quarta-feira, 7 de outubro de 2009

LENDAS AMAZÔNICAS

    As principais lendas da Amazônia são: o boto, a Iara, o caapora, o mapinguari, o curupira, o jurupari, a Macunaíma, o anhangá, o Saci, o cauré, o uirapuru, o cãoera, o muiraquitã, o cunauaru, o japu, o japiim, a jurutaí, o uacauã, a juruti-pepena, o tajá, a vitória-régia, o chimbuí, a boiúna, a Cobra Norato, entre vários outros.

    O boto: O boto costuma perseguir as mulheres que viajam pelos rios e inúmeros igarapés; às vezes, tenta virar a canoa em que elas se encontram, e suas investidas se acentuam quando percebem que há mulheres menstruadas ou mesmo grávidas.
    Ele é o grande encantador dos rios. Transformando-se num guapo rapaz, todo vestido de branco e portando um chapéu, para esconder o furo no alto da cabeça, por onde respira, ele percorre as vilas e povoados ribeirinhos, freqüenta as festas e seduz as moças, quase sempre engravidando-as. Há, inclusive, histórias em que a moça é fecundada durante o sono...
Para se livrarem da "influência" do bicho, os caboclos vão buscar ajuda na magia, apelando para os curandeiros e pajés.


    Vitória-Régia É uma planta aquática que floresce e se desenvolve quando das "águas vivas" 
e definha quando a água é pouca.
    Esta é uma das lendas inspiradas por  Perudá e nasceu do amor entre a índia Moroti e o guerreiro Pitá. Diz a lenda que Moroti, querendo mostrar para as amigas o quanto era amada pelo guerreiro, jogou sua pulseira ao rio, desejando que, como prova de amor, Pitá a trouxesse de volta. O infeliz apaixonado atirou-se ao rio e não retornou. Desesperada e arrependida, Moroti jogou-se atrás do amado, tendo igual fim.
    No dia seguinte, a tribo presenciou o nascimento de uma grande flor, que ao centro era branca, como o nome de Moroti, e as pétalas ao redor eram vermelhas, como o nome do bravo Pitá.

    IaraMito baseado no modelo das sereias dos contos homéricos, a Iara é a Vênus amazônica; é uma ninfa loira de corpo deslumbrante e de beleza irreversível. Na Amazônia, o tapuio que escuta o cantar da Iara fica "mundiado" e é atraído por ele; o mesmo se dá com as crianças que desaparecem misteriosamente. Crêem os ribeirinhos que essas crianças estão "encantadas" no reino da "gente do fundo".

    CaaporaO caapora apresenta-se como um moleque pretinho, que cavalga porcos selvagens, mas também pode ser descrito como uma cabloquinha  de longos cabelos, duros feito espinhos, e que, em troca de tabaco, é capaz de dar ao caçador tanto a caça que ele tanto deseja quanto o próprio sexo.  
    Os índios e caboclos acreditam que, prendendo um caapora, ele é obrigado a conceder um "poderzinho" ou atender a um desejo, em troca da liberdade. A versão geral é a de que ele é um duende protetor da floresta e da caça. Alguns autrores o identifica com o Curupira.


    Curupira: Na teologia indígena, o curupira apresenta-se como um moleque de aproximadamente sete anos, com o corpo coberto de longos pêlos e tendo os pés virados para trás. O ponto em que todos são unânimes é quanto à sua condição de deus autóctone das selvas, um protetor.
    Há no Brasil versões em que o curupira aparece com avantajado órgão sexual, que utiliza como tacape. Noutra versão ele se utiliza de uma pesada maça ou clava, ou do próprio calcanhar, que é para a frente.
    Como protetor das florestas, castiga impiedosamente aquele que caça por prazer, que mata as fêmeas prenhas e os filhotes indefesos, mas ampara o caçador que tem na caça o seu único recurso alimentar, ou que abate o animal por verdadeira necessidade.


    JurupariJurupari é a denominação tupi para um demônio particular, mas foi usada com exclusividade pelos missionários para designar qualquer demônio, até assumindo o lugar do cristão nos trabalhos de catequese dos íncolas.  Enquanto conviveu com os homens, estabeleceu uma série de normas de conduta e leis morais, instituiu a monogamia, a higiene pessoal, através da depilação corporal, restituiu o poder aos homens que viviam em regime matriarcal, promoveu modificações nos costumes e na lavoura, instituindo, especialmente, as festas de colheita.
   

 Algumas das leis do jurupari permanecem válidas até hoje e são as seguintes:
  • o chefe cuja mulher for estéril poderá tomar outras para si, sob pena de perder o trono para o mais valente;
  • ninguém cobiçará a mulher do outro, pagando a desobediência com a própria vida;
  • a mulher deverá permanecer virgem até a puberdade e jamais prostituir-se;
  • a mulher casada deverá permanecer com o marido até a morte, sem traí-lo;
  • o marido deverá permanecer em repouso durante uma lua, após o parto da mulher;
  • o homem deve sustentar-se com o trabalho de suas mãos;
  • é punida com a morte a mulher que vir o jurupari e o homem que revelar seus segredos e seus rituais.  
    A cerimônia do jurupari tem seu ritual em fins de março, coincidindo com o período em que as águas diminuem e prenunciam o verão, que começa em maio. Na verdade, na Amazônia não existem inverno nem verão.
        Matin ou Saci: No Pará e no Amazonas, a imagem do saci é a de um curumim que anda numa única perna e tem os cabelos cor de fogo. Alguns crêem que ele é filho do Curupira; outros o identificam como um pequeno pássaro que pula numa perna só; há também aqueles que dizem que as mãos dele são furadas no centro.
    Uirapuru: É um deus que se transforma em pássaro e anda rodeado de outros pássaros, à guisa da corte. Quando canta, todos os outros pássaros da mata ao seu redor silenciam, ou querendo aprender seu canto ou em respeitosa reverência.  Os sons melódicos produzidos por essa ave são dotados de poder hipnótico, como o canto da Iara e do cauré. Acreditam os caboclos que, se o canto do uirapuru tem o poder de atrair outros pássaros, pode, por conseguinte, atrair a sorte no amor e nos negócios. Daí é grande a crença nos seus poderes e propriedades talismânicas.
    Lenda do açaí:  Segundo a lenda, uma tribo que vivia onde está situada a cidade de Belém atravessava um período negro de escassez, obrigando o cacique Itaki a decretar a morte de toda criança nascida a partir daquela data, como medida de controle demográfico da tribo. Mas eis que Iaçá, a filha do cacique, dá à luz uma menina. Apesar de ser neta do cacique, a recém-nascida deveria ser submetida à pesada lei, debalde os rogos da infeliz e desventurada mãe. Numa noite ela ouve um choro de criança; tentando localizá-lo, descobre sua filhinha encostada numa esguia palmeira, sorrindo-lhe; mas, ao abraçar a filha, esta desaparece e Iaçá vê-se atracada ao tronco da palmeira. No dia seguinte, o cacique encontra o corpo da filha abraçado ao tronco de uma palmeira, que trazia um cacho de frutinhas negras, como os olhos de Iaçá. Imediatamente ordenou que esmagassem as frutas numa vasilha e ao suco obtido chamou de açaí, que é o nome da filha ao contrário.
Mapinguari: Os caboclos contam que dentro da floresta vive o Mapinguari, um gigante peludo com um olho na testa e a boca no umbigo. Para uns, ele é realmente coberto de pelos, porém usa uma armadura feita do casco da tartaruga, para outros, a sua pele é igual ao couro de jacaré. Há quem diga que seus pés tem o formato de uma mão de pilão. O Mapinguari emite um grito semelhante ao grito dado pelos caçadores. Se alguém responder, ele logo vai ao encontro do desavisado, que acaba perdendo a vida. A criatura é feroz e não teme nem caçador, porque é capaz de dilatar o aço quando sopra no cano da espingarda. Os ribeirinhos amazônicos contam muitas histórias de grandes combates entre o Mapinguari e valentes caçadores. O Mapinguari sempre leva vantagem e os caçadores que conseguem sobreviver, muitas vezes ficam aleijados ou com terríveis marcas no corpo para o resto de suas vidas. Há quem diga que o Mapinguari só anda pelas florestas de dia, guardando a noite para dormir. Quando anda pela mata, vai gritando, quebrando galhos e derrubando árvores, deixando um rastro de destruição. Outros contam que ele só aparece nos dias santos ou feriados. Dizem que ele só foge quando vê um bicho-preguiça. O que ninguém explica é porque ele tem medo justamente do seu parente, já que é considerado um bicho-preguiça pré-histórico.

CRENÇAS ABERRANTES

Crenças aberrantes

Revista Defesa da Fé - nº 1 ano 2 de 1998

O título desta matéria inclui várias crenças, algumas das quais são divisivas, ao passo que outras são nítidos desvios da verdade. Serão descritas no decurso da matéria. Comecemos com a aprendizagem de alguns termos:


Heresia

Uma heresia é uma opinião fora da harmonia com as doutrinas bíblicas primárias. Contém as sementes da divisão ou da dissidência. Na idade média a igreja assumiu grandes poderes sobre a vida humana, e as pessoas que caíam sob a suspeita da heresia eram excomungadas ou até mesmo executadas. Se alguém tivesse alguma objeção em relação a uma injustiça ficava quieto, ou tomava grande cuidado com o modo de expressar a sua opinião. Uma heresia pode desenvolver se num culto ou seita, e então ficar sendo uma denominação ou igreja.

