadeira natureza. O melhor que uma imagem de Jesus pode fazer é representá-lo como um homem, e conquanto Jesus era verdadeiramente um homem, ele não era meramente um homem. Jesus também era Deus, e nenhum artista ou cineasta que já viveu pode esperar criar uma imagem que capture a verdadeira glória de Jesus como Deus. Conquanto isto possa não parecer um problema para nós, a separação da humanidade de Cristo de sua deidade é realmente uma grave heresia chamada Nestorianismo. Nós não devemos portanto tentar separar o que Deus tem unido eternamente.

Pelos primeiros quatro séculos de sua existência a igreja não fez uso de pinturas de Jesus como uma ajuda para o evangelismo. Isto a despeito do fato de que eles estavam trazendo o evangelho para uma cultura altamente visual que sempre usou imagens para transmitir idéias religiosas. Os movimentos iniciais em direção a confecção de pinturas de Cristo foram inicialmente fortemente contestados, e a prática foi formalmente condenada pela igreja até o fim de 753 AD. Infelizmente, uma vez que eles prenderam a imaginação pública, a prática da produção de representações visíveis de Cristo evidenciou-se difícil, se não impossível de ser erradicada e gradualmente, pinturas e representações dramáticas de Jesus se tornaram praticamente lugar comum na igreja. No tempo da Reforma, os Protestantes ostensivamente rejeitaram a prática de confecção de imagens de Jesus como uma clara violação do Segundo Mandamento. Eles também rejeitaram a noção de que tais imagens tinham um papel necessário como "material para leigos" e então provaram aquela noção falsa produzindo gerações de outros Protestantes bem versados na palavra e íntimos com seu Salvador embora eles nunca tenham algum dia possuído ou visto uma representação dele.

Melhor do que na representação visual, eles confiaram na pregação da Palavra para salvar almas, e o evangelho fez grandes avanços. Se nós retornarmos ao uso de imagens e começarmos apoiar filmes como "A Paixão de Cristo", nós iremos retornar ao exato estado de coisas que os primeiros Protestantes lutaram e morreram para reformar. Nós não devemos pensar que simplesmente apoiar uma forma de representação visível de Cristo não levará inevitavelmente a outras. Por exemplo, é impossível argumentar coerentemente contra o uso do crucifixo no ensino do Evangelho se nós apoiamos o uso de um filme que retrata a crucificação. Simplesmente porque uma mostra é estática e a outra em movimento, de qualquer jeito não muda seu caráter essencial A Paixão de Cristo é em essência, um crucifixo animado.

Concluindo, deixe-me tratar de uma objeção comum, a saber, que nós devemos usar ferramentas como "A Paixão de Cristo" a fim de alcançar o perdido e que se nós não o fizermos estaremos "perdendo uma grande oportunidade."

Nós estamos contudo, realmente perdendo uma oportunidade? Se nós estamos convencidos de que usando um filme Católico Romano para apresentar o Evangelho é em essência uma violação da lei de Deus, como poderíamos nós porventura usá-lo? Pecaríamos nós para que a graça possa abundar?

Além disso, nós estamos realmente certos de que isto será tão eficaz para salvar almas como nós pensamos? J. Marcellus Kik em seu "Pinturas de Cristo" tratou estas muitas questões e nos deu sábio conselho, que, penso eu, todos os Cristãos fariam bem em prestar atenção:

"Mas pode isto não ajudar na salvação de almas, perguntam, mas como? Olhar uma pintura de Cristo pendurado sobre a cruz não me diz nada. Não me diz que Ele foi pendurado ali por pecado. Não me diz que Ele foi pendurado ali por meu pecado. Não me diz que Ele é o Filho de Deus. Somente a Palavra de Deus faz isto. E é a Palavra de Deus que nos tem sido dada para contar a história da salvação através do sangue de Cristo. Não é através de da loucura das pinturas que pecadores são convertidos mas através da loucura da pregação.

É surpreendente como lentamente práticas não escriturísticas entraram para a Igreja Cristã. Nós devemos em todo o tempo voltas às Escrituras. A Bíblia é nosso guia infalível. E se nossas práticas e doutrinas não se conformarem com os ensinos das Escrituras então nós devemos eliminá-las. A Bíblia instrui a Igreja a não fazer qualquer imagem de Cristo. As pinturas de Cristo de nossos dias são falsas e nenhuma clamaria seriamente ser parecida com Cristo sobre a terra. Elas separam sua humanidade de sua deidade. Elas fazem de tudo para dar-nos um vislumbre de Sua presente glória. Elas não são perdoadas pelos apóstolos inspirados.

Deus ordenou a loucura da pregação para evangelizar o mundo. Ele prometeu assistir a pregação da Palavra com o poder do Espírito Santo. As assim chamadas imagens de Cristo são um obstáculo e uma tentação para idolatria. Deixem-nos limpar o Templo de Deus delas."(14)

Talvez "A Paixão de Cristo" proveja os Evangélicos com uma grande oportunidade apesar de tudo. A eles está sendo dada a rara oportunidade de rejeitar os métodos mundanos e re-comissionar a si mesmos ao cumprimento da comissão de Deus para pregar o Evangelho e que esta pregação sempre fará o que Lhe agrada. Esperemos que eles entendam isso.

