terça-feira, 6 de outubro de 2009

A SECULARIZAÇÃO NO CRISTIANISMO

A SECULARIZAÇÃO NO CRISTIANISMO

Pr. Sérgio Aparecido Dias
Palestra proferida no Acampamento Batista Regular Canaã, 
de 26 a 28 / 02 / 2006


Textos: João 3:16; I João 2:15-17; 18,19 ; II Timóteo 4:9.10

INTRODUÇÃO

Conceitos de:

  1. Mundo e Mundanismo (João 3:16;  I João 2:15-17)
  2. Século e Secularização
  3. Cristo e Cristianismo
  4. Igreja, Religião e Religiosidade.

            Em João 3:16 Jesus afirma que “Deus amou o mundo”. Porém, em I João 2:15, o apóstolo  exorta a não amarmos o mundo “e nem as coisas que nele há!!!”.  A impressão que se tem é  de que existe uma discrepância, ou seja, uma contradição entre os 2 textos. Mas esta aparente discrepância desaparece quando examinamos o contexto de cada um.  Examinemos, pois:

  1. No primeiro texto, Jesus nos informa que a finalidade desse amor é proporcionar salvação a todos os que vierem a crer nEle.  Portanto, o termo mundo significa a totalidade das pessoas que habitam a terra, ou mesmo o universo, pois nada impede que daqui a alguns anos algumas pessoas estejam morando definitivamente em colônias espaciais (como é o caso de astronautas que chegam a permanecer meses em estações orbitais. Talvez alguém esteja se convertendo agora mesmo, numa dessas estações, quem sabe...);

  1. Na exortação do apóstolo João, a ênfase é de que nos afastemos dos 3 princípios básicos que originam o pecado, quais sejam: a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida.  Neste caso, o termo mundo significa mundanismo, também podendo ser interpretado por secularização.

Na sua 2ª epístola ao jovem Timóteo, no capítulo 4 e nos versículos 9 e 10, o apóstolo Paulo reclama do abandono por parte de seus companheiros Demas, Crescente e Tito. Parece-nos que Crescente e Tito decidiram trabalhar em outros campos missionários, desligando-se da liderança de Paulo e tornando-se obreiros independentes. Mas o apóstolo enfatiza que Demas, “ tendo amado o presente século”, abandonou-o. A impressão que se tem é de que Demas desviou-se e abandonou o evangelho.  Mas também é provável que ele não suportou os rigores da vida missionária e tenha resolvido deixar tudo para se dedicar a um negócio que lhe pudesse render dinheiro para o seu sustento.  Seja como for, o caso é que Demas “amou o presente século” ao tomar essa atitude. Amoldar-se aos princípios que regem o mundo é adotar o mundanismo e a secularização! Permitir a entrada de costumes que estejam em desacordo com os princípios bíblicos (ainda que lícitos aos padrões do mundo) é abrir as portas para a secularização.  Quando uma Igreja torna-se muito popular e agradável; ou quando é muito aplaudida, certamente nunca o é por estar realizando o seu trabalho evangelizador, mas por confundir evangelização com filantropia e por franquear o seu púlpito para artistas, cantores mundanos e políticos! Uma Igreja assim perdeu suas características cristãs fundamentalistas e secularizou-se! Babilonizou-se!!!

 Os três princípios que originam o pecado dos quais falou o apóstolo João, estão estabelecidos no livro de Gênesis, no triste episódio da queda dos nossos primeiros pais, no capítulo 3. Verifiquemos:

1 - Concupiscência dos olhos – “...e vendo a mulher que a árvore era agradável aos olhos...”
2 - Concupiscência da carne -   “...que a árvore era boa para se comer...”
3 - Soberba da vida – “...e árvore desejável para dar entendimento...”