Culto

Derivada da palavra latina cultus, culto significa "veneração" ou "adoração"; por exemplo, os membros de um culto ao sol adoram o sol. Os adeptos de uma crença religiosa inortodoxa ou falsa são considerados praticantes de um "culto". Freqüentemente, uma pessoa permite que uma idéia ou noção antibíblica arraigue se no seu coração. À medida que a pessoa permite que esta crença se desenvolva, pode separar se da Igreja (se tiver conexões com uma delas). Se for uma pessoa dinâmica, um fundador com carisma, pode atrair outros para si, e à medida que apóiam as suas noções, o culto cresce.

Extraído do livro As Pessoas e Suas Crenças, ICI ETAD, Campinas, SP, 1987, pp. 268 276

Seita

Uma seita é semelhante a um culto, só que seita sugere "dissidência" ou um "rompimento" com o grupo original. Uma seita é maior do que um culto, e pode crescer até formar uma denominação. Alguns não pentecostais no passado consideravam os pentecostais como uma seita, mas agora os pentecostais representam o segmento maior da igreja, com um crescimento mais rápido.

Recentemente uma epidemia de cultos, seitas e heresias espalhou se por todo o mundo. Alguns classificam se na categoria de religiões pseudo cristãs, tais como o mormonismo, a Ciência Cristã, as Testemunhas de Jeová, a Igreja da Unificação, o Caminho Internacional, os Meninos de Deus e muitos outros. Alguns pastores apresentam conceitos psicológicos dentro das igrejas estabelecidas, como se fossem o caminho para o pensamento positivo e da possibilidade, a confissão positiva e o evangelho da prosperidade. Embora alguns que sustentam estas crenas tenham permanecido dentro da igreja, muitos cristãos consideram que não estão de conformidade com a sã doutrina, ou como "ladrões que sobem por outra parte" (Jo 10.1).

Cultos não religiosos, que seguem determinados personagens, incluem Hare Krishna, EST, Meditação Transcedental, Missão Luz Divina, Bhagwan Shree Baneesh, Teosofia, Cientologia, Espiritismo, Yoga, Baha'i , e muitos outros provenientes da Índia. Embora seus métodos e motivos de procurarem riquezas fáceis e prazeres físicos sejam muito criticados pela igreja e pela sociedade em geral, estão sendo tolerados e crescem com rapidez.

Fundamentos do cristianismo

As seitas provocadoras de divisões têm o hábito de selecionarem textos de provas para apoiarem suas falsas reivindicações, de não considerarem o contexto dos versículos, ou de distorcerem o significado das Escrituras. O cristão, portanto, deve estar bem escolado na "fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd 3). Você deve "estar sempre preparado para responder... a razão da esperança que há em vós" (I Pe 3.15). Nossas ordens são: não disputar com eles, nem os vences nos argumentos, mas ajudá-los. Os praticantes dos cultos freqüentemente distorcem várias verdades bíblicas fundamentais. Para ajudar-nos a reconhecê-las podemos colocá-las na chamada balança dos oito temas da sã doutrina.

A Deidade e unidade na Trindade

Uma das primeiras doutrinas que os cultistas distorcem é a da trindade. O Credo de Nicéia, em 325 d.C., estabeleceu a igualdade entre o Filho e o Pai, bem como a doutrina da trindade. Foram aceitos os dois lados de uma questão, a saber: que há três Pessoas na Deidade, e que Deus é revelado em três Pessoas. Os textos bíblicos que apóiam a trindade incluem os seguintes:

- "E agora o Senhor Jeová me enviou o seu Espírito" (Is 48.16) O Filho fala, o Pai e o Espírito enviam.

- "E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 3.17). Aqui, Jesus foi batizado, o Espírito desceu, e o Pai falou.

- "Batizando as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28.19)

- "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (I Tm 2.5).

Deus é um só

Os cultistas não somente distorcem o ensinamento bíblico sobre a trindade como também confundem a unidade de Deus. Uma das grandes verdades bíblicas é que a natureza de Deus é una e indivisa. Ele não é composto de partes; seu ser é único e Ele é numericamente uno. O homem, em contraste, é um ser composto e tem tanto uma parte material (o corpo), quanto uma parte imaterial (a alma e o espírito). Dentro da unidade de Deus, há lugar para distinções pessoais entre a natureza divina. Dentro da essência divina, três distinções ficam evidentes, conforme foi evidenciado anteriormente. Finalmente, a unidade de Deus indica claramente o fato dele não ser um dentre muitos deuses; Ele é o único Deus!

- "Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor" (Dt 6.4)

- "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (I Tm 2.5).

- "O Senhor é Deus: nenhum outro há senão Ele" (Dt 4.35).

- "Só o Senhor é Deus em cima no céu, e em baixo na terra; nenhum outro há" (Dt 4.39).

Jesus Cristo é o divino filho de Deus

É essencial que Jesus, que carregou os nossos pecados, seja um sacrifício perfeito, plenamente capacitado a pagar a penalidade do, pecados da raça humana. Ele deve ser mais que um homem bom; Ele deve ser Deus.

- "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua Glória, como a Glória do unigênito do Pai, cheio de grau e de verdade" (Jo 1.1,14).

- "Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz uni filho, e será o seu nome EMANUEL" (Is 7.14).

- "Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos Jesus Cristo nosso Senhor' (Rm 1.4).

0 Espírito Santo é nosso consolador

O crente deve ter a capacitação de viver uma vida que agrada a Deus. É essencial que habite nele aquele que pode fornecer poder para viver com justiça e realizar o propósito de Deus.

- "Quando vier o Consolador ... ele testificará de mim". E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo... Ele vos guiará em toda verdade" (Jo 15.26; 16. 8,13).

- "Mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós... Esse vos ensinará todas as coisas" (Jo 14. 17,16).

- "E, cumprindo se o dia de Pentecoste ... todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram u falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem". (At 2.1 4)

- "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser me eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra" (At l.h).


Todas as pessoas pecaram

Se é para as pessoas corresponderem à oferta da salvação que Deus lhes faz, devem reconhecer que todas elas estão condenadas diante de Deus e que necessitam de um Salvador. Todas as pessoas, portanto, são culpadas diante de Deus.

- "Não há um justo, nenhum sequer... Porque todos pecaram e destituídos estão da glória e Deus" (Rm 3.10,23).

- "Tudo o que não é de fé é pecado" (Rm 14.23).

- "Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade" (I Jo 3.4). "Toda a iniqüidade é pecado" (I Jo 5.17).

Só há redenção no sangue de Cristo

Visto que Jesus pagou a penalidade pelos pecados dos seres humanos, tudo quanto é 'gido que se faça é que aceitem a sua provi. Isto requer que se arrependam dos seus Gados e creiam que Deus os perdoa.

- "Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas" (Ef 1.7).

- "E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas" (CI 1.20).

- "Mas este [Sacerdote], havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus" (Hb 10.12).

Salvação é pela graça

É totalmente essencial que as pessoas recoeçam que não são dignas da salvação. Deus rdoa através da sua misericórdia e do sacrifíio de Cristo. Então, uma vez que tenham receído o perdão, demonstram seu amor medinte o seu comportamento.

- "Mas a todos quantos o receberam, deu lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome" (Jo 1.12).

- "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece" (Jo 3.36)

- "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus " (Ef 2.8).

Depois da morte virá o juízo

O homem é um ser moral num universo oral. Nesta condição, precisa prestar contas a eus pela vida que vive e pela sua reação à ferta da salvação que Ele faz. Tão seguramene quanto aos homens mortais morrem, assim ambém é dever prestar contas diante de Deus elo tipo de vida que vivem.

- "Porque o salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm G.23).

- "E como aos homens está ordenado morrerem um vez vindo depois disso o juízo..." (Hb x.27).

- "Quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labaredas de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais por castigo padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder" (2Ts 1.7 9).

É surpreendente ficar sabendo quantas senas distorcem verdades ou práticas específicas. Se o cristão tiver consciência destes aspectos do pensamento dos adeptos das seitas, poderá refutar os seus erros. Aqui, sugerimos algumas marcas distintas dos cultistas, que chamaremos os sinais de identificação da erro.

A vida do fundador

Devemos fazer perguntas a respeito do fundador, como por exemplo: Ele detém, por nomeação própria, um alto carga, tal como profeta, apóstola, grão mestre ou até mesmo messias? É um místico psíquico que entra em êxtase e vê visões ou sonhos? Sofre alucinações? Se a resposta for "sim" a estas perguntas, tenha suas suspeitas sobre o culto. Muitos cultistas alegam que seu líder é divinamente inspirado ou entendem que é igual a Deus.

Seu conceito de Deus

Outra consideração a ser descoberta no tocante àqueles que pertencem a uma seita é a sua crença no tocante à trindade. Alguns acham que Deus é uma força, um tirano ou um ser impessoal. Talvez reverenciem pinturas, estátuas dos santos, ou até mesmo os adorem. Os rituais fazem parte importante da sua adoração. Jesus Cristo pode y~ ser chamado um mestre, profeta ou avatar ", /encarnação/ de outro santo. 0 Espírito Santo é freqüentemente minimizado ou suas manifestações são imitadas.
Escrituras alternativas

Um sinal importante de identificação dos membros das seitas é o livro que consideram sagrado. Colocam outro livro no mesmo nível que a Bíblia? O livro foi escrito pelo fundador e é necessário para a interpretação da Bíblia? Como o livro veio a existir? Suas origens documentárias podem ser confirmadas? Os cultistas freqüentemente dizem que Deus deu uma nova revelação depois das tempos, quando foi escrito o Novo Testamento. Elogiam a Bíblia da boca para fora, mas confiam muito mais nos seus próprios livros. Segundo nosso ponto de vista, qualquer escrito, fora da Bíblia, que é considerado sagrado, é suspeito e se não

Reivindicações a exclusividade da verdade

Alguns cultistas reivindicam Ter conhecimento exclusivo de Deus. Segundo eles, todas as oraras pessoas distorceram a verdade; somente eles a possuem na sua totalidade. Segundo o modo de pensar deles, as verdadeiras necessidades da humanidade serão satisfeitas somente decoro da sua seita. Fora isso, tudo é ilusão, trevas e pecado; decoro, há realidade, luz e liberdade. A maioria deles tende a sincretizar o Cristianismo cem rituais e ensinamentos pagãos.

