quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O CAIS DO PORTO DE MANAUS E SUA HISTÓRIA



O Porto de Manaus, inaugurado em 1907, é considerado o mais original do Brasil. Construído em um cais flutuante, acompanha o nível das águas do rio Negro, em épocas de grande cheias.

Sua estrutura permite receber vários navios de qualquer tamanho, mesmo durante as grandes vazantes. O porto está situado entre a praia de São Vicente e a rampa do Mercado Municipal Adolpho Lisboa. À esquerda da entrada fica o edifício da alfândega, que veio pré-fabricada da Inglaterra, onde funciona o escritório e, do outro lado da pista, ficam os armazéns destinados às mercadorias, à frente fica a rampa que é destinada aos conteiners.

O cais flutuante compõe-se de duas partes distintas: a primeira em forma de um T, serve para a atracação de navios de cabotagem. A segunda parte é o trapiche que liga as balsas flutuantes à ponte móvel.

A ponte móvel tem 20 metros de largura e, em sua lateral, há uma passarela para pedestres. Logo que foi inaugurado chegaram os paquetes ingleses, italianos, franceses e alemães. Eles transportavam mercadorias e passageiros.

O porto passou a ser o principal ponto turístico da época e recebia navios de luxo da Lamport, da Boat Line e outros. Também saiam do porto de Manaus embarcações com borracha, castanha, madeira, produtos de exportação da época.

O Porto de Manaus teve sua estrutura para recepção de turistas reformada recentemente. Além de servir para embarque e desembarque de passageiros e mercadorias que vão e vem das cidades do interior do Estado, recebe grandes transatlânticos de turistas de várias partes do mundo.

Também desembarca produtos destinados ao Pólo Industrial de Manaus, assim como serve de embarque para produtos fabricados na cidade e que se destinam a várias partes do Brasil e do mundo.

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Porto de Manaus – Roadway - História
A falta de um porto amplo e moderno na capital do Amazonas comprometeu por muitos anos a economia da região. Dentre as constantes lamentações governamentais, repetiu-se, por muitos anos, a falta de condições de serviços de embarque e desembarque de mercadorias em Manaus, cujo sistema era rudimentar e muito deficiente, pois a cidade não dispunha de um porto devidamente equipado, recorrendo-se com freqüência ao porto de Belém para escoar grande parte da produção extrativa que era exportada. Esta situação, além de produzir grandes prejuízos ao comércio local, afetava também a receita do cofre estadual.

Durante o período provincial, e mesmo nos dez primeiros anos da República, os administradores mencionavam abras e reparos de rampas e trapiches no litoral da cidade; no entanto, estas obras não superavam definitivamente os velhos problemas, principalmente no período de seca, quando o rio Negro baixava o seu nível sensivelmente, impedindo que os barcos aportassem nas rampas. As obras executadas naquela época não tinham estrutura nem porte para solucionar os problemas de embarque e armazenamento de mercadorias com segurança e eficiência.

Dentre as obras construídas nesse período, destaca-se o trapiche 15 de novembro, concluído em 04 de janeiro de 1890, durante a administração do capitão Augusto Ximeno de Villeroy (SOUZA, 1966, p. 71). Provavelmente, esta obra seja a mesma que os últimos relatórios da província se referem como trapiche Princesa Isabel e que, durante a presidência de Joaquim de Oliveira Machado (1889, p 41), tinha sua fiscalização a cargo do engenheiro Eduardo Ribeiro, chefe da 1º seção da Repartição de Obras Públicas.

No primeiro ano da República, durante o governo de Gregório Thaumaturgo de Azevedo, foi firmado um contrato com o engenheiro civil João Martins da Silva para realizar trabalhos de melhoramentos do porto de Manaus, e este contrato foi renovado durante a administração de Eduardo Ribeiro (1893, p. 7), alegando que tal procedimento traria grandes vantagens para o Estado. Ribeiro acreditava que com a inovação do contrato seria possível atender a uma necessidade palpitante para a cidade, considerando o modo lastimável com que faziam os trabalhos de cargas e descargas do porto. O governador dizia que o serviço publico e particular sofre sempre, alem de grandes vexames, atropelos e graves prejuízos.

A questão dos melhoramentos do porto de Manaus só foi retomada na administração de Fileto Pires Ferreira (1900, p. 85), o qual informava que, após a revisão do contrato, o contratante havia-se retirado do Amazonas e que só regressara em junho de 1897, trazendo em sua companhia um representante de uma das principais casas da Inglaterra, como é a de Punchard, Mc. Taggat, Lowther & C.

Naquela oportunidade, o engenheiro Martins apresentou os planos e o orçamento para a execução das obras que foram aprovadas depois de ouvidas as autoridades competentes e com as modificações aconselhadas pela comissão de saneamento de Manáos, conforme os pareceres de 17 de junho e de 07 de julho de 1897. No entanto, o governador confessou que, vendo porém, que o Sr. Martins não levava avante as obras do porto e que o representante inglês estava próximo de retirar-se sem nada resolver, tratou de negociar diretamente com o senhor D. Weir que era o representante da casa inglesa, no intuito de levar adiante as referidas obras.  As negociações para executar os melhoramentos do porto continuaram a ser feitas de maneira lenta até janeiro de 1898, quando o governador Fileto Ferreira (1898, p. 36) comunicava ter o comissário do Governo Federal, Alexandre Sattamini, questionado a competência do Estado em contratar melhoramento do porto.

Rapidamente, a questão tomou grandes proporções e, em 05 de fevereiro do mesmo ano, foi aprovada a Lei Nº 198 (Coleção de Leis, 1897 – 1899, 1902, p. 30) autorizando o governo do Estado a entrar em acordo com o governo federal e o contraste das obras do porto. No entanto, em abril daquele ano, Fileto Ferreira retirou-se para Europa, sendo substituído por seu vice, José Cardoso Ramalho Júnior (1898, p. 5), que, em junho de 1898, informava que em conseqüência do questionamento feito pelo comissário Santtamini, o governo do Estado foi convidado pelo Ministério da Fazenda a rescindir o contrato com o engenheiro Martins, por ter sido considerado atentatório dos direitos da União e, caso a recomendação não fosse atendida, ameaçava com uma ação de nulidade. Ainda em julho daquele ano, o Decreto Nº 257 (FERREIRA, 1900, p. 106) autorizava a abertura do crédito necessário para indenizar o engenheiro João Martins da Silva pela rescisão do contrato.