Referências:
1. 13-January-2004 -- EWTNews Featurehttp://www.ewtn.com/vnews/getstory.asp?number=42801
2.
"Churches Make 'Stunning' Show of Support for Gibson's 'Passion'" Newsmax (Thursday, Feb. 5, 2004)
3. Interestingly enough, the actual death of Jesus on the cross produced hardly any conversions. It is the preaching of Christ Crucified that has historically been "the best opportunity for evangelism"
4. Papal Praise for "The Passion" "It Is as It Was," John Paul II Says ZENIT (2003-12-18) ttp://www.zenit.org/english/visualizza.phtml?sid=46445
5. "Mel Gibson's 'Christ' Reveals Crucifixion" Newsmax (Sunday, Jan. 25, 2004 )
6. This is especially true when one considers that all the Gospels were written in Koine Greek the common language of the area and not Aramaic or Latin.
7. "The passion of Mel Gibson" By TERRY MATTINGLY, Scripps Howard News Service, January 21, 2004
8. The Westminster Confession of Faith, Chapter 29.2
9. Father Thomas Rosica on Mel Gibson's "The Passion", National Director of World Youth Day 2002 Weighs in on Film (2004-02-06) http://www.zenit.org/english/visualizza.phtml?sid=48636
10. The Dolorous Passion of Our Lord Jesus Christ, by Sister Anne Catherine Emmerich
11. Ibid.
12. "Churches Make 'Stunning' Show of Support for Gibson's 'Passion'", Newsmax (Thursday, Feb. 5, 2004)
13. "What Others Are Saying" http://www.passionchrist.org/
14. "Pictures of Christ," by J. Marcellus Kik
Por Rev. Andrew J. Webb

A FESTA DE CORPUS CHRISTI

COMO SURGIU A FESTA DE CORPUS CHRISTI?
Por Natanael Rinaldi
Revista Defesa da Fé - nº 69

O governo brasileiro extinguiu a proibição do trabalho em grande parte dos dias considerados santos pelos católicos. Entretanto, um dos feriados religiosos que ainda permanece de pé é o dia em que se comemora a festa de Corpus Christi (expressão latina que significa "Corpo de Cristo").

A festa é celebrada anualmente, mas não tem um dia fixo, ou seja, sua data é móvel e deve sempre ocorrer numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.

Na realidade, a observação da festa deveria ocorrer na quinta-feira da semana santa, o dia da última Ceia, mas foi transferida para outra data para que não fosse prejudicada por causa das celebrações em torno da cruz e da morte de Jesus Cristo, na sexta-feira santa.

ORIGEM DAS COMEMORAÇÕES

Tudo começou com a religiosa Juliana de Cornellon, nascida na Bélgica, em 1193. Segundo alegou, teve insistentes visões da Virgem Maria ordenando-lhe a realização de uma grandiosa festa. Juliana (mais tarde Santa Juliana) afirmava que a festa seria instituída para honrar a presença real de Jesus na hóstia, ou seja, o corpo místico de Jesus na Santíssima Eucaristia. Ainda quando era bispo, o papa Urbano IV teve conhecimento dessas visões e resolveu estendê-la à Igreja Universal, o que então já era uma verdadeira festa. Pela bula “Transituru do Mundo”, publicada em 11 de agosto de 1264, Urbano IV a consagrou em todo o mundo, com uma finalidade tríplice:

- Prestar as mais excelsas honras a Jesus Cristo

- Pedir perdão a Jesus Cristo pelos ultrajes cometidos pelos ateus

- Protestar contra as heresias dos que negavam a presença de Deus na hóstia consagrada

NO BRASIL

No Brasil, a festa de Corpus Christi chegou com os colonizadores portugueses e espanhóis. Na época colonial, a festa tinha uma conotação político-religiosa. É que dias antes das procissões, as câmaras municipais exigiam que as casas de moradia e de comércio fossem enfeitadas com folhas e flores. Na época, quando o Brasil ainda era uma colônia, participavam da procissão membros de todas as classes, incluindo os escravos, os leigos das ordens terceiras e os militares. Durante muitos anos, o entrosamento do povo com o governo, e vice-versa, foi praticamente completo. Um exemplo que comprova esse fato ocorreu em 16 de junho de 1808, quando D. João VI acompanhou a primeira procissão de Corpus Christi, realizada no Rio de Janeiro.

AS PROCISSÕES

O que marca a festa de Corpus Christi são as procissões, quando ocorrem as ornamentações das ruas com tapetes feitos de vários tipos de materiais, como papel, papelão, latinhas de bebidas, serragem colorida, isopor, etc. Desenhos são elaborados nessa ornamentação com as figuras de Jesus, do cálice da Ceia e da Virgem Maria. Utilizam-se toneladas de materiais para formar os tapetes vistosos e admirados pelos que acompanham as procissões.

O MAIS IMPORTANTE

O momento mais solene da festividade de Corpus Christi é quando o hostiário, onde estão depositadas as hóstias ainda não consagradas, é conduzido nas procissões por um líder da alta hierarquia católica. No momento em que o hostiário passa, um silêncio profundo é observado por todos os presentes e, de uma extremidade a outra, tocasse a sineta que anuncia a passagem do cortejo. As reações das pessoas são as mais variadas. Algumas se comovem ao extremo e choram, outras se ajoelham diante do hostiário. De ponto em ponto, há uma parada, quando, então, se entoam cânticos tradicionais. Segundo a liderança romana, as ornamentações são feitas para que o Corpo de Cristo possa passar por um local digno, para ser visto por todas as pessoas. Representa uma manifestação pública da fé na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.

EUCARISTIA

Ensinando sobre a Eucaristia, diz a Igreja Católica: “A Eucaristia é um Sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu precioso sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o corpo, o sangue, a alma e a divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual”.

Ensina, ainda, que na Eucaristia está o mesmo Jesus Cristo que se encontra no céu. Esclarece também que essa mudança, conhecida como transubstanciação, “ocorre no ato em que o sacerdote, na santa missa, pronuncia as palavras de consagração: ‘Isto é o meu corpo; este é o meu sangue’’’.