Práticas questionáveis no viver

Entre os cultos e as seitas há todos os tipos de excessos físicos e de práticas não-cristas. Os cultistas usam ornamentos e vestimentas, contos, símbolos, bengalas e cordas. Podem até realizar danças sensuais, acompanhadas de batucadas, feitiços, amuletos e empregar artigos de bruxaria nos seus cultos de adoração. Alguns dos seus líderes praticam a poligamia, permitindo viver em famílias múltiplas e praticar um vida sexual indiscriminada entre os membros.

Ênfase na identidade do grupo

Entre muitas seitas há um sentimento de superioridade de grupo. Os membros das seitas freqüentemente usam termos especiais para referirem-se a si mesmos. Demonstram apoio e amor pelos novos membros, a fim de que estes se limam importantes. Acolhe bem a perseguição , porque ela aumenta o senso da identidade do grupo. A sena tem controle rígido sobre todos os aspectos da vida dos membros e disciplina rigorosa é exigida. Os membros devam obedecer os seus líderes sem nenhuma hesitação, dedicar muitas horas à atividade missionária e tempo integral às atividades da seita. Sua correspondência é censurada ;recebem ordens quanto às roupas que devem usar e com quem devem-se casar. Há medo mortal da deserção. Tendem a ser agressivos em seus esforços de propagar as suas crenças. Freqüentemente, dividem famílias, igrejas e opõem-se às organizações. Exemplos destas seitas são: a Missão da Luz Divina, a Família do Amor e a Igreja da Unificação.

Meios de salvação

Muitos cultistas procuram obter a salvação mediante o esforço humano. Este esforço pode tomar a forma de certos rios e cerimônias ou da privação como de barro. Uma característica humana comum é esforçar-se para ganhar ou merecer certo prêmio. Os cultistas também oferecem recompensas especiais a quem tiver mais sucesso em conquistar mais adeptos á causa deles. Alguns deles alegam ter tido uma experiência espiritual especial que chamam de salvação. Declaram que somente aqueles que estão dentro da seita podem recebe-las e, freqüentemente, há uma cerimônia de iniciação no grupo. Sendo assim, a totalidade do contato deles é da salvação pelo próprio esforço.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A SECULARIZAÇÃO NO CRISTIANISMO

A SECULARIZAÇÃO NO CRISTIANISMO

Pr. Sérgio Aparecido Dias
Palestra proferida no Acampamento Batista Regular Canaã, 
de 26 a 28 / 02 / 2006


Textos: João 3:16; I João 2:15-17; 18,19 ; II Timóteo 4:9.10

INTRODUÇÃO

Conceitos de:

  1. Mundo e Mundanismo (João 3:16;  I João 2:15-17)
  2. Século e Secularização
  3. Cristo e Cristianismo
  4. Igreja, Religião e Religiosidade.

            Em João 3:16 Jesus afirma que “Deus amou o mundo”. Porém, em I João 2:15, o apóstolo  exorta a não amarmos o mundo “e nem as coisas que nele há!!!”.  A impressão que se tem é  de que existe uma discrepância, ou seja, uma contradição entre os 2 textos. Mas esta aparente discrepância desaparece quando examinamos o contexto de cada um.  Examinemos, pois:

  1. No primeiro texto, Jesus nos informa que a finalidade desse amor é proporcionar salvação a todos os que vierem a crer nEle.  Portanto, o termo mundo significa a totalidade das pessoas que habitam a terra, ou mesmo o universo, pois nada impede que daqui a alguns anos algumas pessoas estejam morando definitivamente em colônias espaciais (como é o caso de astronautas que chegam a permanecer meses em estações orbitais. Talvez alguém esteja se convertendo agora mesmo, numa dessas estações, quem sabe...);

  1. Na exortação do apóstolo João, a ênfase é de que nos afastemos dos 3 princípios básicos que originam o pecado, quais sejam: a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida.  Neste caso, o termo mundo significa mundanismo, também podendo ser interpretado por secularização.

Na sua 2ª epístola ao jovem Timóteo, no capítulo 4 e nos versículos 9 e 10, o apóstolo Paulo reclama do abandono por parte de seus companheiros Demas, Crescente e Tito. Parece-nos que Crescente e Tito decidiram trabalhar em outros campos missionários, desligando-se da liderança de Paulo e tornando-se obreiros independentes. Mas o apóstolo enfatiza que Demas, “ tendo amado o presente século”, abandonou-o. A impressão que se tem é de que Demas desviou-se e abandonou o evangelho.  Mas também é provável que ele não suportou os rigores da vida missionária e tenha resolvido deixar tudo para se dedicar a um negócio que lhe pudesse render dinheiro para o seu sustento.  Seja como for, o caso é que Demas “amou o presente século” ao tomar essa atitude. Amoldar-se aos princípios que regem o mundo é adotar o mundanismo e a secularização! Permitir a entrada de costumes que estejam em desacordo com os princípios bíblicos (ainda que lícitos aos padrões do mundo) é abrir as portas para a secularização.  Quando uma Igreja torna-se muito popular e agradável; ou quando é muito aplaudida, certamente nunca o é por estar realizando o seu trabalho evangelizador, mas por confundir evangelização com filantropia e por franquear o seu púlpito para artistas, cantores mundanos e políticos! Uma Igreja assim perdeu suas características cristãs fundamentalistas e secularizou-se! Babilonizou-se!!!

 Os três princípios que originam o pecado dos quais falou o apóstolo João, estão estabelecidos no livro de Gênesis, no triste episódio da queda dos nossos primeiros pais, no capítulo 3. Verifiquemos:

1 - Concupiscência dos olhos – “...e vendo a mulher que a árvore era agradável aos olhos...”
2 - Concupiscência da carne -   “...que a árvore era boa para se comer...”
3 - Soberba da vida – “...e árvore desejável para dar entendimento...”


            É de se notar a enorme influência da serpente sobre a mulher, pois somente a sugestão de que seriam “semelhantes a Deus” no conhecimento, foi o suficiente para que ela visse que a árvore era desejável para dar entendimento!  Isso pode nos parecer ridículo, mas não é exatamente isso que as pessoas do século XXI estão fazendo?  Os ímpios, que não têm o conhecimento da Palavra de Deus, acreditam que certos cristais podem trazer sorte, felicidade, prosperidade e saúde.  Por outro lado, os neopentecostais colocam a sua fé em pétalas de rosa de Saron, água do rio Jordão, óleo fabricado com olivas de Jerusalém,  a utilização do sal grosso, pulseiras de metal, ramos de arruda e outras grosseiras superstições, herdadas do paganismo europeu e do candomblé africano.

            Afinal, o que é “Cristianismo”? Acaso pode o efeito sobrepujar a causa que o originou, transformando-se numa outra versão, completamente oposta a essa mesma causa?  Seria a atual religiosidade “cristã” uma roupagem piedosa para práticas pagãs, uma “metamorfose” religiosa, ao invés da metanóia (do grego metanoia – conversão) neotestamentária? O verdadeiro Cristianismo é o efeito abençoado de uma grande causa (ou princípio) que o originou, ou seja: o Senhor Jesus Cristo! A verdadeira Igreja cristã é o corpo e a cabeça é Cristo!  Não se pode sequer imaginar um Cristianismo sem compromisso com Cristo, com a Bíblia e com a verdade.  O termo “religião” vem do latim religio e do verbo religare, que significa religar.  Quer dizer, religar o homem pecador com o Deus santo, restaurar a comunhão perdida no Jardim do Édem.  Mas Jesus veio exatamente para isso! Só Ele pode restaurar a comunhão perdida, através do seu sacrifício realizado na cruz do Calvário.  Impossível um Cristianismo sem o novo nascimento, sem a identificação com a cruz de Cristo, sem a aceitação de seu jugo!  A religião sem compromisso com Deus é uma farsa!!!     

            Mas o que se vê hoje é uma grande religiosidade, uma espécie de “avivamento às avessas”, ou seja: uma tentativa de atrair o Espírito Santo mediante as emoções e manifestações puramente carnais. Tenta-se vender a imagem de Cristo às massas, apresentando-o como alguém muito bondoso e extremamente identificado com as fraquezas humanas, a ponto de aceitar a todos como estão, sem exigir-lhes qualquer espécie de mudança ou compromisso.  Basta que se adotem comportamentos moderados, linguagem religiosa, freqüentem reuniões especiais para consagração de empresários, paguem pontualmente os seus dízimos (para que recebam muito mais em troca), participem de correntes de libertação de traumas, recebam a energia nas “reuniões de poder” e peçam a Deus a bênção da prosperidade.        Sem dúvida nenhuma, estamos vivendo em dias de crise de identidade eclesiástica e teológica. Na verdade, a Igreja sempre se deparou com crises ao longo de sua história, porém, não de modo tão sistemático quanto nesses últimos tempos.  Uma onda alarmantemente crescente de esfriamento espiritual tem varrido nossas igrejas, com o conseqüente esvaziamento das reuniões e cultos.  Diversas denominações resolveram adotar alguns programas e estratégias para tentar conter essa onda. Mas infelizmente, ao invés de utilizarem princípios bíblicos, tais como: oração, jejum, campanhas de consagração, cultos de doutrina e reuniões de confraternização, apelaram para o lado puramente emotivo e carnal.  Abriram, ou melhor dizendo, escancararam suas portas para entrar toda sorte de costumes e práticas alheias ao verdadeiro cristianismo.  Não se apresentaram a Deus como obreiros aprovados e nem manejaram bem a Palavra da verdade (II Tim. 2:15).