Em junho de 1899, 0 governador Ramalho Júnior (1899, p. 24) comunica que a questão já se debatia há muito tempo, sem ainda haver tido a sua necessária solução; enquanto isso, Manaus continuava sofrendo as deficiências do serviço do porte. Em setembro do mesmo ano, a Lei Nº 218 (COLEÇÃO DE Leis do Amazonas, 1897 – 1899, 1902, p. 88) autorizava o Poder Executivo a entrar em acordo com o governo federal no intuito de levar a effeito as projectadas obras de melhoramentos do porto de Manáos.

Em 1904, o ex-senador Lopes Gonçalves (1904, p. 60) afirmou que o contrato para a construção do porto da cidade de Manaus foi celebrado em 1º de agosto de 1900, com Bromistau Rymkiewicz, que organizara uma campanha, na Inglaterra e no Brasil, denominando-a Manáos Harbour Limitad.  Os trabalhos de construção foram iniciados em julho de 1902 e, em maio de 1903, já haviam construído um cais com quatro trapiches e estava concluída a colocação de um grande flutuante com três torres movidas por eletricidade.  No mesmo ano da publicação de Gonçalves, passaram por Manaus os sanitaristas Godinho e Lindenberg (1906, p. 54) que, ao discorrer sobre o porto da cidade, afirmavam que a obra fora contratada com o barão Rienckievicz, engenheiro construtor das obras da Serra do Cubatão, auxiliado pelo Dr. Álvaro de Carvalho, que supunham serem sócios. no entanto, a americana Marie Wright (1907, p. 394) informava, em 1907, que o contrato para o melhoramento do porto fora feito com a firma inglesa Manáos Harbour Company Limited e as docas foram planejadas e praticamente construídas sob a direção do engenheiro cubano Antonio de Lavandeyra, sendo os trabalhos iniciados em 1902.

Luiz de Miranda Correa (1965, p. 45) acrescenta, por sua vez, a esta informação, que Antônio Lavandeyra projetara o porto, juntamente com o Dr. Cavalcanti de Albuquerque, sobre as idéias deste último.  Em 22 de agosto de 1902 foi sancionada a Lei Nº 384 (Coleção de Leis do Amazonas, 1903, p. 16), aprovando o contrato de 25 de março do mesmo ano, ampliando para sessenta anos o prazo de concessão dos serviços do trapiche XV de Novembro para a empresa de melhoramentos do porto de Manaus.

A construção do porto de Manaus, no início do século XX, era composta por uma ponte flutuante em forma de T, e grande parte desta estrutura, assim como os armazéns, guindastes e outros elementos eram de ferro. Este material já era usado em obras do trapiche Princesa Isabel e, segundo informação de Eduardo Ribeiro, era de origem européia (MACHADO, 1889, p. 41).

Provavelmente, é deste material que Geraldo Gomes da Silva (1987, p.201) afirma não ter encontrado nenhum documento comprovando em afirmar que seja o sistema Daniy, de origem belga. Notando, ainda, que os armazéns construídos pela Manáos Harbour Limited são todos de ferro corrugado e tanto as paredes quanto as coberturas foram produzidas pela P & W Mac Leillan Ltd. – Clutha Works, de Glasgow, de acordo com o registro gravado em algumas estruturas da construção.

O porto de Manaus, com sua ponte flutuante em forma de T, é conhecido como Roadway, denominação deixada pelos ingleses. Esta ponte tem aproximadamente 200 metros de comprimento e cerca de 20 de largura.  Apresenta passeios laterais para uso de pedestre e uma pista central para veículos. Durante a década de 70 do século XX, esta ponte foi avariada por uma grande embarcação, mas ao ser recuperada perdeu sua característica original, tornando-se fixa sobre pilares de concreto. Nas proximidades desta ponte, além de outras menores. Todo este conjunto flutuante, assim como os prédios onde funcionava a administração do porto, foi tombado como patrimônio histórico nacional.

Fontes:
MESQUITA, Otoni. Manaus – História e Arquitetura (1852 – 1910). Editora Valer. 3º Edição.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

A LENDA DO SINO DE NATAL

OTTO GUSTAVO


Velha lenda interessante
Diz que havia uma capela
Num lugar muito distante
Quem passasse ali por ela
E olhasse pela janela
Veria dependurado
Velho sino enferrujado
Sem cordas para tocar

Pois diz esta velha lenda
Que este sino tocaria
Dia e noite, noite e dia
Se alguém trouxesse uma prenda
Um presente original
Que muito agradasse a Deus
Como oferta de Natal

Ao redor do velho templo
O bosque se comprimia
As árvores, por exemplo,
Debruçavam-se para o centro
Lançando seus galhos dentro
Da capelinha vazia

E à capelinha
De manhãzinha
O povo vinha
Cada Natal
Todos os anos
Com finos panos
Com prata e ouro
Cada tesouro sensacional

E o velho sino enferrujado
No seu lugar dependurado
Nem sequer dava sinal

Mas eis que uma certa feita
O povo todo falava
Que pessoas de alta seita
Cada qual se aproximava
Com dádiva mais perfeita!
Nem, bem correra a notícia
Ali chegava a milícia
Vieram mesmo de fato
Um rei, um comerciante
E um sábio literato
De um país muito distante

Silêncio...