O catecismo católico traz uma pergunta com relação ao Sacramento da Eucaristia nos seguintes termos: “Deve-se adorar a Eucaristia?”. E responde: “A Eucaristia deve ser adorada por todos, porque ela contém verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor”.

O QUE DIZ A BÍBLIA?

Os católicos procuram justificar a festa de Corpus Christi com a Bíblia citando partes dela que supostamente dão base para o dogma da Eucaristia. Os textos mais freqüentemente usados são os de Mateus 26.26-29; Lucas 22.14-20 e João 6.53-56.

Essa doutrina é contrária ao bom senso e ao testemunho dos sentidos: o bom senso não pode admitir que o pão e o vinho oferecidos pelo Senhor aos seus discípulos na Ceia fossem a sua própria carne e o seu próprio sangue, ao mesmo tempo em que permanecia em pé diante deles vivo, em carne e osso. É manifesto que Jesus, segundo seu costume, empregou uma linguagem simbólica, que queria dizer: “Este pão que parto representa o meu corpo que vai ser partido por vossos pecados; o vinho neste cálice representa o meu sangue, que vai ser derramado para apagar os vossos pecados”. Não há ninguém, de mediano bom senso, que compreenda no sentido literal estas expressões simbólicas do Salvador. A razão humana não pode admitir tampouco o pensamento de que o corpo de Jesus, tal qual se encontra no céu (Lc 24.39-43; Fp 3.20-21), esteja nos elementos da Ceia.

Biblicamente, a Ceia é uma ordenança e não uma Eucaristia; era empregado o pão e não a hóstia; é um memorial, como se lê em 1 Coríntios 11.25,26, e sua simbologia está em conformidade com o método de ensinamento do Senhor Jesus, que usou muitas palavras de forma figurada: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12); “Eu sou a porta” (Jo 10.9); “Eu sou a videira verdadeira” (Jo 15.1). Quando Jesus mencionou na última Ceia os elementos “pão” e “vinho”, não deu qualquer motivo para se crer na transubstanciação.

Não se engane, adorar a Eucaristia também é um ato de idolatria!

F I M

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A CULINÁRIA AMAZONENSE







Culinária do Amazonas


O Estado do Amazonas integra a maior bacia hidrográfica do País e possui mais de duas mil espécies de peixes. Não é de surpreender, portanto, que a culinária amazonense valorize tanto os pescados. O gosto por peixes também foi influenciado pelos hábitos dos indígenas e dos imigrantes europeus. 

Pirão 

A maioria dos pratos é acompanhada por pirão, uma espécie de massa de farinha de mandioca que é cozida em caldo de peixe, ou tucupi, que é um molho amarelado, feito a partir da fermentação do suco da mandioca. Em Manaus, os peixes mais apreciados são o Tucunaré, Pirarucu, que também é conhecido como bacalhau de água doce, e a "calderada" de Tambaqui, entre outros. O Pirarucu, peixe que chega a ter dois metros de comprimento, é um dos mais saborosos e possui a carne branca e macia, completamente diferente das carnes de peixes do mar. 

A proximidade com a Floresta Amazônica proporciona aos turistas a possibilidade de provar alguns tipos de carne que jamais poderiam encontrar em outro local. A chamada "cozinha de selva" inclui iguarias feitas à base de jacarés e animais silvestres, especialmente a carne de paca. Assim como o nordeste brasileiro, a região norte também possui temperos fortes e bastante característicos. 

O tucupi engarrafado também causa uma espécie de dormência na boca, enquanto o pó de guaraná tem fama de afrodisíaco e energético. As frutas típicas da região Norte são destaques da sobremesa. Geralmente usadas como ingredientes em sucos e compotas, algumas frutas podem ser ingeridas ao natural, que é o caso da graviola, mas o visitante não deve deixar de provar os doces feitos de açaí, cupuaçu e buriti.

Em Manaus também há diversas mangueiras espalhadas pelos jardins urbanos e fica impossível imaginar algo mais tropical do que provar uma suculenta manga na cidade que é a porta de entrada para a selva.

Conheça os principais pratos da cozinha amazonense: 

Calderada de Peixe: espécie de ensopado de pescados. Geralmente são usados os peixes Tambaqui ou Tucunaré, que são cozidos em água e temperados com ervas da região.

Tucupi: líquido amarelo e amargo. Serve como ingrediente de vários pratos e feito a partir da fermentação do suco da mandioca. 

Tacacá: comida de origem indígena. É uma sopa que leva mandioca cozida, camarão, jambu e tucupi, temperada com pimenta de cheiro. Costuma ser servida em cuias.
Para conhecer a culinária amazônica, visite:


A ZONA FRANCA DE MANAUS


Zona Franca de Manaus

A mais bem sucedida experiência brasileira no campo do desenvolvimento regional.
  •  Modelo de Desenvolvimento Regional de Sucesso
poloindustrialdemanausSuperintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA é uma autarquia vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) que administra o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), com atuação nos Estados da Amazônia Ocidental (Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima) e as cidades de Macapá e Santana, no Amapá. O modelo foi criado em 1967, por meio do Decreto-Lei 288, de 28 de fevereiro. Desde então, impulsiona a economia da região. Ao longo dessas quatro décadas, foi uma resposta ao desafio de formulação de uma política de desenvolvimento auto-sustentável, capaz de permitir a integração econômica da Amazônia, sem prejuízo ao seu patrimônio ambiental. A Zona Franca de Manaus é considerada a mais bem sucedida experiência brasileira no campo do desenvolvimento regional. Sucessivos recordes de produção, faturamento, geração de emprego e a conquista de novos mercados consumidores traduzem a importância do Pólo Industrial de Manaus (PIM), que foi o responsável por dinamizar a economia do estado do Amazonas e cujos efeitos positivos espraiaram-se para os demais Estados da área de atuação da autarquia. São mais de 500 indústrias aptas a produzir, utilizando tecnologia de ponta na produção, por exemplo, de eletroeletrônicos, bens de informática, aparelhos de telefonia celular, televisores e motocicletas. Tudo isso com qualidade certificada pelo Sistema Internacional ISO na maioria das empresas.
  • Informações Gerais
A Zona Franca de Manaus foi idealizada pelo deputado federal Francisco Pereira da Silva e criada pela Lei Nº 3.173, de 6 de junho de 1957, como Porto Livre. Dez anos depois, o Governo Federal, por meio do Decreto-Lei Nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, ampliou essa legislação e reformulou o modelo, estabelecendo incentivos fiscais por 30 anos para implantação de um pólo industrial, comercial e agropecuário. Instituiu-se, assim, o atual modelo de desenvolvimento, englobando uma área física de 10 mil quilômetros quadrados (km²), tendo como centro a cidade de Manaus. Visando integrar a Amazônia à economia do País, bem como promover sua ocupação e elevar o nível de segurança para manutenção de sua integridade, a União, por meio do Decreto-Lei nº 291, de 28 de fevereiro de 1967, definiu a Amazônia Ocidental tal como ela é conhecida, abrangendo os Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. O modelo de desenvolvimento regional ZFM está assentado em incentivos fiscais e extrafiscais, que propiciaram condições para alavancar um processo de crescimento e desenvolvimento da área incentivada. Em 15 de agosto de 1968, o Decreto-Lei Nº 356/68 estendeu esses benefícios a toda a Amazônia Ocidental. A dinâmica da ZFM compreende três pólos econômicos: comercial, agropecuário e industrial. O primeiro teve maior ascensão até o final da década de 80, quando o Brasil adotava o regime de economia fechada. O pólo agropecuário abriga projetos voltados a atividades de produção de alimentos, agroindústria, piscicultura, turismo, beneficiamento de madeira, entre outras. Já o Pólo Industrial de Manaus (PIM) é a base de sustentação da ZFM. Possui mais de 500 indústrias de alta tecnologia, gerando mais de meio milhão de empregos (105 mil diretos e 400 mil indiretos), com faturamento de mais de US$ 22 bilhões em 2006.
  • Novos Tempos
poloindustrialdemanaus2Em novembro de 1991, o Governo Federal lançou a Nova Política Industrial e de Comércio Exterior, incluindo a redução progressiva do Imposto de Importação. Toda a indústria nacional sofreu os efeitos da medida e o País enfrentou uma das maiores crises da sua economia, com desemprego em massa. Na Zona Franca de Manaus, não foi diferente. Para competir com os produtos similares importados, mais modernos e com custos de produção mais baixos, as empresas tiveram de se reestruturar com investimentos maciços em bens de produção, incrementos de automação industrial e a indesejável liberação de mão-de-obra. A indústria da ZFM teve de se adequar ao Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade. O setor reagiu rapidamente e o faturamento do Pólo Industrial de Manaus saltou de US$ 8,4 bilhões em 1990 para US$ 11,7 bilhões de dólares em 1995. Em 2005 alcançou a marca de US$ 18,9 bilhões, passando para pouco mais de US$ 22 bilhões em 2006. Em exportações, o pólo fechou o exercício anterior com aproximadamente US$ 1,7 bilhão em negócios com o mercado internacional. Além da geração de emprego e renda, a importância do Pólo Industrial de Manaus pode ser medida pela receita gerada por meio dos impostos recolhidos junto às empresas incentivadas. De tudo que a União arrecada na Região Norte, excluindo o Estado de Tocantins, 64,5% sai das indústrias de Manaus. Já a arrecadação total, incluindo tributos federais, estaduais, municipais, taxas e contribuições se aproxima de R$11 bilhões.

  • Investimentos
Com os recursos arrecadados pela Suframa por intermédio das Taxas de Serviços Administrativos (TSAs) recolhidas pelas empresas incentivadas, a autarquia financia projetos de infra-estrutura e formação de capital intelectual na sua área de atuação (Amazônia Ocidental mais Macapá e Santana, no Estado do Amapá). Somente neste último item foram mais R$ 13,7 milhões nos últimos cinco anos, recursos que possibilitaram a oferta de cursos de especialização, mestrado e doutorado, todos voltados às potencialidades da região e no aumento da competitividade da economia regional.
  • Visão de futuro
Desde sua criação, a Suframa desenvolve uma política de fortalecimento contínuo do modelo Zona Franca de Manaus. Diante da abertura do mercado aos produtos importados no início da década de 90, a autarquia estimulou a modernização das linhas de produção para que o parque fabril fizesse frente às mercadorias importadas, com custos menores de produção, conseqüentemente mais baratas. O pólo industrial investiu em modernização, tornou-se mais eficiente e ampliou o mix de mercadorias. O resultado deste empenho é que hoje o modelo é referência mundial em inovação de produtos, com preço e qualidade que concorrem nos mais exigentes mercados, como o norte-americano e europeu. Nos últimos anos, a Suframa redefiniu seu planejamento estratégico para a região e estabeleceu como prioridade o investimento na formação de capital intelectual, na implantação de bioindústrias e no surgimento de novos pólos industriais. Neste cenário foi concebido e implantado o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). Neste processo, a autarquia encomendou ainda estudos para a viabilização de novos pólos industriais e, neste último caso, está apostando na atração de empresas do segmento gás-químico para o PIM. Essas indústrias poderão explorar o potencial da província petrolífera de Urucu, de onde sairá um gasoduto com destino à Manaus, obra iniciada pela Petrobras em 2006, com promessa de estar concluída até 2008. Paralelo a estes projetos, a Suframa tem participado de eventos internacionais para a divulgação da política de incentivos fiscais do modelo ZFM. Em 2006, a autarquia realizou a terceira edição da Feira Internacional da Amazônia (Fiam), evento feito a cada dois anos por meio do qual as empresas do PIM e produtores da Amazônia expõem seus produtos para potenciais parceiros comerciais de várias partes do mundo. Para a região atendida pela Suframa, a Amazônia Ocidental mais as cidades de Macapá e Santana, no Estado do Amapá, o fortalecimento do Pólo Industrial de Manaus significa mais recursos para o financiamento de obras de infra-estrutura, focadas no desenvolvimento das potencialidades regionais.