             Sob a discutível alegação de “fazer-se de judeu para ganhar os judeus” e “fazer-se de grego para ganhar os gregos” (imaginando que estão procedendo como o apóstolo Paulo) , absorveram a linguagem, a música e as táticas de marketing mundanas, transformando os púlpitos em palcos e passarelas de celebridades do meio artístico.  Os cultos deixaram de ser manifestações de louvor e adoração para se tornarem shows barulhentos, cheios de sons estridentes de instrumentos a pleno volume, danças, coreografias, gritos, vaias e assobios, com a predominância do rock e da gospel music.  Os sermões não mais enfatizam a conversão ou a dedicação de vidas no altar, mas exaltam a busca da prosperidade financeira, o bem-estar físico e a “cura interior” pela compreensão dos traumas da infância, usando técnicas de regressão e recursos de psicoterapia e psiquiatria.  Este é o triste e trágico retrato de muitas igrejas e denominações contemporâneas, cujos líderes são falsos apóstolos disfarçados (II Cor. 11:13).

              Qual o resultado? Bem...os templos se tornaram enormes catedrais, os membros são contados aos milhares, as ofertas arrecadadas avolumam-se em verdadeiras fortunas e muitos dos pastores dessas igrejas passam as suas férias na Europa e nos Estados Unidos.  E quanto à doutrina? E como fica a espiritualidade? E a identificação com a cruz de Cristo? E a fidelidade ao evangelho puro? O que esses “convertidos” e “decididos” estão praticando? Em que baseiam a sua fé?  Em que eles são diferentes dos ímpios? Os ímpios, que não têm o conhecimento da Palavra de Deus, acreditam que certos cristais podem trazer sorte, felicidade, prosperidade e saúde.  Por outro lado, os neopentecostais colocam a sua fé em pétalas de rosa de Saron, água do rio Jordão, óleo fabricado com olivas de Jerusalém,  a utilização do sal grosso, pulseiras de metal, ramos de arruda e outras grosseiras superstições, herdadas do paganismo europeu e do candomblé africano.  Este é o fim de um caminho trilhado na apostasia, baseado na fraude e no engano (Filipenses 3:2)

            Nós Batistas, especialmente os Batistas Regulares, temos que levantar nossas vozes em protesto, ainda que sejamos a minoria. Temos que afirmar que biblicamente é impossível um Cristianismo sem o novo nascimento, sem a identificação com a cruz de Cristo, sem a aceitação de seu jugo!  A religião sem compromisso com Deus é uma farsa!!!  Por mais que tais igrejas pareçam prósperas, por mais que cresçam, por mais que se multipliquem, delas jamais devemos sentir inveja e nunca devemos imitá-las. Elas confundiram simpatizantes com convertidos, crescimento com inchaço e fidelidade com interesse material.  Abandonaram os princípios bíblicos de água pura e foram saciar a sua sede nas cisternas imundas de água contaminada e infecta da secularização.  Para nós, só Jesus tem a água cristalina, pois Ele é a fonte (Ap. 21:6; 22:17; Jo. 4:10 e 14)!

I – INFILTRAÇÕES DO SECULARISMO NA HISTÓRIA DO CRISTIANISMO

            Secularismo e apostasia sempre andaram lado a lado, unindo as suas forças contra a Igreja cristã desde o seu início.  Os “judaizantes” do período apostólico causaram muitas dores de cabeça para a liderança naquele início de Cristianismo. Queriam que os cristãos observassem os ritos da velha lei de Moisés, inclusive a circuncisão, como requisito indispensável para obterem a salvação. Mas o apóstolo Paulo, o guerreiro intimorato, combateu esse retorno ao jugo de escravidão e impediu que os primeiros cristãos apostatassem de sua fé ( Gl.1:6,7; 5:1-5). Não entendiam que o velho judaísmo estava corroído pela secularização, comprometido com o mundanismo e com os princípios mercantilistas, a ponto de o próprio Senhor Jesus perder a paciência com os seus dirigentes ( Jo. 2:13-16; 8:44).  Paciência que o profeta João Batista já havia perdido há muito tempo (Mt. 3:7-10).   A religião judaica, ao tempo de Jesus e durante o período apostólico, era manobrada pelo império romano, que até indicava os que deveriam assumir o cargo de sumo-sacerdote.  Quando a Igreja surgiu e levantou a bandeira da independência estatal, renegando qualquer outro deus além do Senhor Jesus e pregando um reino eterno e sem corrupções, atraiu a ira dos aliados ao poder e à corrupção de Roma.  Enquanto os judeus apóstatas gritavam: “não temos outro rei senão César”, o apóstolo Pedro bradava: “importa antes obedecer a Deus do que aos homens!”  Os verdadeiros seguidores de Jesus jamais compactuaram com o erro e nunca contemporizaram com o mundanismo. 
  
Aqueles que tentaram fazer isso foram severamente punidos (At. 5:1-10).  E os homens de Deus não pouparam aqueles que tentavam desfazer a obra do Evangelho (At. 7:51-53; 8:18-21; 13:6-11).  Os cristãos padeceram muitas perseguições durante mais de 3 séculos.  O sangue dos mártires selou a fidelidade dos crentes verdadeiros, iniciando por Estevão (At.7:54-60) e mais tarde Tiago (At.12:1,2). Depois destes, muitos milhares sucumbiram através dos séculos.  Uma grande parte de cristãos, infelizmente, foi morta pela própria igreja que se dizia cristã, depois que o Cristianismo tornou-se a religião oficial do império. Assim, homens e mulheres cujos nomes nos são desconhecidos, aliaram-se a vultos de destaque como Jerônimo Savonarola, John Huss, Wyclif ,Tyndale, todos condenados à fogueira.  Miguel Satler, antes de morrer queimado, teve a língua arrancada e pedaços de seu corpo tiradas com pinças de ferro em brasa. Baltazar Hubmaier, um líder anabatista, foi morto na fogueira no dia 10 de março de 1528 , em Viena, capital da Áustria; sua esposa teve uma pedra amarrada ao pescoço e lançada viva no rio Danúbio, 4 dias depois. Apesar de pertencerem ao período da Idade Média, eles também são heróis da fé, juntamente com a nuvem de testemunhas de Hb 11:32-12:1.   Mas no 4º Século ocorreu uma reviravolta na História da Igreja.  No ano 313 aconteceu a (“#*conversão*”) do imperador Constantino à fé cristã.  Notem que eu coloquei o termo conversão entre vários sinais de ressalva e até entre parêntesis.  Acontece que eu tenho minhas dúvidas quanto a essa “conversão”.  Constantino disse ter tido a visão de uma cruz e ouviu uma voz que dizia: “com este sinal vencerás”.  Conseguiu o apoio dos cristãos e venceu uma grande batalha. Depois disso encheu-se de autoridade e passou a dar palpites até em concílios, decidindo sobre assuntos teológicos, os quais, aliás, não lhe diziam respeito.  Convocou e financiou o Concílio de Nicéia, em 325 d.C.  Mais que isso, ele presidiu o Concílio e influenciou diretamente todas as decisões ali tomadas. O Cristianismo agora era a religião do imperador.

            Finalmente, em 380 d.C. o Cristianismo tornou-se a religião oficial do império, com a subida ao trono do imperador Teodósio.  Então a Igreja tornou-se estatal, sendo custeada e sustentada com dinheiro público.  Os outros cultos foram proibidos, abolidos e perseguidos.  A Igreja, que antes era perseguida, passou a perseguir.  Os que antes haviam derramado sangue passaram a derramar o sangue de outros, que defendiam uma fé diferente ou uma outra forma de culto.  Passado o curto período dos chamados “pais da Igreja” e dos “apologistas” e “polemistas”, que escreveram teses descrevendo e defendendo a fé cristã (entre 100 e 250 d.C.), a Igreja foi perdendo as suas características neotestamentárias e foi se babilonizando pouco a pouco.  Ao permitir a  mistura entre a verdade e o erro, tomou um rumo sem volta e caiu num abismo sem fim. Passou a adotar práticas e costumes pagãos, utilizando velas, símbolos mágicos, sinais, trajes sacerdotais, cruzes, imagens de escultura e uma infinidade de rituais antibíblicos e heréticos.   O fundo desse abismo foi a adoção do papado, o catolicismo romano e a “santa” inquisição.   Eis aí o “cristianismo” secularizado!

            Mas o verdadeiro Cristianismo (esse sim, com “C” maiúsculo) continuou puro, apesar de escondido e marginalizado.  Os Albigenses, os Valdenses, os Petrobrussianos, os Huguenotes e os Anabatistas levaram avante as doutrinas neotestamentárias, apesar de existirem algumas divergências doutrinárias entre eles.  Mas o tesouro doutrinário que nos legaram e as práticas fundamentalistas são o nosso supremo bem, tais como:

·         Igreja formada exclusivamente por regenerados e convertidos
·         Batismo por imersão
·         Igrejas locais e autônomas
·         Independência total do Estado
·         Fidelidade intransigente ao fundalismo neotestamentário
·         A Bíblia como regra exclusiva de fé e prática


 Depois desse pequeno  e abreviado panorama histórico, chegamos à seguinte conclusão: qualquer desvio da Bíblia, qualquer adulteração da Palavra, por pequena que possa parecer, constitui-se em apostasia e secularização.  A secularização, portanto, consiste em adotar princípios que regem este mundo, no que diz respeito ao modo de viver, de pensar e de crer.  O sincretismo religioso (que é a mistura de doutrinas religiosas), o mundanismo e o ecumenismo praticados hoje em dia, são a linha de frente da secularização.    