Descendo da carruagem
Com toda sua equipagem
Põe-se o rei a caminhar
E ainda que a alma lhe doa
Coloca a sua coroa
Ante o tosco e velho altar
Mas...para ingente surpresa
Apesar da realeza
O sino não quis tocar

Decorrido breve instante
Veio o astuto comerciante
Com perfumes suavíssimos
Com panos belos, riquíssimos
E todo o tesouro seu
E vendo o que se passava
Todo o povo murmurava
Mas o sino não bateu

Então o sábio fecundo
Caminhando devagar
Aproximou-se do altar
E alto e firme falou:
Eu trago a sabedoria
A prenda de mais valia
Que o homem já conquistou
Mas, para espanto geral,
Escoava-se o Natal
E o sino nem o notou

Que desengano!
Eis mais um ano para esperar
O sol ardente, lá no poente,
Já quer baixar

Porém, em dado momento,
Avançou a passo lento
Um homem da multidão
E, ante o povo boquiaberto,
Adentrou o templo certo
Ajoelhando-se ao chão
“Senhor, não tenho coroa
Nenhuma oferta boa
Não sou sábio, nada não
Mas o que eu trago Senhor,
É tudo, é o meu amor
É meu próprio coração!”
O povo se estremeceu!
E pelo imenso da floresta
Ressoando em tom de festa
O velho sino bateu!

            F I M

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

OS SERES HUMANOS E OS DINOSSAUROS (...e demais bichos)


CRÔNICA DE:  Sérgio Aparecido Dias
(...e de quem mais poderia ser?)


Um pesquisador chamado Adauto levantou a “tese” da contemporaneidade dos seres humanos com os dinossauros, e publicou na Internet. Pois bem, do alto da minha estatura (1 metro e 68 centímetros), resolví encher-lhe o saco...


Dinossauros, mastodontes, tigres-dente-de-sabre, baleias assassinas, peixe-boi, sereias, negros d'água, mãe da lua, lambaris, sardinhas, como é que eu posso saber? E depois, isso não me interessa nenhum pouco e nada tem a ver com as doutrinas bíblicas! E esse Adauto também não sabe, e nenhum cientista também sabe coisa alguma! Eles enchem a gente de teorias, inventam eras remotíssimas, afirmam que tal achado "arqueológico" tem milhares ou milhões de anos e acham que somos obrigados a engolir! Pois eles que engulam, afinal, foram eles que cozinharam esse caldo indigesto, essa sopa de idades primária, secundária, terciária, quaternária, "parafernália"! As eras mesozóicas, "perestróika", "pororóica", e por aí vamos e venhamos! Pois fiquemos cá mesmo, em nossa realidade, e deixemos o estudo do tempo com os arqueólogos sérios, que desencavam cidades antigas e ruínas históricas e nos desvendam a história dos povos antigos, encontrando documentos comprobatórios de sua existência real.

Tá certo que eles também costumam "esticar" o tempo dos acontecimentos, mas pelo menos ficam por aí, dentro de aceitáveis 10.000 anos. Eu tenho bem menos que isso...

Quanto às "descobertas" do "homem de Neandertal", homo-eréticus (qual teria sido a sua heresia?), brincadeirinha!!! Na verdade, é “homo-erectus”, “homo sapiens” e tantos outros "homos" (mas a maioria hetero, com certeza!). Já se sabe que alguns desses fósseis bem podem ter sido, na verdade, restos mortais de macacos comuns (comuns para aquela época, é claro!). E tudo isso pra tentar combater a tese do criacionismo bíblico! Porém, esses "cientistas" envelhecem, morrem e apodrecem em seus túmulos, mas a Palavra do Senhor permanece para sempre! 


Não sei por que cargas d'água o Adauto está levantando essa bandeira da convivência humana com os dinossauros, porque, segundo eles (segundo os cientistas, não os dinossauros!), uma catastrófica hecatombe mandou os dinossauros pras cucuias a milhões de anos atrás. E os dinossauros foram extintos. Nesse caso, o homem também foi extinto!!! Então, o que é que eu estou fazendo aqui, meu Deus do céu?!? Sou um fantasma arqueológico, perdido na imensidão das eras geológicas, pensando estar usando uma invenção chamada "computador", quando,na verdade, devo estar martelando ossos de tiranossauros e dentes de brontossauros, materializados por fluídos plasmáticos! Credo!!! Vou desligar essa coisa e me escafeder pelo infinito! Fuiiiiiii!!!!


F I M (não sei por que, mas sempre se coloca isso nos finais!)

A CARTA DO CACIQUE SEATLE - Uma séria reflexão para nós

A Carta do Cacique Seattle, em 1855
  
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz já 144 anos. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. Eis A carta:


      "O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra.  O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz, com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem. Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.

     Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele, um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
      Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos.  Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho.
        O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro. Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens.
    
Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra. Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.

De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono dele, da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos.
      Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.  Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos, temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos.
Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ALERTA! CARNAVAL EVANGÉLICO!!!

CARNAVAL “EVANGÉLICO”? VICHE, VICHE!!!
Bloco evangélico atrai foliões no Pelourinho

Conhecido pela diversidade cultural e de ritmos, o Carnaval do Pelourinho também é espaço para todas as demonstrações de fé. Prova disso foi o desfile do Bloco Sal da Terra, formado por cerca de 500 evangélicos, que saiu pelas ruas do Centro Histórico na tarde de ontem (21/02).

O Sal da Terra, que conta com dançarinos, grupos de capoeiras e banda de fanfarra, é organizado pela Igreja Batista Missionária da Independência (IBMI) e congrega centenas de fiéis de igrejas evangélicas da cidade. O bloco, que completa 10 anos de fundação este ano, atraiu dezenas de foliões.

O público dançou e também ouviu a mensagem do grupo, que é a palavra de Deus. “O Carnaval de Salvador é muito diversificado. Essa é uma oportunidade de levar para as pessoas uma mensagem bíblica. O Pelourinho é um circuito tranqüilo e podemos fazer isso”, afirmou o pastor Ubirajara Gomes. No Domingo, o bloco volta ao Carnaval do Pelourinho.