            É de se notar a enorme influência da serpente sobre a mulher, pois somente a sugestão de que seriam “semelhantes a Deus” no conhecimento, foi o suficiente para que ela visse que a árvore era desejável para dar entendimento!  Isso pode nos parecer ridículo, mas não é exatamente isso que as pessoas do século XXI estão fazendo?  Os ímpios, que não têm o conhecimento da Palavra de Deus, acreditam que certos cristais podem trazer sorte, felicidade, prosperidade e saúde.  Por outro lado, os neopentecostais colocam a sua fé em pétalas de rosa de Saron, água do rio Jordão, óleo fabricado com olivas de Jerusalém,  a utilização do sal grosso, pulseiras de metal, ramos de arruda e outras grosseiras superstições, herdadas do paganismo europeu e do candomblé africano.

            Afinal, o que é “Cristianismo”? Acaso pode o efeito sobrepujar a causa que o originou, transformando-se numa outra versão, completamente oposta a essa mesma causa?  Seria a atual religiosidade “cristã” uma roupagem piedosa para práticas pagãs, uma “metamorfose” religiosa, ao invés da metanóia (do grego metanoia – conversão) neotestamentária? O verdadeiro Cristianismo é o efeito abençoado de uma grande causa (ou princípio) que o originou, ou seja: o Senhor Jesus Cristo! A verdadeira Igreja cristã é o corpo e a cabeça é Cristo!  Não se pode sequer imaginar um Cristianismo sem compromisso com Cristo, com a Bíblia e com a verdade.  O termo “religião” vem do latim religio e do verbo religare, que significa religar.  Quer dizer, religar o homem pecador com o Deus santo, restaurar a comunhão perdida no Jardim do Édem.  Mas Jesus veio exatamente para isso! Só Ele pode restaurar a comunhão perdida, através do seu sacrifício realizado na cruz do Calvário.  Impossível um Cristianismo sem o novo nascimento, sem a identificação com a cruz de Cristo, sem a aceitação de seu jugo!  A religião sem compromisso com Deus é uma farsa!!!     

            Mas o que se vê hoje é uma grande religiosidade, uma espécie de “avivamento às avessas”, ou seja: uma tentativa de atrair o Espírito Santo mediante as emoções e manifestações puramente carnais. Tenta-se vender a imagem de Cristo às massas, apresentando-o como alguém muito bondoso e extremamente identificado com as fraquezas humanas, a ponto de aceitar a todos como estão, sem exigir-lhes qualquer espécie de mudança ou compromisso.  Basta que se adotem comportamentos moderados, linguagem religiosa, freqüentem reuniões especiais para consagração de empresários, paguem pontualmente os seus dízimos (para que recebam muito mais em troca), participem de correntes de libertação de traumas, recebam a energia nas “reuniões de poder” e peçam a Deus a bênção da prosperidade.        Sem dúvida nenhuma, estamos vivendo em dias de crise de identidade eclesiástica e teológica. Na verdade, a Igreja sempre se deparou com crises ao longo de sua história, porém, não de modo tão sistemático quanto nesses últimos tempos.  Uma onda alarmantemente crescente de esfriamento espiritual tem varrido nossas igrejas, com o conseqüente esvaziamento das reuniões e cultos.  Diversas denominações resolveram adotar alguns programas e estratégias para tentar conter essa onda. Mas infelizmente, ao invés de utilizarem princípios bíblicos, tais como: oração, jejum, campanhas de consagração, cultos de doutrina e reuniões de confraternização, apelaram para o lado puramente emotivo e carnal.  Abriram, ou melhor dizendo, escancararam suas portas para entrar toda sorte de costumes e práticas alheias ao verdadeiro cristianismo.  Não se apresentaram a Deus como obreiros aprovados e nem manejaram bem a Palavra da verdade (II Tim. 2:15).