II – O CRISTIANISMO CONTEMPORÂNEO E A SECULARIZAÇÃO

            Textos: Tito 1:9,-11; 13,14; I Timóteo 6:3-5; II Timóteo 4:1-4;

            Reter firme a Palavra  (Tt. 1:9) – Só se retém a Palavra se houver fidelidade irrestrita ao Evangelho e à doutrina. Quem absorve a mensagem e a torna parte integrante de sua estrutura espiritual, fica imune às heresias e aos costumes mundanos de procedimento. Paulo assevera: “fiel é a Palavra e digna de toda a aceitação” (I Tim. 1:15).  A falta de leitura e de estudo sério da Palavra é um fator determinante para a queda e para a apostasia. Insubordinados, faladores vãos e enganadores (Tt. 1:10) – Toda e qualquer interpretação da Bíblia fora de seu contexto e do consenso é uma insubordinação. Insubordinada é a pessoa que não aceita se colocar debaixo de autoridade, controle ou regra. Os obreiros ou líderes neopentecoscais e carismáticos, de um modo geral, rejeitam qualquer forma de autoridade ou liderança, que não seja do seu sistema próprio de crença nos dons e manifestações “sobrenaturais”.  Guiam-se por “revelações”, “profecias”, “visões” e “sonhos proféticos”.   Também admitem “inspirações” e “palavras de poder”.  E se a “revelação” disser que se pode adotar um certo ritmo, um tipo de música ou dança, com o objetivo de “ganhar almas”, então eles adotam e crêem que é uma obra do Espírito Santo!  Quando algum cantor, jogador ou ator de novela se “converte”, logo é colocado em lugar de destaque e se torna divulgador da igreja, ou até mesmo “obreiro”. Conseqüentemente, os seus costumes e práticas de marketing, manipulação das massas e sedução de platéias se incorporam ao seu desempenho “evangélico”. 

            Essa é a principal razão de termos no meio evangélico rapazes usando brincos, cabelos compridos, barbas no estilo “maluco beleza” e diversos grupos de jovens cantando rap, hard rock, baião, xaxado, forró, etc., todos rotulados de “evangélicos”.  Faz parte da chamada “gospel music” até estilos “musicais” de grupos de marginais das grandes penitenciárias do país, inclusive usando termos profanos ao se referirem ao Senhor Jesus. Já não bastava a Xuxa afirmar que recebe ajuda “do cara lá de cima”? Parece que a coisa agora descambou de vez. E já é normal ouvirmos em programas “evangélicos” um certo estilo “brega evangélico”.  Sem contar com o “boi evangélico” e o “bloco carnavalesco de Jesus”.  Ou como pronunciou, no carnaval do ano passado, um “pastor” todo fantasiado e com a voz rouca: “...temos que demonstrar uma alegria sadia e mostrar que também podemos brincar um carnaval puro, cantando para Jesus”!  É....talvez ele possa cantar para aquele palhaço que se auto-denomina “inri cristo”, e também se intitula “jesus” (permitam-me escrever esses nomes em minúsculo mesmo)!!!

            Não poderia ser outro o resultado de tão grande desrespeito à Palavra de Deus e aos seus santos ensinamentos.  Mas os adolescentes e os jovens crentes vêem o comportamento desregrado desses “evangélicos” e questionam: “se eles são crentes e salvos, porque que eu também não posso proceder como eles procedem? Será que a minha Igreja estacionou no tempo e não consegue  acompanhar o sistema moderno de Deus nos falar? Se tantos sinais e milagres acontecem entre eles e se conseguem ganhar tantas almas, porque razão nós não conseguimos crescer”?  Eu compreendo esses questionamentos, mas também quero questionar. Pergunto o seguinte: desde quando a  quantidade representa a qualidade? Você gostaria de comprar 100 pães embolorados e duros por R$ 1,00 em lugar de comprar apenas 10 pães de boa qualidade pelo mesmo valor, só porque são em quantidade maior?  Ou será que trocaria 2 bois por 6 carneiros, só porque 6 é maior do que 2?  Você faria um negócio comigo, trocando sua nota de R$ 20,00 por um lindo cofrinho, contendo 100 reluzentes e brilhantes moedas de 10 centavos?  Espero sinceramente que suas respostas sejam “não”, caso contrário, vou duvidar de sua sanidade mental ou de seus conhecimentos de matemática!!!


            Outra doutrina: a piedade como fonte de lucro (I Tim. 6:3-5) – A “outra doutrina” é um ensinamento em desacordo com a sã doutrina. Tal ensinamento interpreta a Palavra a seu bel prazer e de acordo com os padrões deste século. Isso não significa que vão beber, fumar e cometer adultério, mas deixarão de usar cautela quanto a comportamentos, usos e costumes, que possam colocar em risco o testemunho do Evangelho.  Permitem que os jovens de seu movimento usem tatuagens, símbolos da nova era em suas camisetas, vestes curtas e provocantes, além de terem por ídolos componentes de grupos de hard rock, como: Kiss, Iron Maden, Sepultura e outros, declaradamente adeptos do satanismo, das drogas e da promiscuidade sexual.  É de se notar a influência desses roqueiros nas chamadas “bandas evangélicas” nesses últimos anos. Os membros dessas “bandas” usam roupas esquisitíssimas, cabelos compridos e desgrenhados, danças sensuais, requebros e maneios de corpo parecidos com os de seus ídolos, os quais procuram imitar até no som cavernoso e rascante de suas vozes roucas e ásperas. Geralmente seus shows são promovidos por políticos evangélicos, famintos por votos. E também por associações e grupos culturais, sedentos de dinheiro e famintos por lucro.  Essas igrejas se enchem e transbordam, são obrigadas a reformar e aumentar suas estruturas para caber tanta gente interessada em mudar de vida, não espiritual, mas financeira, receber cura para as suas mazelas e conforto para seus chiliques emocionais, aos quais chamam de “traumas do passado”.

            Até que isso rende muito, a televisão já mostrou obreiros carregando pesados fardos e sacos cheios de dinheiro, através dos gramados do Maracanã, lotado com quase 200.000 pessoas.  Mas é um dinheiro maldito e sujo, tirado de pessoas simplórias e crédulas, inocentemente sugadas até ao último centavo, pela arenga fraudulenta e a lábia convincente de um astuto pregador milagreiro, que promete até fazer crescer cabelo nas palmas das mãos, pela “oração da fé”!  Eu sei que exagerei um pouquinho, mas é mais ou menos isso que acontece nos tais “espetáculos de fé”.  Bem...que são espetáculo não restam dúvidas, pois levam em suas reuniões cantores famosos e grupos e bandas já consagradas no meio evangélico. Mas nada têm quanto à legítima fé.  O que ensinam na verdade, não passa de sugestão mental, técnicas de hipnose grupal e pretensas curas de males, geralmente todos psicossomáticos.  Calma, eu explico: são sintomas da mente, psicos (do grego psice - psiquê, alma ou mente) que se refletem no corpo, soma ( do grego soma - corpo).  Resumindo, uma doença psicossomática tem origem na mente (seja por sugestão ou perturbação) e se reflete na parte  física, através de sintomas, como dores e até deformações ou hematomas.  Podem causar a morte.

            E é justamente nessa área de manifestações psicossomáticas que trabalham os macumbeiros, feiticeiros, pais de santo e milagreiros “evangélicos”.  Por isso, não podemos aceitar seus métodos e nem imitá-los em seus procedimentos, pois estaremos nos secularizando.  E sabem por quê? A resposta está em II Cor. 4:4. Está escrito que o diabo é o deus deste século e que ele tem cegado o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho!  Infelizmente essa cegueira tem afetado muitos membros outrora fundamentalistas, que se bandearam para esses movimentos “avivados” e trocaram a pura adoração pelo sensacionalismo emocional.  Fica o alerta, não só em I Tim.6:3-5, bem como em II Pe. 2:3, que afirma que os falsos obreiros, movidos pela ganância e usando palavras fictícias, nos usarão como objetos de comércio. Aliás, a palavra de ordem nesses movimentos é: prosperidade.  A isca que usam para atrair adeptos relaciona-se somente com as coisas materiais e com o bem-estar físico: curas, milagres, orações para conseguir um bom emprego, campanha de oração com o objetivo de prosperar financeiramente, etc.  Claro que podemos (e até devemos) confiar em Deus para que cure as nossas enfermidades e devemos pedir-lhe o auxílio para crescermos em nossas profissões e também podemos clamar quando estivermos em dificuldades financeiras.  Mas não devem ser esses os motivos que deverão levar alguém a buscar a conversão. E nem podemos utilizar o argumento da prosperidade e nem a busca dos bens materiais para atrair as almas perdidas.  Só e tão somente o arrependimento pelos pecados cometidos contra Deus e a angústia por ter praticado o mal, podem abrir a porta da salvação ao pecador e levá-lo aos braços de Jesus, para receber o perdão, ser regenerado e transformado em filho de Deus.

             Infiltrações dissimuladas (Gl. 2:3; II Pe. 2:1) – Dissimuladas quer dizer encobertadas e mostram muito bem o caráter de infiltração desses costumes e doutrinas.  Barnabé, um dos companheiros do apóstolo Paulo, quase caiu na conversa mole dos judaizantes e por pouco não abandonou a sã doutrina! A razão é que eles usam argumento quase bíblico, uma explicação quase correta e um ponto de vista quase cristão.  E também usam uma meia dúzia de versículos e textos bíblicos fora de seu devido contexto. O resto eles misturam com uma grande quantidade de papo furado e apresentam como sendo a grande maravilha teológica do século.  E tem muita gente que cai nessa conversa fiada!  Eis a razão de existirem hoje em dia pessoas completamente carnais, infiltradas no meio evangélico como se fossem crentes autênticos.  Mas basta uma pequena provação ou reprovação de seus atos por parte dos dirigentes, para que abandonem a Igreja e procurem outro movimento onde se sintam bem. Outros sentidos para dissimulado são: velado, escondido ou disfarçado.