Fonte: Jornal da Mídia, via 
Notícias Cristãs

Por 
Amenidades da Cristandade

Meu Comentário:

Carnaval "evangélico"? Bloco "evangélico"? Grupo "sal da terra"? Pois eu questiono: que evangélicos? Que "sal"? Só pelo simples fato de cairem na gandaia nesta festa da carne, já os qualifica como farinha do mesmo saco, filhos do mesmo pai da mentira e do engano! Como alguém pode justificar semelhante prática, alegando estar pregando o "evangelho"? Só se for o que Paulo chama de "outro evangelho"! Porque o Evangelho autêntico não é, mas não é mesmo!!! Essa balela de dizerem que estão lá para levar a mensagem de "salvação" é conversa fiada! Querem mesmo pular o carnaval e desfrutar dos manjares do príncipe das trevas, e ficam com essa conversa mole! E até aparece um "pastor" idiota para guiar esse rebanho de bodes e falsas ovelhas para mais longe ainda do verdadeiro aprisco. Tenham vergonha e a coragem de confessar que gostam do carnaval e que só querem colocar nele as máscaras de um cristianismo falso e sem compromisso com a verdade! Não são o sal da terra coisa nenhuma, mas sim, o que Jesus afirmou: sal insípido e sem sabor, que serve apenas para ser pisado pelos homens.
A Igreja Evangélica Batista da Barra do Jucu também promoveu um bloco de carnaval diferente para a comunidade. Com o tema 'Minha vida é de Deus', os fiéis saíram vestidos de camisas laranjas embalados ao som do cantor Mengo Vieira, conhecido no país por cantar músicas gospel no estilo reggae.

"Há cinco anos estamos fazendo esse trabalho nas ruas junto com a comunidade para mostrar uma alegria sem a necessidade de usar drogas, bebidas e nem fazer violência", salientou o pastor da igreja, Ronaldo Fontes.

Fonte: Gazeta Online, via 
Notícias Cristãs

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Amenidades da Cristandade
Meu Comentário:

Ora essa, se o lema deles é "minha vida é de Deus", o que estão fazendo na festa de celebração a baal, o deus momo do carnaval? E essa conversa fiada de "alegria verdadeira" é só enganação! Alegria verdadeira têm os crentes fiéis, muitos deles em retiros espirituais, tendo comunhão com os irmãos, estudando a Palavra, orando, divertindo-se de maneira sadia com a prática de esportes. Não estão dando golpes de capoeira, nem lutando jiu-jitsu, nem qualquer "arte" marcial. Se de fato querem pregar o evangelho no período carnavalesco, consagrem-se em jejum e oração, encontrem algum folião que esteja em condições de ouvir, falar e raciocinar de modo coerente e argumentem com ele a respeito da libertação em Cristo. Aí sim, eu admito que se possa pregar a Palavra de Deus no reino de momo! Mas não pulando e dançando "regae", samba, jogando capoeira, se misturando na mesma lama e chafurdando no mesmo lixo! Quanto ao termo "gospel", seria melhor que dissessem "cuspel", porque essa prática é uma autêntica cusparada de satanás sobre a dignidade e honra do povo verdadeiramente evangélico!!!
Com o slogan "Jesus reina" estampado em um trio elétrico, um bloco carnavalesco evangélico percorreu na manhã deste domingo o circuito Barra-Ondina, em Salvador (BA). Cerca de 300 pessoas acompanharam a passagem do trio elétrico, puxado por um grupo de dança.

A animação dos integrantes e o ritmo das músicas eram típicos de Carnaval. O diferencial ficava por conta da letra das músicas, em estilo gospel falando sobre Jesus. Os integrantes do bloco também evitavam o consumo de bebidas alcoólicas. A idéia do bloco é transmitir as mensagens de Jesus às pessoas.

Fonte: Terra , via 
Notícias Cristãs

Por 
Amenidades da Cristandade

Meu Comentário:

Mas que imbecilidade é essa de que "Jesus reina" no carnaval? Quem reina lá é o diabo e não Jesus, pois a festa é em honra ao baal-momo e não tem coisíssima alguma a ver com Deus! E quanto a utilizar músicas carnavalescas com letras "evangélicas"; e não consumirem bebidas alccólicas, o restante é justamente o que está noticiado: a mesma prática da alegria carnal, os mesmos olhos arregalados mirando na nudez das passistas e dançarinas, a mesma empolgação satânica dos que recebem a alimentação do vômito do diabo. Devemos nos afastar desses falsos evangélicos, filhos do diabo disfarçados de filhos de Deus. E denunciar as suas práticas deturpadas e deturpadoras. Sem essa de não podermos julgar. Podemos sim, e temos o dever moral de criticar essa cambada de travestis ideológicos!
Juliane Almeida representou a personagem Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado, na Viradouro

A rainha da bateria da Unidos do Viradouro, Juliane Almeida, enfrentou críticas e disse que o fato de ser evangélica não a impede de desfilar na passarela do samba.
A passista, que representa a personagem Gabriela, do romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, afirmou que o importante é que a rainha, responsável por animar os ritmistas, mostre alegria e simpatia na Marquês de Sapucaí. Ela substitui a atriz Juliana Paes no posto.

Freqüentadora da comunidade em Niterói desde os 16 anos, Juliane disse estar orgulhosa de sua fantasia, um microbiquíni de paetês dourados. "Acho que Jorge Amado iria gostar de ver a brejeirice da mulher baiana", opinou.

Conhecida pelas paradinhas da bateria, a Viradouro promete surpresas na passarela do samba, com uma homenagem ao Estado da Bahia. "A Viradouro sempre faz paradinhas e este ano não será diferente", contou Juliana.

A escola de Niterói irá mostrar na Sapucaí os pontos turísticos e a musicalidade do povo baiano, além da consciência ambiental do Estado, que recebeu o reconhecimento por utilizar cada vez mais energia limpa renovável.

Fonte: Terra, via 
Notícias Cristãs

Por 
Amenidades da Cristandade

Meu Comentário:

A Juliana está certa ao dizer que o fato de ser "evangélica"(!!!) não a impede de ser rainha da escola de samba. Não pode ser presa por isso e ninguém vai espancá-la por se despir em público e mostrar que não tem vergonha na cara e nem moral. O máximo que poderia lhe ocorrer, seria ser disciplinada por sua "igreja", mais nada. Não há lei que lhe proíba, por exemplo, de encher a cara de cachaça, deixar-se apalpar pelos foliões nos salões e na avenida, alimentar o desejo e as taras dos que lhe admiram o corpo desnudo, ou mesmo de levar alguns "escolhidos" em algum motel para satisfazer os seus apetites sexuais, despertados por ela mesma, ao se mostrar em sua voluptuosidade em plena rua. Qual teria sido a "mensagem" do "pregador" que lhe anunciou o "evangelho"? Que tipo de "igreja" ela freqüenta? Como se deu a sua "conversão"? Teria sido o mesmo tipo de "conversão" do Gilberto Kassab, do Alexandre Frota, da Gretchen, da Joelma e de tantos outros? Essa "conversão" inconvertida é uma "desconversão", uma balela, uma conversa mole pra boi dormir e para inglês ver. Esse tipo de vida e de conduta não impede mesmo de se chafurdar no lixo carnavalesco e se afundar na lama podre dos dejetos do rei momo!

