quinta-feira, 8 de abril de 2010

A TRINDADE E AS “TESTEMUNHAS DE JEOVÁ"
AUTOR: Prof. J Flávio
Fonte: Centro apologético Cristão de Pesquisa

Antes de tudo é preciso definir o que é a doutrina da Trindade, pois até mesmo muitos cristãos se perdem nesse quesito. Por "Trindade" não queremos dizer que acreditamos em três deuses, pois para nós há somente um Deus (Isaías 43:10). Ao invés disso, queremos dizer que na Divindade há três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Pode parecer um paradoxo, mas Deus é três e um simultaneamente. Precisamos fazer distinção entre o termo "pessoa" e "natureza". As pessoas em Deus são três, mas uma só é a natureza, que consiste na onipotência, onisciência, onipresença etc. Vários exemplos foram apresentados para exemplificar esse caso; porém, o triângulo eqüilátero é o que mais se aproxima desse conceito. Acompanhe:
            O triângulo é indivisível, assim como Deus (simbolizado por toda a figura). Todavia, cada lado é distinto do outro e, contudo, formam a mesma figura, que só existe com os três lados iguais; assim, tomando a analogia, o Pai não é o Filho, o Filho não é o Espírito Santo e vice e versa; porém, eles constituem o mesmo Deus. A individualidade pessoal é mantida, bem como a unidade. Assim, Deus não é somente o Pai, nem somente o Filho, e nem tampouco somente o Espírito Santo. Deus é o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
ANALISANDO ALGUMAS OBJEÇÕES
Negam a doutrina da Trindade, alegando que é de origem pagã e que tal palavra não aparece na Bíblia. Somente Jeová é o Deus verdadeiro. Ele não é onipresente, ou seja, não pode estar em vários lugares ao mesmo tempo, pois sendo uma pessoa, possui um corpo de forma específica, que precisa de um lugar para morar. Assim, ele está confinado no céu. Para exercer seu comando sobre o universo, ele usa seu poder, seu Espírito Santo", que é sua "força ativa". Sua onisciência é seletiva, ou seja, Jeová não sabe o futuro de todas as coisas, a menos que ele queira. Explicam isso da seguinte forma: Um rádio pode captar qualquer onda, porém, é preciso sintonizá-lo na estação certa. Assim, se Jeová quiser saber se alguém será fiel a ele ou não, deverá "sintonizar" na "estação" dessa pessoa.
a) A palavra "Trindade" não aparece na Bíblia — A doutrina da Trindade está fortemente enraizada nas Escrituras. A palavra "trindade" é um termo extrabíblico utilizado para designar aquilo que é revelado nas Escrituras; embora a palavra não apareça, a idéia está explícita na Bíblia. É uma palavra de cunho teológico, empregada pela primeira vez nos escritos de Teófilo de Antioquia, e depois usada por Tertuliano, um dos pais da igreja do II século numa polêmica contra um certo Praxeas. Depois dele, esta palavra ficou consagrada na teologia cristã.
 Outro fator que torna sem fundamento a objeção das TJs é o fato de que utilizam termos como "corpo governante" e "teocracia", embora tais palavras também não apareçam na Bíblia. Das duas, uma: ou aceitam o uso do termo "trindade" ou deixam de usar as terminologias "corpo governante" e "teocracia".
b) A Trindade e o paganismo — A objeção de que a doutrina da Trindade é de origem pagã, uma vez que os pagãos cultuavam suas tríades de deuses, também não faz sentido, pois a concepção dos pagãos em nada se assemelha à doutrina trinitariana. Enquanto os pagãos são politeístas, ou seja, crêem na existência de vários deuses, sendo sua trindade mais um conjunto de deuses em seu panteão, nós, cristãos, somos essencialmente monoteístas, pois cremos que há um só Deus (Isaías 43:10), que subsiste em três "pessoas": Pai, Filho e Espírito Santo. Não são três deuses, posto que só há um Deus. Assim, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são ao mesmo tempo três pessoas distintas e um só Deus. O termo "triunidade" resume melhor essa concepção bíblica de Deus. É bom também lembrar que a Bíblia não é o único livro que fala de um dilúvio universal. A literatura pagã também contém relatos sobre um dilúvio.
Isso, evidentemente, não faz do dilúvio uma concepção pagã; tampouco a doutrina da Trindade deveria ser vista da mesma forma. Poderíamos citar casos abundantes em que este argumento esfarrapado volta-se contra elas mesmas, mas nos deteremos apenas em alguns:
Deuses – Os antigos pagãos acreditavam em deuses e semideuses, por exemplo, os romanos tinham Júpiter como o Deus supremo enquanto Mercúrio era  um deus menor abaixo de Júpiter. Não é isto que fazem as Tjs em relação a Jesus? Ou ainda  a alegação de que o batismo é de origem pagã, como esta em A Sentinela 01/04/1993. Será que elas se consideram pagã por causa disso?
c) A Trindade e a razão humana — A acusação de que a doutrina da Trindade não se conforma com a lógica ou a razão também é descabida, pois a mente humana não pode apreender tudo sobre Deus. É impossível que o relativo entenda com precisão o Ser Absoluto, que o finito atinja o Infinito, que a criatura desvende todos os mistérios e segredos do Criador. Isso é pedir demais. (cf. Rm. 11:33; 1ª Coríntios 2:11; Jó 11:7; Isaías 40:28). No livro Raciocínios à base das Escrituras (publicado pelas TJ), página 123, há a seguinte pergunta: "Será que Deus teve começo?" Daí, citam o Salmo 90:2, que diz que Deus é Deus de "eternidade a eternidade", ou seja, ele é incriado, sempre foi, é, e será eternamente. Diante desse mistério, o livro lança o desafio: "Há lógica nisso? Nossa mente não pode compreender isso plenamente. Mas não é uma razão sólida para o rejeitar". Aplicando o mesmo princípio à doutrina da Trindade, podemos perguntar: "Será que Deus é uma Trindade? Há lógica nisso? Nossa mente não pode compreender isso plenamente. Mas não é razão sólida para o rejeitar".
d) A Trindade e a Matemática — Outra objeção argumenta que a Trindade contraria a Matemática, pois se 1 + 1 + 1 = 3; então, Deus Pai + Deus Filho + Deus Espírito Santo não podem ser um, mas três deuses. Ora, outro argumento desprovido de bom senso, pois Deus não pode ser medido pelas Ciências Exatas. No campo da Matemática, ele não pode ser somado, diminuído, dividido ou multiplicado. Mas, se é matemática o que querem, a pergunta é oportuna: Na Matemática, três podem ser um? Dependendo da operação que se escolher, sim. Veja: 1 X 1 X 1 = 1.