             Sob a discutível alegação de “fazer-se de judeu para ganhar os judeus” e “fazer-se de grego para ganhar os gregos” (imaginando que estão procedendo como o apóstolo Paulo) , absorveram a linguagem, a música e as táticas de marketing mundanas, transformando os púlpitos em palcos e passarelas de celebridades do meio artístico.  Os cultos deixaram de ser manifestações de louvor e adoração para se tornarem shows barulhentos, cheios de sons estridentes de instrumentos a pleno volume, danças, coreografias, gritos, vaias e assobios, com a predominância do rock e da gospel music.  Os sermões não mais enfatizam a conversão ou a dedicação de vidas no altar, mas exaltam a busca da prosperidade financeira, o bem-estar físico e a “cura interior” pela compreensão dos traumas da infância, usando técnicas de regressão e recursos de psicoterapia e psiquiatria.  Este é o triste e trágico retrato de muitas igrejas e denominações contemporâneas, cujos líderes são falsos apóstolos disfarçados (II Cor. 11:13).

              Qual o resultado? Bem...os templos se tornaram enormes catedrais, os membros são contados aos milhares, as ofertas arrecadadas avolumam-se em verdadeiras fortunas e muitos dos pastores dessas igrejas passam as suas férias na Europa e nos Estados Unidos.  E quanto à doutrina? E como fica a espiritualidade? E a identificação com a cruz de Cristo? E a fidelidade ao evangelho puro? O que esses “convertidos” e “decididos” estão praticando? Em que baseiam a sua fé?  Em que eles são diferentes dos ímpios? Os ímpios, que não têm o conhecimento da Palavra de Deus, acreditam que certos cristais podem trazer sorte, felicidade, prosperidade e saúde.  Por outro lado, os neopentecostais colocam a sua fé em pétalas de rosa de Saron, água do rio Jordão, óleo fabricado com olivas de Jerusalém,  a utilização do sal grosso, pulseiras de metal, ramos de arruda e outras grosseiras superstições, herdadas do paganismo europeu e do candomblé africano.  Este é o fim de um caminho trilhado na apostasia, baseado na fraude e no engano (Filipenses 3:2)

            Nós Batistas, especialmente os Batistas Regulares, temos que levantar nossas vozes em protesto, ainda que sejamos a minoria. Temos que afirmar que biblicamente é impossível um Cristianismo sem o novo nascimento, sem a identificação com a cruz de Cristo, sem a aceitação de seu jugo!  A religião sem compromisso com Deus é uma farsa!!!  Por mais que tais igrejas pareçam prósperas, por mais que cresçam, por mais que se multipliquem, delas jamais devemos sentir inveja e nunca devemos imitá-las. Elas confundiram simpatizantes com convertidos, crescimento com inchaço e fidelidade com interesse material.  Abandonaram os princípios bíblicos de água pura e foram saciar a sua sede nas cisternas imundas de água contaminada e infecta da secularização.  Para nós, só Jesus tem a água cristalina, pois Ele é a fonte (Ap. 21:6; 22:17; Jo. 4:10 e 14)!

I – INFILTRAÇÕES DO SECULARISMO NA HISTÓRIA DO CRISTIANISMO

            Secularismo e apostasia sempre andaram lado a lado, unindo as suas forças contra a Igreja cristã desde o seu início.  Os “judaizantes” do período apostólico causaram muitas dores de cabeça para a liderança naquele início de Cristianismo. Queriam que os cristãos observassem os ritos da velha lei de Moisés, inclusive a circuncisão, como requisito indispensável para obterem a salvação. Mas o apóstolo Paulo, o guerreiro intimorato, combateu esse retorno ao jugo de escravidão e impediu que os primeiros cristãos apostatassem de sua fé ( Gl.1:6,7; 5:1-5). Não entendiam que o velho judaísmo estava corroído pela secularização, comprometido com o mundanismo e com os princípios mercantilistas, a ponto de o próprio Senhor Jesus perder a paciência com os seus dirigentes ( Jo. 2:13-16; 8:44).  Paciência que o profeta João Batista já havia perdido há muito tempo (Mt. 3:7-10).   A religião judaica, ao tempo de Jesus e durante o período apostólico, era manobrada pelo império romano, que até indicava os que deveriam assumir o cargo de sumo-sacerdote.  Quando a Igreja surgiu e levantou a bandeira da independência estatal, renegando qualquer outro deus além do Senhor Jesus e pregando um reino eterno e sem corrupções, atraiu a ira dos aliados ao poder e à corrupção de Roma.  Enquanto os judeus apóstatas gritavam: “não temos outro rei senão César”, o apóstolo Pedro bradava: “importa antes obedecer a Deus do que aos homens!”  Os verdadeiros seguidores de Jesus jamais compactuaram com o erro e nunca contemporizaram com o mundanismo. 
  