A VERDADE DITA NA TV AMERICANA

          Finalmente, a Verdade é Dita na TV Americana
A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela: "Como é que DEUS teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro? Anne Graham deu uma resposta extremamente profunda e sábia. Ela disse: "Eu creio que DEUS ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos nós temos dito para DEUS não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como DEUS é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que DEUS nos dê a Sua bênção e Sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?"  Eu sei que há muita gente mandando e-mail a respeito do dia 11 de setembro de 2001, mas um atentado assim, como o ocorrido, realmente faz você pensar. Se você acha que não tem tempo, pelos menos passe os olhos nesta crônica, pois no fundo é algo sério para se pensar...
À vista dos acontecimentos recentes... ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc. Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O' Hare (que foi assassinada e seu corpo encontrado recentemente), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.  Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas... A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, não devemos roubar, e devemos amar o nosso próximo como a nós próprios. E nós concordamos.  Logo depois, o Dr. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto-estima. (O filho do Dr. Spock cometeu suicídio) E nós dissemos: "um perito nesse assunto deve saber o que está falando", e então concordamos com ele.
Depois alguém disse que os professores e os diretores das escolas não deveriam disciplinar os nossos filhos quando eles se comportassem mal. Os administradores escolares então decidiram que nenhum professor em suas escolas deveria tocar em um aluno quando se comportasse mal, porque não queriam publicidade negativa, e não queriam ser processados. (Há uma grande diferença entre disciplinar e tocar, bater, dar socos, humilhar e chutar, etc.) E nós concordamos com tudo.  Aí alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem, e que nem precisariam contar aos pais. E nós aceitamos essa sugestão sem ao menos questioná-la. Em seguida algum membro da mesa administrativa escolar muito sabido disse que, como rapazes serão sempre rapazes, e que como homens iriam acabar fazendo o inevitável, que então deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas quantas eles quisessem, para que eles pudessem se divertir à vontade, e que nem precisaríamos dizer aos seus pais que eles as tivessem obtido na escola. E nós dissemos, "está bem".
Depois alguns dos nossos oficiais eleitos mais importantes disseram que não teria importância alguma o que nós fizéssemos em nossa privacidade, desde que estivéssemos cumprindo com os nossos deveres. Concordando com eles, dissemos que para nós não faria qualquer diferença o que uma pessoa fizesse em particular, incluindo o nosso presidente da República, desde que o nosso emprego fosse mantido e a nossa economia ficasse equilibrada.  Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia, e uma apreciação natural da beleza do corpo feminino. E nós também concordamos.  Depois uma outra pessoa levou isto um passo mais adiante e publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição na Internet. E nós dissemos, "está bem, isto é democracia, e eles têm direito de ter a liberdade de se expressar e fazer isso".
 A indústria de entretenimento então disse: "Vamos fazer shows de TV e filmes que promovam profanação, violência e sexo ilícito. Vamos gravar música que estimule o estupro, drogas, assassínio, suicídio e temas satânicos." E nós dissemos: "Isto é apenas diversão, e não produz qualquer efeito prejudicial. Ninguém leva isso a sério mesmo, então que façam isso!"  Agora nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência, e por que não sabem distinguir entre o bem e o mal, o certo e o errado, por que não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios... Provavelmente, se nós analisarmos tudo isto seriamente, iremos facilmente compreender: Nós colhemos exatamente aquilo que semeamos!  Uma menina escreveu um bilhetinho para DEUS, dizendo: "Senhor, por que não salvaste aquela criança na escola?"  
A resposta Dele seria:  "Querida criança, não me deixam entrar nas escolas!" Do Seu DEUS.
É triste como as pessoas simplesmente culpam DEUS e não entendem por que o mundo está indo a passos largos para o inferno. É triste como cremos em tudo que os jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia nos diz.  É triste como todo o mundo quer ir para o céu, desde que não precise crer, nem pensar ou dizer qualquer coisa que a Bíblia ensina.  É triste como alguém diz: "Eu creio em DEUS", mas ainda assim segue a Satanás, que por sinal, também "crê" em DEUS. É engraçado como somos rápidos para julgar mas não queremos ser julgados! Como podemos enviar centenas de piadas pelo e-mail, e elas se espalham como fogo, mas quando tentamos enviar algum e-mail a respeito de DEUS, as pessoas têm medo de compartilhar e re-enviá-lo a outros!  É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na Internet, mas uma discussão pública a respeito de DEUS é suprimida rapidamente na escola e no trabalho.
É triste ver como as pessoas ficam inflamadas a respeito de Cristo no domingo, mas depois se transformam em cristãos invisíveis pelo resto da semana.  Você está achando graça? Você mesmo pode não querer re-enviar esta mensagem a muitos da sua lista de endereços porque você não tem certeza a respeito de como a receberão, ou do que pensarão a seu respeito, por lhes ter enviado. Não é verdade?  Gozado que nós nos preocupamos mais com o que as outras pessoas pensam a nosso respeito do que com o que DEUS pensa...  Passe esta mensagem para a frente, se acha que ela tem algum mérito. Se não, ignore-a.  Que DEUS nos abençoe.
F I M
Fonte: Centro Apologético Cristão de Pesquisas

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

BLASFÊMIA CONTRA JESUS


“Sábio e entendido” escritor ateu de “Bússola de Ouro” pulicará livro controverso sobre Jjesus