            III – O ANTÍDOTO DA SECULARIZAÇÃO

            Textos: II Tim. 4:2; Rm. 13:12-14; Ef. 4:17-19;22-24; 5:6-11

            Prega, exorta, repreende, corrige (II Tim. 4:2) – O uso correto da Palavra é o único poderoso antídoto contra o veneno da antiga serpente que é o diabo e satanás (apesar das regras gramaticais, eu não vou escrever esses nomes em letras maiúsculas não!!!), e o estudo da Bíblia se torna vital para a sobrevivência da nossa fé. Embora possa parecer estranho para os dias de hoje, o crente deve contestar e denunciar o comportamento corrupto e antibíblico da assim chamada “cristandade” do fim dos séculos. De maneira alguma devemos nos associar com eles e muito menos compartilhar os nossos púlpitos.  Nada temos que aprender com eles, e eles nada querem aprender de nós. Não devemos participar do circo do ecumenismo e nem fingir uma união que não existe.  Na verdade, o mundo nos odeia e nós devemos odiar o mundanismo.  Devemos amar os pecadores, mas odiar o pecado que cometem e jamais praticar aquilo que praticam.
Despojamento e revestimento (Ef. 4:22-24; Rm. 13:14; Fp. 3:8) – Abandonar tudo quanto se relaciona com os princípios mundanos e consagrar-se inteiramente ao Senhor Jesus. Este é o único meio de se livrar dos laços do secularismo. Não se trata tão somente de se adaptar aos costumes e tradições de uma Igreja, mas viver a vida digna do Evangelho de Cristo.  O crente verdadeiro está morto para o mundo e vivo para as coisas de Deus. Não pode sentir prazer nas coisas da carne, pois o que permanece nele é a divina semente e não pode viver pecando, porque é renascido de Deus e pertence ao reino dos céus (I Jo. 1:5-9; 3:6-9; 5:18,19). O crente é um pecador regenerado. Quando ele peca reconhece que pecou, confessa o pecado, pede perdão e se reconcilia com Deus. Dependendo do caso, tem até de ser julgado e disciplinado pelo tribunal da Igreja, a fim de que seja corrigido para o seu próprio bem e para o bem comum da Igreja.


CONCLUSÃO


            Tudo aquilo que ultrapassa os ensinamentos da sã doutrina, ou que esteja em desacordo com os princípios de vida adotados pela Igreja, devem ser considerados mundanos e seculares.  Especialmente os “modismos” e “modernismos” que surgem de vez em quando. Devemos estar atentos a esses perigos, pois satanás (novamente vou desobedecer as regras gramaticais!) nos rodeia, esperando o momento mais adequado para tentar nos derrubar. Cautela, cuidado e vigilância devem fazer parte da nossa armadura (Ef. 6:10-18).  A seguir, examinaremos alguns perigos ocultos na modernidade e o que podemos fazer a respeito.


 A Televisão e a Mídia da globalização – Desde o surgimento e a expansão das conquistas da eletrônica, a tecnologia tem sido utilizada para a divulgação do Evangelho. Os bons e velhos programas de rádio ainda estão aí, cumprindo com eficiência o seu papel evangelizador. Mas surgiu a televisão e as coisas mudaram drasticamente. Uma nova preocupação agora é com a imagem que os telespectadores vão receber em suas casas. Os padrões antigos caíram por terra e novos padrões foram estabelecidos no setor da comunicação em massa. Novamente a questão delicada dos critérios bíblicos serviu de embaraço e tropeço para muita gente. Para conquistar o público, muitas igrejas transformaram o seu sistema evangelizador em verdadeiros shows televisivos, para atrair e divertir as massas, ao invés de simplesmente pregar o Evangelho.  Claro que temos que saber usar a tecnologia moderna à nossa disposição. Podemos treinar as nossas equipes e prepará-las adequadamente para o trabalho. Todos os recursos audiovisuais deverão ser explorados, bem como as técnicas de teledramaturgia e cinematográficas. Filmes evangélicos, com mensagem e conteúdo comprovadamente bíblicos devem ser utilizados, bem como clipes de música cristã verdadeira (se passarem pela peneira da sã doutrina!), além de testemunhos, entrevistas e debates. Porém...cuidado com a denominada “globalização”! É uma tentativa de nivelar todos os credos, doutrinas e pensamentos políticos numa só direção, para que haja um controle universal. Isso cheira, ou melhor, fede a enxofre e é o embrião do anticristo. Sabemos que um dia ele se utilizará desses recursos tecnológicos, para divulgar sua doutrina, controlar e vigiar os passos de cada cidadão no mundo. Ele será o Big Brother (o Grande Irmão), atento a tudo o que se passar nesse planeta. Essa vigilância já está se infiltrando pouco a pouco e as pessoas estão sendo doutrinadas a ver isso como fato normal. Aqui no nosso Brasil, a Rede Globo se encarrega de ensinar os brasileiros e também todos os sul-americanos, através do Globo Sat (esse “Sat” até parece abreviatura de Satanás, não é mesmo?). E, no resto do mundo, empresas globalizadoras, como a C.N.N. e a E.S.P.N. fazem o mesmo a nível mundial.

            A Internet, os Sites e os E-mail’s – Nada surgiu igual ao computador nesses últimos séculos e nem em qualquer outra época do mundo. As enormes facilidades de divulgação, intercâmbio e disseminação de idéias chegam a ser assustadoras. Qualquer um pode fazer parte dessa grande rede mundial de computadores, basta ter um computador em sua casa, um Modem e uma linha telefônica, ou uma ligação por cabo de fibra ótica. O termo universal utilizado é Wide Word Web e significa Teia de Aranha de Alcance Mundial. Chega a dar arrepios, não é? Pois é....trata-se de um emaranhado de comunicações e dados os mais diversos que se possa imaginar. Mas também representam uma devastadora armadilha, de onde não se pode fugir facilmente. No controle dessa teia, o inimigo de nossas almas, como se fosse uma aranha maligna, escravizará, dominará e controlará cada movimento dos seres deste planeta, todos quantos não forem arrebatados na 2ª vinda de Cristo, quando Ele vier nas nuvens para nos buscar e levar consigo. Mas enquanto isso não acontece, vamos nos utilizar dessa tecnologia a nosso favor. Como?  Criando Sites de divulgação do Evangelho e de debates bíblicos, páginas eletrônicas (chamadas Home Pages), salas virtuais de videoconferência, listas de correio eletrônico (conhecidos como E-mail) e tudo o que estiver ao nosso alcance e à nossa disposição, para executar o nosso trabalho de missões virtuais. Também podemos espalhar pela Internet versões da Bíblia Sagrada, estudos bíblicos, sermões doutrinários, alertas e denúncias contra heresias, mensagens de ânimo para os crentes, enfim.... não tem fim!  Espero que este simples e pequeno trabalho sirva aos queridos irmãos como ferramenta para corrigir o erro, levantar os ânimos e estimular ao trabalho missionário, em todos os níveis (local, mundial,transcultural). Se isso acontecer, dar-me-ei por muito bem recompensado e realizado.


F I M


Pr. Sérgio Aparecido Dias
Fone: 91340296
Podem imprimir e divulgar livremente, lembrando-se tão somente de citar a fonte, ok?       
 

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

G12 - O FRUTO DO ENGANO

Márcio Argachof
JesusSite


Revisores Teológicos:
Pr. Alexandros D. Meimaridis e Pr. Magno Paganelli


Versículos chave:

Surgirão ventos de doutrinas (Ef. 4.14, Hb. 13.9, 2 Tm. 4.3-4);
Surgirão falsos cristos e falsos profetas (Mt. 24.24);
Devemos ter cuidado com os falsos profetas (Mt. 7.15);
Haverá apostasia (2 Ts. 2.3);
Alguns apostatarão da fé (1Tm. 4.1-2);
Não devemos mudar nosso entendimento (2 Ts. 2.2);
Devemos ficar firmes e guardar as tradições (2 Ts. 2.15);
Devemos permanecer naquilo que aprendemos (2 Tm. 3.14);
Devemos reter a Palavra, que é igual à doutrina (Tt 1.9);
Quem não permanecer na doutrina não é de Deus (2 Jo 9).

 Sobre as versões da Bíblia usadas, em geral, utilizei a ARA - Almeida Revista e Atualizada. Para efeito prático, sempre que não for a ARA, haverá uma indicação de qual versão foi usada, dentre as seguintes versões:
ARC - Almeida Revista e Corrigida
ECA - Edição Contemporânea de Almeida
ACF - Almeida Corrigida Fiel
BEAP - Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
NVI - Nova Versão Internacional
NTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Introdução:

Aos amados irmãos,

Que a Graça e a Paz que somente Jesus pode dar, estejam convosco agora e sempre!

Em primeiro lugar, gostaria de registrar aqui que amo aos irmãos da minha igreja. E se tomei a iniciativa de escrever este trabalho, foi movido por uma grande preocupação com os rumos que a Igreja como um todo tem tomado. Tenho visto nos últimos meses, irmãos valiosos e queridos se afastando da igreja. Alguns foram para outras igrejas Cristãs, mas alguns, simplesmente sumiram. Não é possível permanecer calado vendo a Palavra de Deus sendo ignorada, deturpada ou simplesmente deixada de lado. Vamos, em nome de Jesus, e da preservação de nossa fé na sã doutrina, buscar confirmação de tudo pela Palavra, como bons bereanos:

"Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim" Atos 17:11

Antes eu conhecia o G12 de ouvir falar, mas após quase dois anos conhecendo-o pessoalmente, e também após ter lido o livro de Castellanos "Sonha e ganharás o mundo", espécie de cartilha do movimento, aceita como verdade de Deus pelos gedozistas, senti aumentar a urgência em elaborar um estudo mais profundo sobre o que vem acontecendo nas igrejas que abraçaram a "visão".