Texto: Assessoria de Comunicação/SUFRAMA
Fotos: Arquivo SUFRAMA

LENDAS AMAZÔNICAS

    As principais lendas da Amazônia são: o boto, a Iara, o caapora, o mapinguari, o curupira, o jurupari, a Macunaíma, o anhangá, o Saci, o cauré, o uirapuru, o cãoera, o muiraquitã, o cunauaru, o japu, o japiim, a jurutaí, o uacauã, a juruti-pepena, o tajá, a vitória-régia, o chimbuí, a boiúna, a Cobra Norato, entre vários outros.

    O boto: O boto costuma perseguir as mulheres que viajam pelos rios e inúmeros igarapés; às vezes, tenta virar a canoa em que elas se encontram, e suas investidas se acentuam quando percebem que há mulheres menstruadas ou mesmo grávidas.
    Ele é o grande encantador dos rios. Transformando-se num guapo rapaz, todo vestido de branco e portando um chapéu, para esconder o furo no alto da cabeça, por onde respira, ele percorre as vilas e povoados ribeirinhos, freqüenta as festas e seduz as moças, quase sempre engravidando-as. Há, inclusive, histórias em que a moça é fecundada durante o sono...
Para se livrarem da "influência" do bicho, os caboclos vão buscar ajuda na magia, apelando para os curandeiros e pajés.


    Vitória-Régia É uma planta aquática que floresce e se desenvolve quando das "águas vivas" 
e definha quando a água é pouca.
    Esta é uma das lendas inspiradas por  Perudá e nasceu do amor entre a índia Moroti e o guerreiro Pitá. Diz a lenda que Moroti, querendo mostrar para as amigas o quanto era amada pelo guerreiro, jogou sua pulseira ao rio, desejando que, como prova de amor, Pitá a trouxesse de volta. O infeliz apaixonado atirou-se ao rio e não retornou. Desesperada e arrependida, Moroti jogou-se atrás do amado, tendo igual fim.
    No dia seguinte, a tribo presenciou o nascimento de uma grande flor, que ao centro era branca, como o nome de Moroti, e as pétalas ao redor eram vermelhas, como o nome do bravo Pitá.

    IaraMito baseado no modelo das sereias dos contos homéricos, a Iara é a Vênus amazônica; é uma ninfa loira de corpo deslumbrante e de beleza irreversível. Na Amazônia, o tapuio que escuta o cantar da Iara fica "mundiado" e é atraído por ele; o mesmo se dá com as crianças que desaparecem misteriosamente. Crêem os ribeirinhos que essas crianças estão "encantadas" no reino da "gente do fundo".

    CaaporaO caapora apresenta-se como um moleque pretinho, que cavalga porcos selvagens, mas também pode ser descrito como uma cabloquinha  de longos cabelos, duros feito espinhos, e que, em troca de tabaco, é capaz de dar ao caçador tanto a caça que ele tanto deseja quanto o próprio sexo.  
    Os índios e caboclos acreditam que, prendendo um caapora, ele é obrigado a conceder um "poderzinho" ou atender a um desejo, em troca da liberdade. A versão geral é a de que ele é um duende protetor da floresta e da caça. Alguns autrores o identifica com o Curupira.


    Curupira: Na teologia indígena, o curupira apresenta-se como um moleque de aproximadamente sete anos, com o corpo coberto de longos pêlos e tendo os pés virados para trás. O ponto em que todos são unânimes é quanto à sua condição de deus autóctone das selvas, um protetor.
    Há no Brasil versões em que o curupira aparece com avantajado órgão sexual, que utiliza como tacape. Noutra versão ele se utiliza de uma pesada maça ou clava, ou do próprio calcanhar, que é para a frente.
    Como protetor das florestas, castiga impiedosamente aquele que caça por prazer, que mata as fêmeas prenhas e os filhotes indefesos, mas ampara o caçador que tem na caça o seu único recurso alimentar, ou que abate o animal por verdadeira necessidade.


    JurupariJurupari é a denominação tupi para um demônio particular, mas foi usada com exclusividade pelos missionários para designar qualquer demônio, até assumindo o lugar do cristão nos trabalhos de catequese dos íncolas.  Enquanto conviveu com os homens, estabeleceu uma série de normas de conduta e leis morais, instituiu a monogamia, a higiene pessoal, através da depilação corporal, restituiu o poder aos homens que viviam em regime matriarcal, promoveu modificações nos costumes e na lavoura, instituindo, especialmente, as festas de colheita.
   