Publicado por Paulo Teixeira em 14 Setembro, 2009
Polêmica: escritor ateu de “Bússola de Ouro” publicará livro controverso sobre Jesus
Philip Pullman anunciou que seu próximo livro será sobre a vida de Jesus, intitulado “The Good Man Jesus and the Scoundrel Christ” (’O bom homem Jesus e o patife Cristo’, em tradução livre). Declaradamente avesso à religião organizada, o autor de “A Bússola de Ouro” informou em uma entrevista ao jornal The Guardian que o livro vai explorar a ideia de que a história como a conhecemos pelos evangelhos foi uma criação do apóstolo Paulo. Nas palavras do autor, o livro é, entre outras coisas, “uma história sobre como as histórias se tornam histórias”.
Somente a ideia de um livro sobre Jesus escrito por Pullman já seria suficiente para fazer ressurgir a controvérsia criada por “A Bússola de Ouro”, livro voltado para as crianças, onde o poder da religião é duramente criticado e a Autoridade, figura vista como Deus pelos críticos do autor, aparece como um velho senil. Os detratores de Pullman e radicais cristãos, no entanto, terão ainda maior poder de fogo ao saber que o escritor pretende mostrar que um homem santo chamado Jesus existiu, mas a ideia de que Ele era filho de Deus teria sido invenção de São Paulo.
Pullman credita o apóstolo como um dos maiores gênios literários de todos os tempos e provavelmente o homem de maior influência sobre a história do mundo. O escritor também diz que sua história parte da natureza humana e divina de Cristo, mas o que ele faz com o assunto é de sua total responsabilidade.
A artilharia contra o novo livro, na verdade, já começou. Em entrevista ao The Daily Mail, o Arcebispo auxiliar de Birmingham, David McGough, disse que não existem evidências de que São Paulo teria influenciado os evangelhos.
Pullman deve lançar o livro na Páscoa de 2010. No Reino Unido, o livro será lançado pele editora escocesa Canongate dentro da série Myths, responsável também por uma nova versão modernizada de “Prometeu”, escrita por Michel Faber, em que um acadêmico encontra um quinto evangelho.
Como se uma controvérsia não fosse suficiente, Pullman entrou em choque também com as autoridades britânicas. O autor informou que vai deixar de visitar as escolas britânicas em boicote contra a decisão das autoridades de criar um banco de dados antipedófilos. A medida exige que todo o pessoal do sistema escolar britânico seja registrado e tenha seu passado verificado, o que inclui professores, funcionários e visitantes.
O banco de dados é uma das decisões tomadas para aumentar a segurança das crianças depois que duas meninas de 10 anos foram assassinadas por um funcionário da escola em que estudavam. O assassino, Ian Huntley, tinha uma ficha criminal, o que não foi verificado quando contratado. Pullman diz que se recusa a pagar 64 libras para uma agência governamental lhe dar um certificado de não-pedófilo, e afirma nunca ter ficado sozinho com os alunos em suas palestras e visitas a escolas. A crítica de Pullman foi apoiada por Anthony Horowitz, autor da série Alex Rider, e pelo ilustrador dos livros de Roald Dahl, Quentin Blake. Anne Fine, autora de Diário de Um Gato Assassino e de Madame Doubtfire, disse que vai visitar apenas escolas fora do Reino Unido.
O governo defendeu a medida dizendo que seria irresponsável permitir que adultos trabalhem com crianças sem verificar seu passado, e que isso se aplica a todos, desde o pessoal da limpeza, bombeiros visitantes até autores famosos.
Fonte: Omelete

domingo, 13 de setembro de 2009

MINHA COMUNICAÇÃO OBJETIVA

(Uma homenagem – quase um plágio - ao estilo de Millôr Fernandes)
CRÔNICA DE:  Sérgio Aparecido Dias
(...e de quem mais poderia ser?)
            Qualquer dia desses eu expludo!  Não consigo fazer-me entender!  Estarei falando grego ou coisa parecida?  Noutro dia, por exemplo, à mesa, enquanto cortava a língua com a faca ( refiro-me à língua de vaca, ensopada ), meu filho fez-me uma pergunta embaraçosa.  Matei-o com um sopapo certeiro ( falo do mosquito que pousou no meu garfo ).  Era sobre educação sexual.  Fiquei meio sem jeito, procurando a melhor maneira de responder.  Nesse momento, minha mulher vinha trazendo a sopa e eu acertei-lhe um chute no traseiro ( refiro-me ao gato que estava debaixo da mesa ).   Como duas cabeças pensam melhor que uma, resolvemos ensiná-lo como se deve fazer a coisa direito ( falo da maneira correta de se utilizar o guardanapo ).   Tentei explicar, enquanto o atirava ao cesto de lixo ( refiro-me ao guardanapo usado ) :
-          “ Não existem cegonhas, filho!  Lembra-se da cadela da sua avó? 
                     ( eu  me referia à cadela de estimação )
                        pois bem, todos nascemos assim!”
                        - “ Daquela cadela papai? ”
                        - “ Não, não, meu filho; das outras! ” ( eu me referia às outras mães ).
            A essas alturas eu estava suando frio e, minha esposa, nervosamente, mordia a perna ( estou me referindo à perna do frango ).  
                        - “ Quer dizer que eu saí da mamãe? ”
-          ” Sim meu filho; e foi maravilhoso, apesar do mau cheiro”
-          (eu me referia ao banheiro da enfermaria). “Nunca me esqueço, filho:
-          o movimento do hospital, bebês prá lá e prá cá, aquela correria toda, você sor-
rindo e aqueles dentes de ouro que cintilavam à luz ( eu falava dos  dentes do médico )!  São coisas, meu filho, que eu nunca esquecerei,! ”
            Minha mulher me olhava com os olhos arregalados e eu salpiquei-lhes pimenta do reino
( falo das rodelas de tomate da salada ).
-          “ Ora querida - resmunguei - , um dia ele terá de saber dessas coisas
-          e nem todos explicam de maneira clara! ”
                E continuo pensando a mesma coisa: falta, hoje em dia, a clareza de expressão, as pessoas encontram uma certa dificuldade em articular claramente os seus pensamentos e as suas idéias!  Daí as grandes confusões e os inevitáveis conflitos.  Ao guarda que me parou outro dia na estrada, por exemplo, eu fui bastante claro e disse:
- “ Estou indo socorrer a minha mãe, seu guarda!  Tenho de tirar
o balde que enganchou em suas patas, pois ela não pára de dar coices 
( eu me referia à vaca da fazenda )!
            O guarda olhou para mim, retirou o lápis e o caderno de multas e comeu, mastigando tranqüilamente ( estou falando da maçã que ele trazia consigo ).  Fiquei irritado ao vê-lo urinar no pneu do meu carro ( refiro-me ao cachorro que passava por  alí ) e gritei:
                        - “ Sai daí, seu cachorro sarnento!!! ”
                        - “ Isso é comigo? ” - rugiu o guarda.
                        - “ Não, não, claro seu guarda! É com o outro alí ” - e apontei o cão.
            Tudo terminaria bem, se o guarda tivesse me compreendido.  Mas ele resolveu trazer-me à delegacia.  É de onde escrevo agora, com o caderno sobre os joelhos, mascando as folhas ( refiro-me às folhas da laranjeira, próxima à minha cela ).  Nunca entenderei as outras pessoas!  Que disse eu de errado?  Que foi que eu fiz?  Até agora fico sem saber se foi a Sociedade Protetora dos Animais que me denunciou, ou se foi o Sindicato dos Distribuidores de Leite.  Talvez tenha sido o Sindicato.  Mas Deus é minha testemunha de que eu tentei chegar a tempo.
                                                     