Aqueles que tentaram fazer isso foram severamente punidos (At. 5:1-10).  E os homens de Deus não pouparam aqueles que tentavam desfazer a obra do Evangelho (At. 7:51-53; 8:18-21; 13:6-11).  Os cristãos padeceram muitas perseguições durante mais de 3 séculos.  O sangue dos mártires selou a fidelidade dos crentes verdadeiros, iniciando por Estevão (At.7:54-60) e mais tarde Tiago (At.12:1,2). Depois destes, muitos milhares sucumbiram através dos séculos.  Uma grande parte de cristãos, infelizmente, foi morta pela própria igreja que se dizia cristã, depois que o Cristianismo tornou-se a religião oficial do império. Assim, homens e mulheres cujos nomes nos são desconhecidos, aliaram-se a vultos de destaque como Jerônimo Savonarola, John Huss, Wyclif ,Tyndale, todos condenados à fogueira.  Miguel Satler, antes de morrer queimado, teve a língua arrancada e pedaços de seu corpo tiradas com pinças de ferro em brasa. Baltazar Hubmaier, um líder anabatista, foi morto na fogueira no dia 10 de março de 1528 , em Viena, capital da Áustria; sua esposa teve uma pedra amarrada ao pescoço e lançada viva no rio Danúbio, 4 dias depois. Apesar de pertencerem ao período da Idade Média, eles também são heróis da fé, juntamente com a nuvem de testemunhas de Hb 11:32-12:1.   Mas no 4º Século ocorreu uma reviravolta na História da Igreja.  No ano 313 aconteceu a (“#*conversão*”) do imperador Constantino à fé cristã.  Notem que eu coloquei o termo conversão entre vários sinais de ressalva e até entre parêntesis.  Acontece que eu tenho minhas dúvidas quanto a essa “conversão”.  Constantino disse ter tido a visão de uma cruz e ouviu uma voz que dizia: “com este sinal vencerás”.  Conseguiu o apoio dos cristãos e venceu uma grande batalha. Depois disso encheu-se de autoridade e passou a dar palpites até em concílios, decidindo sobre assuntos teológicos, os quais, aliás, não lhe diziam respeito.  Convocou e financiou o Concílio de Nicéia, em 325 d.C.  Mais que isso, ele presidiu o Concílio e influenciou diretamente todas as decisões ali tomadas. O Cristianismo agora era a religião do imperador.

            Finalmente, em 380 d.C. o Cristianismo tornou-se a religião oficial do império, com a subida ao trono do imperador Teodósio.  Então a Igreja tornou-se estatal, sendo custeada e sustentada com dinheiro público.  Os outros cultos foram proibidos, abolidos e perseguidos.  A Igreja, que antes era perseguida, passou a perseguir.  Os que antes haviam derramado sangue passaram a derramar o sangue de outros, que defendiam uma fé diferente ou uma outra forma de culto.  Passado o curto período dos chamados “pais da Igreja” e dos “apologistas” e “polemistas”, que escreveram teses descrevendo e defendendo a fé cristã (entre 100 e 250 d.C.), a Igreja foi perdendo as suas características neotestamentárias e foi se babilonizando pouco a pouco.  Ao permitir a  mistura entre a verdade e o erro, tomou um rumo sem volta e caiu num abismo sem fim. Passou a adotar práticas e costumes pagãos, utilizando velas, símbolos mágicos, sinais, trajes sacerdotais, cruzes, imagens de escultura e uma infinidade de rituais antibíblicos e heréticos.   O fundo desse abismo foi a adoção do papado, o catolicismo romano e a “santa” inquisição.   Eis aí o “cristianismo” secularizado!