A TRINDADE NO ANTIGO TESTAMENTO
a) Gênesis 1:26, 27 — Chegando o momento de criar o homem, Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança". O verbo "fazer", nesse caso, aponta para um ato criativo, e somente Deus pode criar. Assim, ao ser criado, o homem não poderia ter a imagem de um anjo ou de qualquer outra criatura, mas a imagem de Deus, a imagem de seu Criador. No versículo 27, lemos: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou". O interessante, porém, é que a Bíblia diz que Jesus Cristo também criou todas as coisas, as visíveis e invisíveis (João 1:1, 3; Colossenses 1:16, 17; Hebreus 1:10), o que inclui necessariamente o homem. Desse modo, concluímos, à luz da Bíblia, que o homem tem a Jesus como seu Criador, logo, o homem carrega Sua imagem, pois Jesus é Deus, uma vez que "à imagem de Deus" o homem foi criado. Já em Jó 33:4, Eliú declara: "O Espírito de Deus me fez". Afinal de contas, quem fez o homem? A Bíblia diz: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou". E quem é esse Deus? Resposta: Pai, Filho e Espírito Santo. É digno de nota que há outros textos em que Deus fala no plural: Gênesis 3:22; 11:7-9; Isaías 6:8. Alguns dizem tratar-se de plural de majestade, ou seja, é uma forma de expressão onde o indivíduo fala do plural que não revela necessariamente uma pluralidade participativa. Todavia, isso não funciona em Gênesis 1:26, 27, pois outros textos bíblicos deixam claro que o Pai, o Filho e o Espírito Santo criaram o homem; logo, não está em jogo nenhum plural de majestade, mas um ato criativo de Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Os demais textos devem seguir logicamente esse mesmo raciocínio.  
b) Deuteronômio 6:4 — "Escuta, ó Israel: Jeová, nosso Deus, é um só Jeová" (TNM). Esse texto é usado para desacreditar a doutrina da Trindade, mas, ao contrário disso, é o texto que prova que na unidade de Deus existe uma pluralidade, dando abertura para a concepção trinitariana. Como assim? Na língua hebraica, existem duas palavras para expressar unidade, a saber, ’ehadh e yehidh. A primeira designa uma unidade composta ou plural. Exemplo: Gênesis 2:24 diz que o homem e a mulher seriam uma (’ehadh) só carne, ou seja, dois em um.
A segunda palavra é usada para expressar unidade absoluta, ou seja, aquela que não permite pluralidade. Exemplo: Juízes 11:34 diz que Jefté tinha uma única (yehidh) filha. Qual dessas palavras é empregada em Deuteronômio 6:4? A palavra ’ehadh, o que indica que na unidade da Divindade há uma pluralidade.

A TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO
A revelação da Triunidade de Deus no Antigo Testamento não é tão clara quanto no Novo. Os textos bíblicos abaixo alistados (respeitando-se os devidos contextos) mostram sempre juntos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Levando-se em conta que Deus é único (Isaías 43:10) e que ele não partilha sua glória com ninguém (Isaías 42:8; 48:11), é interessante notar como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são postos em pé de igualdade, coisa que nenhuma criatura, por melhor que fosse, poderia atingir, muito menos uma suposta "força ativa". 
a) Mateus 28:19 — A ordem de Jesus é para batizar em "nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo". Ora, se Jesus fosse uma criatura e o Espírito Santo uma "força ativa", seria estranho que as pessoas fossem batizadas em nome do Criador (que não divide sua glória com ninguém), em nome de um anjo, e de uma "força ativa"; aliás, que necessidade há em batizar alguém em nome de uma "força"? Tudo isso só faz sentido se ambos forem Deus.  b) Lucas 3:22 — No batismo do Filho, lá estão o Espírito Santo e o Pai; como sempre, inseparáveis. Essa é uma das razões pelas quais o batismo cristão deve ser ministrado em nome das três pessoas.
c) João 14:26 — Jesus fala do Espírito Santo, que será enviado pelo Pai, em seu próprio nome, isto é, de Cristo.
d) 2ª Coríntios 13:13 — Outra fórmula trinitária, onde aparece o Filho, em primeiro lugar, com sua graça ou benignidade imerecida; depois, o Pai, com seu amor; e finalmente, o Espírito Santo, com a comunhão ou participação que dele procede.
e) 1ª Pedro 1:1, 2 — Pedro fala aos escolhidos, que foram eleitos segundo a presciência do Pai, santificados pelo Espírito e aspergidos com o sangue de Jesus Cristo.
f) Outros versículos — Romanos 8:14-17; 15:16, 30; 1ª Coríntios 2:10-16; 6:1-20; 12:4-6; 2ª Coríntios 1:21, 22; Efésios 1:3-14; 4:4-6; 2ª Tessalonicenses 2:13, 14; Tito 3:4-6; Judas 20, 21; Apocalipse 1:4, 5 (compare com 4:5) etc. É digno de nota que se o Filho fosse uma criatura e o Espírito Santo uma "força ativa", os dois não poderiam assumir o primeiro lugar em algumas das passagens bíblicas acima citadas. Aliás, o que uma "força ativa" estaria fazendo no meio de duas pessoas? As TJ objetam dizendo que mencionar as três Pessoas juntas, não indica que sejam a mesma coisa, pois Abraão, Isaque e Jacó (Mateus 22:32), bem como Pedro, Tiago e João (Mateus 17:1) sempre são citados juntos; contudo, isso não os torna um. O que as TJ não perceberam foi o seguinte: Abraão, Isaque e Jacó tinham algo em comum: o patriarcado. Já Pedro, Tiago e João tinham em comum o apostolado. E o que o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm em comum? Resposta: a natureza divina, ou simplesmente, a divindade.

QUADRO DEMONSTRATIVO DA TRINDADE
DEUS PAI
DEUS FILHO
DEUS ESPÍRITO SANTO
Pai Onipresente,   Jr.23:24
Filho Onipresente,Mt.28:20
E. S. Onipresente, Sl.139:7
Pai Onipotente, Gn.17:1
Filho Onipotente, Mt.28:18
E. S. Onipotente, Lc.1:35
Pai Onisciente, IPd.1:2
Filho Onisciente, Jo.21:17
E. S. Onisciente, I Cor.2:10
Pai o Criador, Gn.1:1
Filho o Criador, Jo.1:3
E. S. o  Criador, Jó 33:4
Pai o Eterno, Rm.16:26
Filho  o Eterno, Ap.22:13
E. S. o Eterno, Hb.9:14
Pai o Santo, Ap.4:8
Filho o Santo, At.3:14
E. S. o Santo, IJo.2:20
Pai o Santificador,Jo.10:36
Filho o Santificador, Hb.2:11
E. S. o Santificador, IPd.1:2
Pai o Salvador, Is.43:11
Filho o Salvador,IITm.1:10
E. S. o Salvador, Tt.3:5

 “Porque três são os que testificam no céu: O Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um” (I Jo.5:7) – Tradução Almeida Revista e Corrigida.
            É argumentado pelas TJ que I João 5:7 não é valido como um texto bíblico de prova e sim como um acréscimo à Bíblia. Dizem ainda que este versículo não consta nos mais antigos manuscritos. Entretanto, falando de tradução bíblica, não se pode desprezar nenhum manuscrito. Nossas versões foram preparadas usando o textus receptos ao invés do texto crítico de Westcort e Hort, o que é perfeitamente aceito. Durante todos esses séculos foi o texto mais aceito pela igreja. Apesar de grande parte dele ser recente é totalmente confiável como veremos. Prova disso é o caso do livro de Isaías, sua tradução foi feita de um manuscrito recente, mas que em 1947 e 48 foi encontrado nas cavernas Qumran próximas ao mar morto um rolo que data provavelmente cem anos antes de Cristo. Este rolo comprovou a tradução recente, pois eram idênticos. Isso nos prova que não devemos desqualificar nenhum manuscrito. As TJs usam esses argumentos para desacreditar a Trindade e conseqüentemente a divindade de Cristo, mas a sua própria tradução TNM é composta de muitos textos, que eles mesmos afirmam, não conter nos mais antigos manuscritos. Exemplo disso é Marcos 16:15-19. Agora é preciso salientar que não é necessário usar tal versículo (I Jo. 5:7) para apoiarmos a Trindade, pois ela está por toda a Bíblia e, com, ou sem este versículo, é perfeitamente possível defendermos a doutrina do Deus Uno e Trino. 

É isso...
Prof. J Flávio

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