 Algumas das leis do jurupari permanecem válidas até hoje e são as seguintes:
  • o chefe cuja mulher for estéril poderá tomar outras para si, sob pena de perder o trono para o mais valente;
  • ninguém cobiçará a mulher do outro, pagando a desobediência com a própria vida;
  • a mulher deverá permanecer virgem até a puberdade e jamais prostituir-se;
  • a mulher casada deverá permanecer com o marido até a morte, sem traí-lo;
  • o marido deverá permanecer em repouso durante uma lua, após o parto da mulher;
  • o homem deve sustentar-se com o trabalho de suas mãos;
  • é punida com a morte a mulher que vir o jurupari e o homem que revelar seus segredos e seus rituais.  
    A cerimônia do jurupari tem seu ritual em fins de março, coincidindo com o período em que as águas diminuem e prenunciam o verão, que começa em maio. Na verdade, na Amazônia não existem inverno nem verão.
        Matin ou Saci: No Pará e no Amazonas, a imagem do saci é a de um curumim que anda numa única perna e tem os cabelos cor de fogo. Alguns crêem que ele é filho do Curupira; outros o identificam como um pequeno pássaro que pula numa perna só; há também aqueles que dizem que as mãos dele são furadas no centro.
    Uirapuru: É um deus que se transforma em pássaro e anda rodeado de outros pássaros, à guisa da corte. Quando canta, todos os outros pássaros da mata ao seu redor silenciam, ou querendo aprender seu canto ou em respeitosa reverência.  Os sons melódicos produzidos por essa ave são dotados de poder hipnótico, como o canto da Iara e do cauré. Acreditam os caboclos que, se o canto do uirapuru tem o poder de atrair outros pássaros, pode, por conseguinte, atrair a sorte no amor e nos negócios. Daí é grande a crença nos seus poderes e propriedades talismânicas.
    Lenda do açaí:  Segundo a lenda, uma tribo que vivia onde está situada a cidade de Belém atravessava um período negro de escassez, obrigando o cacique Itaki a decretar a morte de toda criança nascida a partir daquela data, como medida de controle demográfico da tribo. Mas eis que Iaçá, a filha do cacique, dá à luz uma menina. Apesar de ser neta do cacique, a recém-nascida deveria ser submetida à pesada lei, debalde os rogos da infeliz e desventurada mãe. Numa noite ela ouve um choro de criança; tentando localizá-lo, descobre sua filhinha encostada numa esguia palmeira, sorrindo-lhe; mas, ao abraçar a filha, esta desaparece e Iaçá vê-se atracada ao tronco da palmeira. No dia seguinte, o cacique encontra o corpo da filha abraçado ao tronco de uma palmeira, que trazia um cacho de frutinhas negras, como os olhos de Iaçá. Imediatamente ordenou que esmagassem as frutas numa vasilha e ao suco obtido chamou de açaí, que é o nome da filha ao contrário.
Mapinguari: Os caboclos contam que dentro da floresta vive o Mapinguari, um gigante peludo com um olho na testa e a boca no umbigo. Para uns, ele é realmente coberto de pelos, porém usa uma armadura feita do casco da tartaruga, para outros, a sua pele é igual ao couro de jacaré. Há quem diga que seus pés tem o formato de uma mão de pilão. O Mapinguari emite um grito semelhante ao grito dado pelos caçadores. Se alguém responder, ele logo vai ao encontro do desavisado, que acaba perdendo a vida. A criatura é feroz e não teme nem caçador, porque é capaz de dilatar o aço quando sopra no cano da espingarda. Os ribeirinhos amazônicos contam muitas histórias de grandes combates entre o Mapinguari e valentes caçadores. O Mapinguari sempre leva vantagem e os caçadores que conseguem sobreviver, muitas vezes ficam aleijados ou com terríveis marcas no corpo para o resto de suas vidas. Há quem diga que o Mapinguari só anda pelas florestas de dia, guardando a noite para dormir. Quando anda pela mata, vai gritando, quebrando galhos e derrubando árvores, deixando um rastro de destruição. Outros contam que ele só aparece nos dias santos ou feriados. Dizem que ele só foge quando vê um bicho-preguiça. O que ninguém explica é porque ele tem medo justamente do seu parente, já que é considerado um bicho-preguiça pré-histórico.

CRENÇAS ABERRANTES

Crenças aberrantes

Revista Defesa da Fé - nº 1 ano 2 de 1998

O título desta matéria inclui várias crenças, algumas das quais são divisivas, ao passo que outras são nítidos desvios da verdade. Serão descritas no decurso da matéria. Comecemos com a aprendizagem de alguns termos:


Heresia

Uma heresia é uma opinião fora da harmonia com as doutrinas bíblicas primárias. Contém as sementes da divisão ou da dissidência. Na idade média a igreja assumiu grandes poderes sobre a vida humana, e as pessoas que caíam sob a suspeita da heresia eram excomungadas ou até mesmo executadas. Se alguém tivesse alguma objeção em relação a uma injustiça ficava quieto, ou tomava grande cuidado com o modo de expressar a sua opinião. Uma heresia pode desenvolver se num culto ou seita, e então ficar sendo uma denominação ou igreja.

Culto

Derivada da palavra latina cultus, culto significa "veneração" ou "adoração"; por exemplo, os membros de um culto ao sol adoram o sol. Os adeptos de uma crença religiosa inortodoxa ou falsa são considerados praticantes de um "culto". Freqüentemente, uma pessoa permite que uma idéia ou noção antibíblica arraigue se no seu coração. À medida que a pessoa permite que esta crença se desenvolva, pode separar se da Igreja (se tiver conexões com uma delas). Se for uma pessoa dinâmica, um fundador com carisma, pode atrair outros para si, e à medida que apóiam as suas noções, o culto cresce.

Extraído do livro As Pessoas e Suas Crenças, ICI ETAD, Campinas, SP, 1987, pp. 268 276

Seita

Uma seita é semelhante a um culto, só que seita sugere "dissidência" ou um "rompimento" com o grupo original. Uma seita é maior do que um culto, e pode crescer até formar uma denominação. Alguns não pentecostais no passado consideravam os pentecostais como uma seita, mas agora os pentecostais representam o segmento maior da igreja, com um crescimento mais rápido.