            Mas o verdadeiro Cristianismo (esse sim, com “C” maiúsculo) continuou puro, apesar de escondido e marginalizado.  Os Albigenses, os Valdenses, os Petrobrussianos, os Huguenotes e os Anabatistas levaram avante as doutrinas neotestamentárias, apesar de existirem algumas divergências doutrinárias entre eles.  Mas o tesouro doutrinário que nos legaram e as práticas fundamentalistas são o nosso supremo bem, tais como:

·         Igreja formada exclusivamente por regenerados e convertidos
·         Batismo por imersão
·         Igrejas locais e autônomas
·         Independência total do Estado
·         Fidelidade intransigente ao fundalismo neotestamentário
·         A Bíblia como regra exclusiva de fé e prática


 Depois desse pequeno  e abreviado panorama histórico, chegamos à seguinte conclusão: qualquer desvio da Bíblia, qualquer adulteração da Palavra, por pequena que possa parecer, constitui-se em apostasia e secularização.  A secularização, portanto, consiste em adotar princípios que regem este mundo, no que diz respeito ao modo de viver, de pensar e de crer.  O sincretismo religioso (que é a mistura de doutrinas religiosas), o mundanismo e o ecumenismo praticados hoje em dia, são a linha de frente da secularização.    

II – O CRISTIANISMO CONTEMPORÂNEO E A SECULARIZAÇÃO

            Textos: Tito 1:9,-11; 13,14; I Timóteo 6:3-5; II Timóteo 4:1-4;

            Reter firme a Palavra  (Tt. 1:9) – Só se retém a Palavra se houver fidelidade irrestrita ao Evangelho e à doutrina. Quem absorve a mensagem e a torna parte integrante de sua estrutura espiritual, fica imune às heresias e aos costumes mundanos de procedimento. Paulo assevera: “fiel é a Palavra e digna de toda a aceitação” (I Tim. 1:15).  A falta de leitura e de estudo sério da Palavra é um fator determinante para a queda e para a apostasia. Insubordinados, faladores vãos e enganadores (Tt. 1:10) – Toda e qualquer interpretação da Bíblia fora de seu contexto e do consenso é uma insubordinação. Insubordinada é a pessoa que não aceita se colocar debaixo de autoridade, controle ou regra. Os obreiros ou líderes neopentecoscais e carismáticos, de um modo geral, rejeitam qualquer forma de autoridade ou liderança, que não seja do seu sistema próprio de crença nos dons e manifestações “sobrenaturais”.  Guiam-se por “revelações”, “profecias”, “visões” e “sonhos proféticos”.   Também admitem “inspirações” e “palavras de poder”.  E se a “revelação” disser que se pode adotar um certo ritmo, um tipo de música ou dança, com o objetivo de “ganhar almas”, então eles adotam e crêem que é uma obra do Espírito Santo!  Quando algum cantor, jogador ou ator de novela se “converte”, logo é colocado em lugar de destaque e se torna divulgador da igreja, ou até mesmo “obreiro”. Conseqüentemente, os seus costumes e práticas de marketing, manipulação das massas e sedução de platéias se incorporam ao seu desempenho “evangélico”. 