MOVIMENTOS CLONE:
A "visão" em questão assumiu várias formas e nomenclaturas, principalmente desde o final de março de 2005, quando Castellanos revelou aos seus seguidores, que a partir daquele momento ia querer receber um determinado valor das igrejas que usassem a marca G12. Por isto é comum hoje encontrarmos igrejas que não mais usam o termo "G12", mas continuam aplicando os mesmos ensinamentos, ou melhor, distorções doutrinárias aprendidas enquanto seguiam Castellanos. Portanto, caso ouçam falar em "Movimento dos 12", "M-12", "Visão Celular", "Igreja em Células", ou algo parecido, certamente estarão diante dos mesmos ensinamentos originais do G12 com uma nova roupagem para que não seja necessário pagar nenhum royaltie ao "profeta" original César Castellanos.

É bem verdade que nem todas as igrejas adotaram a visão do G12 na íntegra, e por isto podem não apresentar todas as características aqui abordadas, mas como os métodos do G12 seguem muitas vezes caminhos perigosos, procurei mostrar os pontos críticos do movimento à luz da Palavra. Ressalto que não pretendo esgotar o assunto, mas sim lançar luz sobre um tema que tem sido motivo de muita dúvida no meio Cristão. Também ressalto que não possuo formação teológica, e por isto me preocupei em fazer uma ampla pesquisa na Bíblia em suas várias versões, diversos livros, sites, dicionários e enciclopédia teológica, além de pedir a irmãos valorosos, formados em teologia que analisassem este trabalho.

Por isto, caso algum irmão, perceba algum erro neste estudo, afinal estamos todos sujeitos a errar, entre em contato para que eu providencie a devida correção pelo e-mail marcio_argachof@hotmail.com.

Quero deixar claro que todos os irmãos envolvidos em igrejas que adotaram a "visão G12", ou uma de suas variações, são irmãos valorosos, tanto para mim como para Deus. Portanto, não é meu intuito menosprezar nenhum destes irmãos, pois sei que se Deus permitiu que eu mesmo freqüentasse uma igreja dentro da "visão", Ele tinha um propósito perfeito, como certamente tem para os irmãos gedozistas, e Glória a Deus por isto. Entendo que Deus tem trabalhado na vida destes irmãos, e que no tempo Dele as verdades aparecerão, para que no final desta "ventania", certamente muitos tenham crescido na Palavra, lutando um bom combate, e guardando a fé, conforme Paulo nos ensinou.

Mesmo discordando destes irmãos, registro aqui meu profundo respeito por suas opiniões, e pelo seu livre arbítrio. Tal diversidade de opiniões é um importante exercício para todo o povo de Deus, pois certamente o Senhor alegrar-se-á em nos ver unidos diante das tribulações e principalmente conservando nossa fé nas Escrituras.

É importante destacar que este material não foi escrito com a pretensão de fomentar nenhum tipo de discórdia ou divisão no Corpo de Cristo. Pelo contrário, o fortalecimento do Corpo de Cristo é o real objetivo, e para tanto a busca das verdades bíblicas e da sã doutrina são, em primeira e última análise, o melhor caminho.

Um agradecimento especial a minha esposa Miriam, que tanto contribuiu neste trabalho, com suas orações e abençoadas reflexões sobre cada tópico aqui abordado, e também agradeço ao meu grande amigo Pr. Alex, por sua imensa paciência em analisar este trabalho e me ensinar os mais profundos caminhos da Palavra.

Enfim, toda a honra e glória sejam dadas a Deus!

Boa leitura, e que Deus seja convosco!
Márcio Argachof


Uma palavra sobre a fé

A fé na são doutrina é o que procuramos preservar com este trabalho, mas antes de começar, gostaria de citar George Muller, um verdadeiro homem de fé:

"Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. Foi por ela que os antigos alcançaram bom testemunho. Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê." Hb. 11:1-3

"Que é fé? Na maneira mais simples de que eu sou capaz de expressar, respondo: Fé a segurança de que as coisas que Deus tem dito em sua Palavra são verdade e que Ele age de acordo com sua Palavra. Esta segurança, esta confiança na Palavra de Deus, é fé.

Podemos dizer que fé não é questão de impressões, nem de probabilidades, nem de aparências. As impressões vêm da razão humana, que, na melhor das hipóteses, não é digna de confiança. A fé, por outro lado, baseia-se na invencível Palavra de Deus; não são as impressões, fortes ou fracas, que farão qualquer diferença. Temos de agir com base na Palavra escrita. Temos de confiar na Palavra escrita, e não em nós mesmos ou em nossas impressões.

As probabilidades não devem ser levadas em consideração. Muitas pessoas estão dispostas a crer, relativamente, nas coisas que lhes parecem prováveis. Fé não tem nada a ver com probabilidade. A fé começa onde cessas as probabilidades, e a visão e o senso falham.

Muitos filhos de Deus estão desanimados e lamentam sua falta de fé. Muitos têm-me escrito e dito que não têm impressões nem percepções, que não vêem nenhuma probabilidade de que aquilo que desejam se realize (Lc 18:27). As aparências não devem confundir nossa fé. A questão, certamente, é esta: Deus falou deste assunto em sua Palavra? Se falou, essa é a base da fé. Por causa de tantas impressões, probabilidades, aparências e problemas sem importância relacionados à fé é que temos tão poucas bênçãos entre nós."

(George Muller, Homem de Fé, Edições Vida Nova, pgs.28 e 29)

A necessidade de se examinar algumas teorias

À luz das obras dos espíritos enganadores e seus métodos de engano, fica claro que devemos analisar minuciosamente as teorias, conceitos e expressões do século XX a respeito das coisas de Deus e de Sua obra no homem, pois somente a verdade de Deus, e não as "visões" da verdade, terá alguma utilidade na proteção ou nesse conflito com os espíritos malignos nos lugares celestiais.


Tudo o que é, em qualquer grau, resultado da mente do homem natural (1Co 2.14) se mostrará apenas como "armas de palha" nessa grande batalha. Se nos apoiarmos nas "visões da verdade" de outros ou em nossas próprias idéias humanas sobre a verdade, Satanás usará exatamente essas coisas para nos enganar e, até, nos fará crescer e aprofundar-nos nessas teorias e visões a fim de que, encoberto por elas, possa atingir seus objetivos.

Não podemos, portanto, nesse tempo, superestimar a importância de os crentes terem mente aberta para "examinar todas as coisas" que já pensaram ou ensinaram em relação às coisas de Deus e ao mundo espiritual: todas as "verdades" que eles têm sustentado, todas as frases e expressões que usaram em seus "ensinamentos sobre santidade" e todos os "ensinamentos" que absorveram por meio de outros. Pois qualquer interpretação errônea da verdade, quaisquer teorias e frases que são concebidas pelo homem e podem se aprofundar cada vez mais em direção ao erro terão conseqüências perigosas para nós mesmos e para outros no conflito que a Igreja e o crente individual estão agora enfrentando. Já que nos "últimos dias" os espíritos malignos virão a eles com enganos de forma doutrinária, os crentes têm de examinar com cuidado o que aceitam como "doutrina", para provar se, na verdade, elas não são dos emissários do enganador.

(Jessie Penn Lewis, GUERRA CONTRA OS SANTOS, Tomo 1, Editora dos Clássicos)


Objetivo:

As igrejas que adotaram a "visão" do modelo de governo dos 12, ou G12, apresentam diversos posicionamentos não bíblicos. São irmãos que amo, mas que tomados por uma espécie de "paixão cega" por uma "visão" que pensam ser de um pastor colombiano chamado César Castellanos Domínguez, fundador da MCI - Missão Carismática Internacional em Bogotá na Colômbia, nem sequer se puseram a investigar as reais origens deste movimento, bem como adotam uma postura pragmática, ou seja, uma postura pela qual não importam os meios para se chegar ao objetivo de evangelizar, multiplicar membros, e formar mega-igrejas.

A MCI de Castellanos, tem planos bem pouco modestos de expansão, haja visto que sua doutrina tem alcançado muitos países das Américas do Sul e do Norte, e Europa onde atualmente existem igrejas que adotaram a "visão", aliás foi nesta "visão" que Castellanos teve a "revelação" que iria conquistar as nações (estudaremos isto adiante). Mas, amados irmãos, lembremos que tudo o que é de Deus, está em harmonia com as leis de operação de Deus descritas nas Escrituras; por exemplo, "movimentos de alcance mundial" pelos quais multidões serão ganhas não estão de acordo com as leis de crescimento da Igreja de Cristo mostradas na parábola do grão de trigo (Jo 12.24), na lei da cruz de Cristo (Is 53:10), na experiência pela qual Cristo passou, na experiência de Paulo (1Co 4:9-13), no "pequenino rebanho" de Lucas 12:32 e no fim da dispensação profetizado em 1Tm 4:1-3 e 6:20.

Esses movimentos, dentre eles o G12, rejeitam as formas bíblicas de evangelismo através dos testemunhos pessoais dos crentes que tendo suas vidas renovadas por Cristo, manifestam a "olhos vistos", a presença dos frutos do Espírito Santo. Para o G12 a quantidade de pessoas na igreja é o objetivo maior, não investindo em amadurecimento através de ensino teológico sólido. Na prática isto tem gerado centenas de "adesões" e não conversões verdadeiras, levando as igrejas gedozistas por um caminho perigoso e auto destrutivo.