Recentemente uma epidemia de cultos, seitas e heresias espalhou se por todo o mundo. Alguns classificam se na categoria de religiões pseudo cristãs, tais como o mormonismo, a Ciência Cristã, as Testemunhas de Jeová, a Igreja da Unificação, o Caminho Internacional, os Meninos de Deus e muitos outros. Alguns pastores apresentam conceitos psicológicos dentro das igrejas estabelecidas, como se fossem o caminho para o pensamento positivo e da possibilidade, a confissão positiva e o evangelho da prosperidade. Embora alguns que sustentam estas crenas tenham permanecido dentro da igreja, muitos cristãos consideram que não estão de conformidade com a sã doutrina, ou como "ladrões que sobem por outra parte" (Jo 10.1).

Cultos não religiosos, que seguem determinados personagens, incluem Hare Krishna, EST, Meditação Transcedental, Missão Luz Divina, Bhagwan Shree Baneesh, Teosofia, Cientologia, Espiritismo, Yoga, Baha'i , e muitos outros provenientes da Índia. Embora seus métodos e motivos de procurarem riquezas fáceis e prazeres físicos sejam muito criticados pela igreja e pela sociedade em geral, estão sendo tolerados e crescem com rapidez.

Fundamentos do cristianismo

As seitas provocadoras de divisões têm o hábito de selecionarem textos de provas para apoiarem suas falsas reivindicações, de não considerarem o contexto dos versículos, ou de distorcerem o significado das Escrituras. O cristão, portanto, deve estar bem escolado na "fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd 3). Você deve "estar sempre preparado para responder... a razão da esperança que há em vós" (I Pe 3.15). Nossas ordens são: não disputar com eles, nem os vences nos argumentos, mas ajudá-los. Os praticantes dos cultos freqüentemente distorcem várias verdades bíblicas fundamentais. Para ajudar-nos a reconhecê-las podemos colocá-las na chamada balança dos oito temas da sã doutrina.

A Deidade e unidade na Trindade

Uma das primeiras doutrinas que os cultistas distorcem é a da trindade. O Credo de Nicéia, em 325 d.C., estabeleceu a igualdade entre o Filho e o Pai, bem como a doutrina da trindade. Foram aceitos os dois lados de uma questão, a saber: que há três Pessoas na Deidade, e que Deus é revelado em três Pessoas. Os textos bíblicos que apóiam a trindade incluem os seguintes:

- "E agora o Senhor Jeová me enviou o seu Espírito" (Is 48.16) O Filho fala, o Pai e o Espírito enviam.

- "E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 3.17). Aqui, Jesus foi batizado, o Espírito desceu, e o Pai falou.

- "Batizando as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28.19)

- "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (I Tm 2.5).

Deus é um só

Os cultistas não somente distorcem o ensinamento bíblico sobre a trindade como também confundem a unidade de Deus. Uma das grandes verdades bíblicas é que a natureza de Deus é una e indivisa. Ele não é composto de partes; seu ser é único e Ele é numericamente uno. O homem, em contraste, é um ser composto e tem tanto uma parte material (o corpo), quanto uma parte imaterial (a alma e o espírito). Dentro da unidade de Deus, há lugar para distinções pessoais entre a natureza divina. Dentro da essência divina, três distinções ficam evidentes, conforme foi evidenciado anteriormente. Finalmente, a unidade de Deus indica claramente o fato dele não ser um dentre muitos deuses; Ele é o único Deus!

- "Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor" (Dt 6.4)

- "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (I Tm 2.5).

- "O Senhor é Deus: nenhum outro há senão Ele" (Dt 4.35).

- "Só o Senhor é Deus em cima no céu, e em baixo na terra; nenhum outro há" (Dt 4.39).

Jesus Cristo é o divino filho de Deus

É essencial que Jesus, que carregou os nossos pecados, seja um sacrifício perfeito, plenamente capacitado a pagar a penalidade do, pecados da raça humana. Ele deve ser mais que um homem bom; Ele deve ser Deus.

- "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua Glória, como a Glória do unigênito do Pai, cheio de grau e de verdade" (Jo 1.1,14).

- "Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz uni filho, e será o seu nome EMANUEL" (Is 7.14).

- "Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos Jesus Cristo nosso Senhor' (Rm 1.4).

0 Espírito Santo é nosso consolador

O crente deve ter a capacitação de viver uma vida que agrada a Deus. É essencial que habite nele aquele que pode fornecer poder para viver com justiça e realizar o propósito de Deus.

- "Quando vier o Consolador ... ele testificará de mim". E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo... Ele vos guiará em toda verdade" (Jo 15.26; 16. 8,13).

- "Mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós... Esse vos ensinará todas as coisas" (Jo 14. 17,16).

- "E, cumprindo se o dia de Pentecoste ... todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram u falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem". (At 2.1 4)

- "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser me eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra" (At l.h).


Todas as pessoas pecaram

Se é para as pessoas corresponderem à oferta da salvação que Deus lhes faz, devem reconhecer que todas elas estão condenadas diante de Deus e que necessitam de um Salvador. Todas as pessoas, portanto, são culpadas diante de Deus.

- "Não há um justo, nenhum sequer... Porque todos pecaram e destituídos estão da glória e Deus" (Rm 3.10,23).

- "Tudo o que não é de fé é pecado" (Rm 14.23).

- "Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade" (I Jo 3.4). "Toda a iniqüidade é pecado" (I Jo 5.17).

Só há redenção no sangue de Cristo

Visto que Jesus pagou a penalidade pelos pecados dos seres humanos, tudo quanto é 'gido que se faça é que aceitem a sua provi. Isto requer que se arrependam dos seus Gados e creiam que Deus os perdoa.

- "Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas" (Ef 1.7).

- "E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas" (CI 1.20).

- "Mas este [Sacerdote], havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus" (Hb 10.12).