            Essa é a principal razão de termos no meio evangélico rapazes usando brincos, cabelos compridos, barbas no estilo “maluco beleza” e diversos grupos de jovens cantando rap, hard rock, baião, xaxado, forró, etc., todos rotulados de “evangélicos”.  Faz parte da chamada “gospel music” até estilos “musicais” de grupos de marginais das grandes penitenciárias do país, inclusive usando termos profanos ao se referirem ao Senhor Jesus. Já não bastava a Xuxa afirmar que recebe ajuda “do cara lá de cima”? Parece que a coisa agora descambou de vez. E já é normal ouvirmos em programas “evangélicos” um certo estilo “brega evangélico”.  Sem contar com o “boi evangélico” e o “bloco carnavalesco de Jesus”.  Ou como pronunciou, no carnaval do ano passado, um “pastor” todo fantasiado e com a voz rouca: “...temos que demonstrar uma alegria sadia e mostrar que também podemos brincar um carnaval puro, cantando para Jesus”!  É....talvez ele possa cantar para aquele palhaço que se auto-denomina “inri cristo”, e também se intitula “jesus” (permitam-me escrever esses nomes em minúsculo mesmo)!!!

            Não poderia ser outro o resultado de tão grande desrespeito à Palavra de Deus e aos seus santos ensinamentos.  Mas os adolescentes e os jovens crentes vêem o comportamento desregrado desses “evangélicos” e questionam: “se eles são crentes e salvos, porque que eu também não posso proceder como eles procedem? Será que a minha Igreja estacionou no tempo e não consegue  acompanhar o sistema moderno de Deus nos falar? Se tantos sinais e milagres acontecem entre eles e se conseguem ganhar tantas almas, porque razão nós não conseguimos crescer”?  Eu compreendo esses questionamentos, mas também quero questionar. Pergunto o seguinte: desde quando a  quantidade representa a qualidade? Você gostaria de comprar 100 pães embolorados e duros por R$ 1,00 em lugar de comprar apenas 10 pães de boa qualidade pelo mesmo valor, só porque são em quantidade maior?  Ou será que trocaria 2 bois por 6 carneiros, só porque 6 é maior do que 2?  Você faria um negócio comigo, trocando sua nota de R$ 20,00 por um lindo cofrinho, contendo 100 reluzentes e brilhantes moedas de 10 centavos?  Espero sinceramente que suas respostas sejam “não”, caso contrário, vou duvidar de sua sanidade mental ou de seus conhecimentos de matemática!!!


            Outra doutrina: a piedade como fonte de lucro (I Tim. 6:3-5) – A “outra doutrina” é um ensinamento em desacordo com a sã doutrina. Tal ensinamento interpreta a Palavra a seu bel prazer e de acordo com os padrões deste século. Isso não significa que vão beber, fumar e cometer adultério, mas deixarão de usar cautela quanto a comportamentos, usos e costumes, que possam colocar em risco o testemunho do Evangelho.  Permitem que os jovens de seu movimento usem tatuagens, símbolos da nova era em suas camisetas, vestes curtas e provocantes, além de terem por ídolos componentes de grupos de hard rock, como: Kiss, Iron Maden, Sepultura e outros, declaradamente adeptos do satanismo, das drogas e da promiscuidade sexual.  É de se notar a influência desses roqueiros nas chamadas “bandas evangélicas” nesses últimos anos. Os membros dessas “bandas” usam roupas esquisitíssimas, cabelos compridos e desgrenhados, danças sensuais, requebros e maneios de corpo parecidos com os de seus ídolos, os quais procuram imitar até no som cavernoso e rascante de suas vozes roucas e ásperas. Geralmente seus shows são promovidos por políticos evangélicos, famintos por votos. E também por associações e grupos culturais, sedentos de dinheiro e famintos por lucro.  Essas igrejas se enchem e transbordam, são obrigadas a reformar e aumentar suas estruturas para caber tanta gente interessada em mudar de vida, não espiritual, mas financeira, receber cura para as suas mazelas e conforto para seus chiliques emocionais, aos quais chamam de “traumas do passado”.

