sábado, 14 de dezembro de 2013

O DIA EM QUE TE CONHECÍ
Mis. Agar Marinho Dias
( Homenagem aos 23 anos do nosso casamento )
10/07/1999

Naquele momento inesquecível
Daquela manhã de janeiro
Quando te vi esbelto e amável
Surgiu no meu coração solteiro
Um amor puro e verdadeiro

O tempo foi muito curto
p’rá te conhecer melhor
Mas os poucos e grandes minutos
Foram suficientes e profundos
Para nascer um amor sonhador

O tempo passou sem esperança
De ver-te novamente
Com sua exuberância
Mas sempre confiante e com paciência
Que o Deus criador com sua onipotência
Nos unisse para sempre em aliança

Seis meses se passaram
Sem uma notícia sequer
De ver aquele estranho aparecer
Ou pelo menos uma carta
P’rá esperança renascer

Oito meses depois
Uma esperança surgiu
Recebí uma carta
De uma amiga que já partiu
Com o endereço do jovem seminarista
Do qual o meu coração não desistiu
Do vulto lindo e esbelto
E com aquele perfil

Com muita ansiedade uma carta remetí
Querendo fazer amizade
E saber notícias concretas
Daquele rapaz simpático
Que despertou no meu coração
Uma grande ansiedade
De conhecê-lo melhor

Fiquei preocupada se a carta chegaria
Ao destino enviado
Mas tal foi a surpresa
Quando bem nem esperava
Uma carta recebí
Com o meu nome gravado

Corri logo para um canto
Mãos trêmulas, rasguei o envelope
A surpresa foi tanta quando li aquela carta
Daquele jovem estranho
Pedindo com amor tamanho
Que me tornasse sua amada
E não só fazer amizade

A angústia minha foi tanta
Não sabia o que fazer
Pois namorar um estranho
Sem conhecer seu querer
Sem conhecer seu caráter
Não sabia mesmo o que fazer

Joelhos no chão coloquei
Pedindo a Deus direção
A meu Deus queria honrar
Casando com um rapaz
Que também o quisesse amar
Não queria decepção

Uma semana passada 
Daquela carta recebida
Respondí--lhe que queria
Me tornar a sua amada
E juntos servirmos a Deus
Ao longo de nossa vida

O namoro transcorreu
Durante um ano e meio
E todos queriam saber
Quem era o jovem encantado
Que havia me despertado
E que Deus tinha escolhido
Para ser o meu marido

Meu coração bateu forte
Quando um telegrama recebí
Dizendo; “aguarde minha chegada
Pois do Paraná saí”
Contava os dias tão longos
Que demoravam a passar
Ansiando o momento
Do meu amado abraçar

Em Boca do Acre eu morava
Com um casal de missionários
E qualquer homem que passava
Na rua do povoado
O pastor, rindo, dizia:
“Acho que é o seu amado”


Um belo dia então uma visita fui fazer
A uma irmã da Igreja que tinha ganho nenê
Quando então rapidamente
Veio uma amiga me dizer
O Sérgio aqui já chegou
E está doidinho p’rá te ver

Despedí-me da irmã e p’rá casa eu corrí
Mas minhas pernas estavam igual
Uma vara verde ao vendaval
Que se negavam a obedecer
De dar um passo sequer

Na casa então adentrei
E numa cadeira sentado
Me aguardava o meu amado
Um tanto quanto acanhado
Ao ver--me, correu me abraçando
E me chamou de “meu bem”
E desde esse dia então
Um chama o outro de “bem”
Desde que vá tudo bem

Uma semana depois tomamos o avião
E p’rá Lábrea viajamos
P’rá fazer preparação
E a Igreja enfeitamos
Para aquele casamentão

Os irmãos todos queriam na festa colaborar
E com grande alegria em tudo nos ajudar
O pastor aconselhou-nos na maneira de viver
E como nós deveríamos em família proceder

E 10 de julho chegou com a festa do nosso amor
A Igreja toda enfeitada
Quando a Agar de noiva entrou
E todos admirados com aquele seu explendor

Seu amado estava nervoso
Quando o sogro lhe entregou
A mão de sua amada que ao altar então levou
Não mais estranhos agora, unidos naquela hora
Pela lei de Deus Senhor



Vinte e três anos passados 
Do enlace matrimonial
Dessa união  nos nasceu
Um casal sensacional
Dois filhos que tanto amamos
E que nos amam igual

Nós quatro peregrinamos
Por todo o chão brasileiro
E juntos representamos
Este Brasil por inteiro

No Acre nasceu o Efraim
O nosso filho primeiro
E a nossa querida Ester
Nasceu em solo mineiro

Sou de Lábrea, no Amazonas
E o Sérgio é de Maringá
Que é das mais lindas cidades
Do norte do Paraná

E assim a nossa família
Abraça o Sul e o Norte
E sempre  estamos unidos
Num amor firme e forte

As trovas termino aqui
E se esta história servir
P’rá inflamar corações
Sigam então nosso exemplo
E em suas casas ou no templo
Incluam-nos em suas orações

    F I M

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