        F I M (Sim, porque já acabou!!!)

sábado, 12 de setembro de 2009

FOGO SELVAGEM

 Naquela noite, os gritos de lamento e os cânticos fúnebres encheram a floresta, assustando o tapir na vereda e inquietando o tinga no chavascal.
 Sérgio Aparecido Dias

Corria o ano de 1972.  Os moradores das margens do rio Purús e do rio Tapauá ,  especialmente os do povoado “Boca do Tapauá”, de há muito haviam se familiarizado com a presença dos Apurinãs.  Portanto  não foi motivo de apreensões que, naquele dia, 12 de junho de 1972, houvesse intenso movimento de selvagens no povoado. Boca do Tapauá estava em franco progresso. A castanha, a sorva e a borracha atraiam sulistas, nordestinos e amazonenses de outros municípios, na ilusória esperança de um enriquecimento rápido.  As atividades comerciais cresciam, em virtude da grande produção de castanha e de borracha.   A cada dia surgiam mais notícias sobre a descoberta de novos seringais e castanhais, além de sorveiras, cujo leite é utilizado para obter um látex quase tão bom quanto o das seringueiras, matéria-prima para a industrialização da borracha.  A vizinhança com a aldeia dos Apurinãs não era motivo de alarme.   O seu líder, um índio jovem, forte e musculoso chamado Meruoka, procurava integrar-se aos civilizados.   Desde que havia saído do alto Purús para formar sua própria aldeia, vindo morar próximo de Boca do Tapauá, Meruoka sempre tinha guiado seus guerreiros no caminho da paz.   Na verdade, os moradores da região deviam aos índios o seu progresso, pois eles os ajudavam na localização dos seringais e castanhais.  Mas...com a febre da riqueza, veio juntamente a febre da volúpia.   Depois de meses de atividades nas selvas, no retorno ao povoado, a promiscuidade campeava e imperava, arrastando civilizados e silvícolas nas ondas procelosas do prazer carnal.  Porém, o organismo dos colonizadores, infectados de vírus e bactérias, era um verdadeiro agente contaminador e disseminador de doenças várias, para as quais os indígenas não possuíam anticorpos. 

E a morte visitou a casa de Meruoka.   Meruoka, de cujo olhar ameaçador as onças fugiam, que fazia voar a sua igara sobre os banzeiros do grande rio Purús e porfiava com a pirarara e com o pacamom, nada pode fazer para evitar a morte de seus queridos.  Naquela noite, os gritos de lamento e os cânticos fúnebres encheram a floresta, assustando o tapir na vereda e inquietando o tinga no chavascal.   Os raios de sol da manhã de 14 de junho de 1972 coavam por entre as ramadas da aquariquara e faziam reluzir a pele recentemente pintada de Meruoka, que, acocorado à beira do igapó, conversava com o velho pajé enquanto trabalhava um arco.   O Grande Espírito tinha visitado o velho Dinamã durante a noite, numa visão, e havia lhe mostrado a raiz do mal  Não havia dúvidas: o feitiço dos filhos do mau espírito eram os causadores das mortes que trouxeram tristezas para a aldeia.   A sorte dos ribeirinhos estava lançada!

Eram 3 horas da tarde, 16 de junho de 1972.   Antônia do Perpétuo Socorro dirigia-se ao rio com a trouxa de roupas sujas.   Cantarolava inocentemente, sem perceber os vultos pintados que se insinuavam entre as folhagens.  Era uma bela tarde: os magoarís e as garças voavam altaneiros; os galos da serra evocavam ternas recordações; o mutum gemia, como que se lamentando de alguma desgraça.  Antônia levantou os olhos a uma revoada de mergulhões e, então, a flecha disparou como um raio do arco retesado de Meruoka, e partiu em sua direção.  Com um grito lancinante, Antônia tombou sobre as roupas que lavava, com o peito trespassado pela seta assassina.   A horda selvagem penetrou aos gritos no terreiro da casa de Raimundo Nonato, não dando a mínima chance de defesa a ele, aos seus 5 filhos, às suas filhas e ao seu empregado.   Flechas e chumbo cruzavam o ar e estrugiam na mata, enquanto a família de Raimundo ia se extinguindo vida por vida.   A única saída da casa até ao barco amarrado à margem do rio foi interceptada pelos índios, que, dominados pelo ódio e incitados pela caiçuma, forçavam a frágil porta de itaúba, única barreira entre eles e os poucos sobreviventes. 