Salvação é pela graça

É totalmente essencial que as pessoas recoeçam que não são dignas da salvação. Deus rdoa através da sua misericórdia e do sacrifíio de Cristo. Então, uma vez que tenham receído o perdão, demonstram seu amor medinte o seu comportamento.

- "Mas a todos quantos o receberam, deu lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome" (Jo 1.12).

- "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece" (Jo 3.36)

- "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus " (Ef 2.8).

Depois da morte virá o juízo

O homem é um ser moral num universo oral. Nesta condição, precisa prestar contas a eus pela vida que vive e pela sua reação à ferta da salvação que Ele faz. Tão seguramene quanto aos homens mortais morrem, assim ambém é dever prestar contas diante de Deus elo tipo de vida que vivem.

- "Porque o salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm G.23).

- "E como aos homens está ordenado morrerem um vez vindo depois disso o juízo..." (Hb x.27).

- "Quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labaredas de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais por castigo padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder" (2Ts 1.7 9).

É surpreendente ficar sabendo quantas senas distorcem verdades ou práticas específicas. Se o cristão tiver consciência destes aspectos do pensamento dos adeptos das seitas, poderá refutar os seus erros. Aqui, sugerimos algumas marcas distintas dos cultistas, que chamaremos os sinais de identificação da erro.

A vida do fundador

Devemos fazer perguntas a respeito do fundador, como por exemplo: Ele detém, por nomeação própria, um alto carga, tal como profeta, apóstola, grão mestre ou até mesmo messias? É um místico psíquico que entra em êxtase e vê visões ou sonhos? Sofre alucinações? Se a resposta for "sim" a estas perguntas, tenha suas suspeitas sobre o culto. Muitos cultistas alegam que seu líder é divinamente inspirado ou entendem que é igual a Deus.

Seu conceito de Deus

Outra consideração a ser descoberta no tocante àqueles que pertencem a uma seita é a sua crença no tocante à trindade. Alguns acham que Deus é uma força, um tirano ou um ser impessoal. Talvez reverenciem pinturas, estátuas dos santos, ou até mesmo os adorem. Os rituais fazem parte importante da sua adoração. Jesus Cristo pode y~ ser chamado um mestre, profeta ou avatar ", /encarnação/ de outro santo. 0 Espírito Santo é freqüentemente minimizado ou suas manifestações são imitadas.
Escrituras alternativas

Um sinal importante de identificação dos membros das seitas é o livro que consideram sagrado. Colocam outro livro no mesmo nível que a Bíblia? O livro foi escrito pelo fundador e é necessário para a interpretação da Bíblia? Como o livro veio a existir? Suas origens documentárias podem ser confirmadas? Os cultistas freqüentemente dizem que Deus deu uma nova revelação depois das tempos, quando foi escrito o Novo Testamento. Elogiam a Bíblia da boca para fora, mas confiam muito mais nos seus próprios livros. Segundo nosso ponto de vista, qualquer escrito, fora da Bíblia, que é considerado sagrado, é suspeito e se não

Reivindicações a exclusividade da verdade

Alguns cultistas reivindicam Ter conhecimento exclusivo de Deus. Segundo eles, todas as oraras pessoas distorceram a verdade; somente eles a possuem na sua totalidade. Segundo o modo de pensar deles, as verdadeiras necessidades da humanidade serão satisfeitas somente decoro da sua seita. Fora isso, tudo é ilusão, trevas e pecado; decoro, há realidade, luz e liberdade. A maioria deles tende a sincretizar o Cristianismo cem rituais e ensinamentos pagãos.

Práticas questionáveis no viver

Entre os cultos e as seitas há todos os tipos de excessos físicos e de práticas não-cristas. Os cultistas usam ornamentos e vestimentas, contos, símbolos, bengalas e cordas. Podem até realizar danças sensuais, acompanhadas de batucadas, feitiços, amuletos e empregar artigos de bruxaria nos seus cultos de adoração. Alguns dos seus líderes praticam a poligamia, permitindo viver em famílias múltiplas e praticar um vida sexual indiscriminada entre os membros.

Ênfase na identidade do grupo

Entre muitas seitas há um sentimento de superioridade de grupo. Os membros das seitas freqüentemente usam termos especiais para referirem-se a si mesmos. Demonstram apoio e amor pelos novos membros, a fim de que estes se limam importantes. Acolhe bem a perseguição , porque ela aumenta o senso da identidade do grupo. A sena tem controle rígido sobre todos os aspectos da vida dos membros e disciplina rigorosa é exigida. Os membros devam obedecer os seus líderes sem nenhuma hesitação, dedicar muitas horas à atividade missionária e tempo integral às atividades da seita. Sua correspondência é censurada ;recebem ordens quanto às roupas que devem usar e com quem devem-se casar. Há medo mortal da deserção. Tendem a ser agressivos em seus esforços de propagar as suas crenças. Freqüentemente, dividem famílias, igrejas e opõem-se às organizações. Exemplos destas seitas são: a Missão da Luz Divina, a Família do Amor e a Igreja da Unificação.

Meios de salvação

Muitos cultistas procuram obter a salvação mediante o esforço humano. Este esforço pode tomar a forma de certos rios e cerimônias ou da privação como de barro. Uma característica humana comum é esforçar-se para ganhar ou merecer certo prêmio. Os cultistas também oferecem recompensas especiais a quem tiver mais sucesso em conquistar mais adeptos á causa deles. Alguns deles alegam ter tido uma experiência espiritual especial que chamam de salvação. Declaram que somente aqueles que estão dentro da seita podem recebe-las e, freqüentemente, há uma cerimônia de iniciação no grupo. Sendo assim, a totalidade do contato deles é da salvação pelo próprio esforço.

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