Sinto-me bem à vontade para analisar este movimento, pois quis o Senhor Deus que eu e minha família estivéssemos numa igreja, a princípio Batista, mas que abraçou a "visão" e com isto acabaram por romper com a Convenção Batista, e mais ainda, tem se empenhado sistematicamente em repudiar qualquer ato ou pessoas que lembrem o modo de agir das igrejas tradicionais. Neste caso, uma peculiaridade é que os gedozistas rotulam de tradicional, toda e qualquer igreja Cristã que não seja em células e sob o "governo dos 12".

Portanto, o objetivo deste estudo é apresentar aos irmãos que porventura estejam tendo contato com o G12, os pontos desta doutrina que são contrários a Palavra de Deus. Logicamente existem várias posições assumidas pelos gedozistas que são positivas, no entanto, tais atitudes positivas em meio a doutrinas e atividades heréticas, acabam por ter o efeito contrário, provocando em muitos casos divisões nas igrejas, com a saída de muitos membros por não concordarem com os métodos adotados. Tais divisões nem sempre são nítidas, pois à primeira vista vemos uma igreja repleta de pessoas, mas aos olhos atentos é difícil deixar de constatar que tais pessoas são novas na fé, ou ainda estão somente de passagem para conhecer, tornando a ilustração da "porta dos fundos maior que a da frente" mais real do que nunca.

E após a análise cuidadosa de cada ponto aqui apresentado sob a luz da Palavra, conclamo aos irmãos, que entrem em jejum e oração, pedindo nada mais do que seja feita a vontade do Pai, que é verdadeira por definição e também pedindo que os espíritos enganadores em ação hoje na igreja gedozista, sejam expulsos em nome do poderoso nome de Jesus. A ação de tais espíritos das trevas foi prevista por Paulo em sua Segunda Carta aos Tessalonicenses (2Ts 2:4), onde ele fala da manifestação daquele que enganará a tal ponto os cristãos que conseguirá entrar no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus", sendo sua presença parecida com a de Deus; no entanto, isso é:

"segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais de prodígios da mentira, e com todo engano" 2Ts 2:9-10


Expressões, "visões" e doutrinas precisam ser examinadas

De acordo com essas direções da Palavra de Deus e em vista do tempo crítico pelo qual a Igreja de Cristo está passando, toda expressão, "visão", ou teoria que temos em relação às coisas em geral deve ser examinada cuidadosamente e levada à prova, com um desejo aberto e honesto de conhecer a pura verdade de Deus, bem como toda declaração que ouvimos da experiência de outros que possa trazer luz ao nosso próprio caminho. Cada crítica, justa ou injusta, deve ser recebida com humildade e examinada para se descobrir sua base legal, se é aparente ou real. Da mesma forma, fatos a respeito de verdades espirituais de todas as partes da Igreja de Deus devem ser analisados, independente do prazer ou da dor que nos tragam pessoalmente, tanto para nosso próprio esclarecimento como para nos preparar para o serviço de Deus. Pois o conhecimento da verdade é a primeira coisa essencial na guerra contra os espíritos mentirosos de Satanás, e a verdade deve ser ardentemente buscada e encarada com desejo sincero de conhecê-la e de a ela obedecer à luz de Deus: verdade sobre nós mesmos, discernida por investigação imparcial; verdade das Escrituras, sem colorido extra, distorções, mutilações, diluições; verdade ao encarar os fatos da experiência de todos os membros do Corpo de Cristo e não de uma parte do Corpo apenas.

(Gerra contra os Santos, Tomo1, por Jesse Pen Lewis - Irlandesa que participou do Avivamento no país de Gales no Século XIX)


O crente espiritual é exortado a "julgar todas as coisas"

O dever de examinar as coisas espirituais é fortemente recomendado pelo apóstolo Paulo repetidas vezes. "O homem espiritual julga (examina, ou como está no grego, investiga e decide) todas as coisas" (1Co 2.15). O crente espiritual deve usar seu julgamento, que é uma faculdade renovada se ele é um homem espiritual. Esse exame ou julgamento espiritual é mencionado em relação às "coisas do Espírito de Deus" (v. 14), o que nos mostra como o próprio Deus honra a personalidade inteligente do homem que Ele recriou em Cristo, convidando-o a julgar e a examinar as obras de Seu próprio Espírito, de modo que até mesmo as "coisas do Espírito" não devem ser recebidas como provenientes Dele sem serem examinadas e espiritualmente discernidas como sendo de Deus.

Quando, no entanto, se diz, a respeito das manifestações sobrenaturais e anormais que vemos hoje em dia, que não é necessário nem mesmo da vontade de Deus que os crentes entendam ou expliquem todas as obras de Deus, isso não está de acordo com a declaração do apóstolo de que "o homem espiritual julga todas as coisas" e, conseqüentemente, deve rejeitar tudo o que o seu julgamento espiritual for incapaz de aceitar, até que venha um tempo em que seja capaz de discernir com clareza o que é realmente de Deus e o que não é.

Além disso, o crente não deve apenas discernir ou julgar as coisas do espírito - ou seja, todas as coisas no mundo espiritual -, mas deve também julgar a si mesmo. Pois "se nos julgássemos a nós mesmos" (a palavra grega traduzida como julgar significa uma investigação completa), não deveríamos necessitar da disciplina do Senhor para trazer à luz as coisas em nós mesmos que não fizemos passar por essa investigação completa (1Co 11.31).

"Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos" (1Co 14.20), escreveu o apóstolo novamente aos coríntios, quando lhes explicava sobre a obra do Espírito entre eles. O crente deve ser amadurecido no juízo, isto é, ser capaz de examinar, "de trazer à prova" (grego: provar, demonstrar, examinar (2Tm 4.2)), e "provar todas as coisas" (1Ts 5.21). O crente deve ter conhecimento abundante e "todo discernimento" para "aprovar as coisas excelentes", para que possa ser "sincero e inculpável" até o dia de Cristo (Fp 1.10).

(Gerra contra os Santos, Tomo1, por Jesse Pen Lewis - Irlandesa que participou do Avivamento no país de Gales no Século XIX)


"Espíritos" não são testados

Infelizmente, Castellanos não tem como hábito testar os espíritos, conforme 1Jo 4:1: "Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.". Veja as palavras de Castellanos em seu livro Sonha e ganharás o mundo:

"Quando Deus fala a seu coração, não pense duas vezes, dê o passo! Dando o passo, vem o revestimento do Senhor, e algo acontece no mundo espiritual" [pg.141]

Bem, de fato algo acontece no mundo espiritual sim, e certamente não é nada tão bom como acredita o fundador da MCI e do G12.

Em 1 Tessalonicenses 5.21 a Bíblia ordena que todas as coisas precisam ser analisadas criticamente, por isto, o objetivo deste estudo é falar sobre a Verdade, não verdades humanas, mas sim aquela que liberta e provém do Reino do Senhor. Alertar aos irmãos sobre algo que é errado é também uma obrigação do membro do Corpo de Cristo, pois o objetivo é o fortalecimento deste Corpo. Veja Ezequiel 33:3 - "e, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo;" E como fortalecemos o Corpo? Justamente não cedendo aos objetivos demoníacos e rejeitando qualquer espécie de divisão ou ainda de rebelião. Falar em rebelião sugere que devamos ser obedientes aos nossos pastores, e isto é verdade, mas somente até o ponto que não nos faça pecar, pois nossa total e plena obediência deve ser com Deus, e Suas verdades Bíblicas reveladas por Deus Pai e seu filho Jesus.

"Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para caridade fraternal, não fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;" 1Pe 1:22

Aliás, o versículo acima resume o propósito deste estudo que é de manter-se fiel e obediente à verdade Bíblica, mas com amor sincero pelos irmãos que ainda encontram-se enganados, de modo a fazer com que cada um ouça o que o Espírito Santo tem a dizer sobre o G12, e que possam ver com os olhos do Espírito Santo de Deus e não mais com olhos obcecados por uma "visão" humana, que nem sequer passa pelo teste bíblico da "confirmação pela Palavra".

Veremos mais adiante alguns trechos dos relatos acerca da "visão" de Castellanos e provaremos o quanto tais pensamentos estão distantes da Bíblia. Tudo isto para honra e glória do nosso Deus, que em sua infinita misericórdia deixou-nos um tesouro para servir-nos de bússola em meio às tempestades presentes e futuras.

Aos Pastores

A todos os pastores que pela graça de Deus, lerem este material, o façam com amor e tendo a certeza de que quando elaborei este trabalho, o fiz única e exclusivamente movido por um sentimento de profunda preocupação com o Corpo de Cristo. Peço-lhes com todo amor, que leiam atentamente cada parágrafo deste texto e que confiram em sua Bíblia todas as citações.

Digo isto, pois o meu único compromisso é com a verdade Bíblica, e não tenho o propósito de defender nenhuma denominação, bem como não almejo ser detentor de toda a verdade. As linhas que agora chegam a suas mãos foram redigidas, com o propósito de fortalecer o Corpo de Cristo do qual fazemos parte, cujo cabeça é o Senhor Jesus.

Certamente algumas pessoas num primeiro momento pensarão que este material é uma afronta e que Deus jamais permitiria que você fosse enganado, pois em sua misericórdia não permitiria a um Pastor ou um Cristão atuante estar enganado, mas na verdade a Palavra de Deus nos alerta que o engano pode ocorrer sim, e os Cristãos não estão livres disto. Veja:

"Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos;"
2Tm 4:3

"Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça. Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra."
2Ts 2:9-17





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