Mas Fernando, o empregado de Raimundo Nonato, não estava resignado a morrer daquela maneira.  Havia uma chance em mil de escapar dalí com vida e ele ia tentar!   Mal a porta cedeu sob a pressão de dezenas de corpos pintados de genipapo e urucum, irrompeu entre os selvagens, abrindo uma brecha mortal com seu rifle papo amarelo calibre 44.  Correndo em direção ao rio, sob uma verdadeira chuva de flechas, lançou-se às águas, alcançou o barco, desamarrou-o, colocou o motor em funcionamento e largou em direção ao povoado.  Lá também, as balas assobiavam entre as sorveiras e as flechas zuniam sobre as cabanas.  Os índios porém, inferiores em armas, retiraram o cerco e então formou-se uma expedição que partiu em socorro à família do infeliz Raimundo.  De longe, avistaram a cabana em chamas.  A cabeça de Raimundo Nonato jazia a um canto do terreiro, os olhos ainda estampando o horror e a angústia.  O resto de seu corpo e dos corpos de seus filhos, torturados e mortos; e de suas filhas, violentadas e assassinadas, eram disputados pelos urubús.   O Grande Espírito tinha vingado o seu povo.
            
         Uma guarnição do 1º Batalhão de Infantaria de Selva saiu do interior do C 47 da Força Aérea Brasileira e encheu as duas lanchas que os esperavam.   Liderados pelo tenente-aviador Fábio Costa, os soldados marcharam selva adentro em direção à aldeia dos Apurinãs.   Houve pouca resistência por parte dos índios.   Após uma breve batalha de um cerrado tiroteio, os guerreiros sobreviventes foram dispersos e Meruoka preso.   Levado a Manaus, foi forçado a prestar um juramento de paz e a abandonar a região do rio Tapauá com todo o seu povo.  E assim, o problema foi resolvido e a paz voltou a reinar.   Mas os corpos insepultos de Raimundo Nonato e de dezenas de índios, clamam por justiça!  O hediondo massacre é mais que uma simples lição do comportamento dos indígenas; é um protesto contra a arremetida gananciosa da mal-rotulada “civilização” que, acobertada pela chamada “integração”, leva todo tipo de vícios e degradações ao único povo que, nesta terra, pode ser verdadeiramente chamado de brasileiro.

   Escrita em Cianorte - PR, 23/04/1975   

    POST-SCRIPTUM

Trabalhei como missionário cerca de 1 ano no município de Tapauá, cidade às margens do rio Ipixuna, (onde o rio Ipixuna deságua no grande rio Purús) e conhecí pessoalmente o chefe Meruoka, numa aldeia dos Apurinãs próxima da cidade.  Ele havia saído de “Boca do Tapauá ”, um pequeno povoado às margens do rio Tapauá (distante da foz do Ipixuna vários dias de viagem) em 1973, cerca de 1 ano após o massacre.  O material para a composição do relato acima eu o colhí com os moradores da região, inclusive com alguns que participaram dos acontecimentos.   Alguns nomes e datas foram alterados na obra original ( principalmente do comandante do destacamento militar )  porque eu morava na localidade e, mesmo havendo concluído o trabalho no Paraná, resolví deixar como estava.  Segundo me foi relatado, os “civilizados” também cometeram atrocidades na hora da vingança, acobertados pelos militares, mas isto não teria chegado aos ouvidos das autoridades em Manaus.  Tentei obter mais detalhes com o próprio Meruoka, mas o olhar frio e duro que ele me lançou, segurando em suas mãos o seu arco de guerra, quando estávamos frente à frente em sua aldeia, convenceu-me de que era melhor não insistir.
Sérgio Aparecido Dias

 

Glossário

ü  Aquariquara – Árvore comum nas terras firmes, muito resistente e utilizada como esteios, mourões e postes. É comum durarem mais de vinte anos, depois de beneficiadas e transformadas em colunas, vigas e suportes.
ü  Banzeiro – Movimento nas águas causado pelo vento; ondas, marolas
ü  Caiçuma – Espécie de cachaça indígena, produto da fermentação da mandioca, do milho e outros cereais
ü  Chavascal – Área  pantanosa, composta de partes alternadamente secas e alagadas
ü  Genipapo – Fruta muito comum na Amazônia, rica em ferro, usada em sucos e na medicina; os índios fabricam tinta para pintar os seus corpos em rituais e na guerra
ü  Igapó – Área de floresta alagada, geralmente por 4 meses ou mais, anualmente
ü  Igara – Canoa indígena, feita de casca de árvore
ü  Itaúba – Árvore de madeira resistente, especialmente à água, muito usada em pontes e na fabricação de canoas, botes , barcos e pequenos navios
ü  Pacamom – O Jaú da Amazônia, enorme peixe de couro, grande gigante das águas, devorador não só de peixes, mas também da espécie humana, chegando a atingir cerca de 3 metros e mais de 200 quilos
ü  Pirarara – Grande peixe de couro, temido por sua voracidade, atingindo mais de 2 metros de comprimento, tão perigoso quanto a piraíba, outro gigante das águas. Esses 3 predadores são os mais temidos e respeitados da Amazônia e são também saborosíssimos. Os lagos e rios da Amazônia são cheios deles.
ü  Sorveira – Árvore que produz uma resina, a sorva, tendo o mesmo uso prático do leite da seringueira, na produção de borracha e impermeabilizantes
ü  Tapir – Anta (o maior mamífero da Amazônia, chega a pesar mais de 300 Quilos)
ü  Tinga – A espécie mais comum de jacarés da região amazônica, cerca de 2 metros
ü  Urucum – O mesmo que colorau. É usado como tempero em todo Brasil (depois da semente seca e moída), mas os índios utilizam as sementes ao natural, e as esmagam  para fabricar tinta, em conjunto com outras substâncias 
ü  Vereda – Caminho feito na selva, traçado pelos animais em suas rotas, na busca de comida e água. Os caçadores colocam armadilhas e armam tocaias ao longo dessas veredas.  Os pequenos caminhos entre as chamadas “estradas de seringa”, feitas pelos seringueiros, bem como os atalhos e estradas que unem os seringais através da floresta, também são chamados de veredas 
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AS RAZÕES INSANAS DO HAMAS PARA JUSTIFICAR SEU ATAQUE COVARDES: COISA DE MENTES DOENTIAS E IDIOTAS!!!

  Mesquita de Al-Aqsa e Monte do Templo O motivo alegado pelo Hamas para o ataque brutal a Israel no último sábado está relacionado à mesqui...