            Até que isso rende muito, a televisão já mostrou obreiros carregando pesados fardos e sacos cheios de dinheiro, através dos gramados do Maracanã, lotado com quase 200.000 pessoas.  Mas é um dinheiro maldito e sujo, tirado de pessoas simplórias e crédulas, inocentemente sugadas até ao último centavo, pela arenga fraudulenta e a lábia convincente de um astuto pregador milagreiro, que promete até fazer crescer cabelo nas palmas das mãos, pela “oração da fé”!  Eu sei que exagerei um pouquinho, mas é mais ou menos isso que acontece nos tais “espetáculos de fé”.  Bem...que são espetáculo não restam dúvidas, pois levam em suas reuniões cantores famosos e grupos e bandas já consagradas no meio evangélico. Mas nada têm quanto à legítima fé.  O que ensinam na verdade, não passa de sugestão mental, técnicas de hipnose grupal e pretensas curas de males, geralmente todos psicossomáticos.  Calma, eu explico: são sintomas da mente, psicos (do grego psice - psiquê, alma ou mente) que se refletem no corpo, soma ( do grego soma - corpo).  Resumindo, uma doença psicossomática tem origem na mente (seja por sugestão ou perturbação) e se reflete na parte  física, através de sintomas, como dores e até deformações ou hematomas.  Podem causar a morte.

            E é justamente nessa área de manifestações psicossomáticas que trabalham os macumbeiros, feiticeiros, pais de santo e milagreiros “evangélicos”.  Por isso, não podemos aceitar seus métodos e nem imitá-los em seus procedimentos, pois estaremos nos secularizando.  E sabem por quê? A resposta está em II Cor. 4:4. Está escrito que o diabo é o deus deste século e que ele tem cegado o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho!  Infelizmente essa cegueira tem afetado muitos membros outrora fundamentalistas, que se bandearam para esses movimentos “avivados” e trocaram a pura adoração pelo sensacionalismo emocional.  Fica o alerta, não só em I Tim.6:3-5, bem como em II Pe. 2:3, que afirma que os falsos obreiros, movidos pela ganância e usando palavras fictícias, nos usarão como objetos de comércio. Aliás, a palavra de ordem nesses movimentos é: prosperidade.  A isca que usam para atrair adeptos relaciona-se somente com as coisas materiais e com o bem-estar físico: curas, milagres, orações para conseguir um bom emprego, campanha de oração com o objetivo de prosperar financeiramente, etc.  Claro que podemos (e até devemos) confiar em Deus para que cure as nossas enfermidades e devemos pedir-lhe o auxílio para crescermos em nossas profissões e também podemos clamar quando estivermos em dificuldades financeiras.  Mas não devem ser esses os motivos que deverão levar alguém a buscar a conversão. E nem podemos utilizar o argumento da prosperidade e nem a busca dos bens materiais para atrair as almas perdidas.  Só e tão somente o arrependimento pelos pecados cometidos contra Deus e a angústia por ter praticado o mal, podem abrir a porta da salvação ao pecador e levá-lo aos braços de Jesus, para receber o perdão, ser regenerado e transformado em filho de Deus.

             Infiltrações dissimuladas (Gl. 2:3; II Pe. 2:1) – Dissimuladas quer dizer encobertadas e mostram muito bem o caráter de infiltração desses costumes e doutrinas.  Barnabé, um dos companheiros do apóstolo Paulo, quase caiu na conversa mole dos judaizantes e por pouco não abandonou a sã doutrina! A razão é que eles usam argumento quase bíblico, uma explicação quase correta e um ponto de vista quase cristão.  E também usam uma meia dúzia de versículos e textos bíblicos fora de seu devido contexto. O resto eles misturam com uma grande quantidade de papo furado e apresentam como sendo a grande maravilha teológica do século.  E tem muita gente que cai nessa conversa fiada!  Eis a razão de existirem hoje em dia pessoas completamente carnais, infiltradas no meio evangélico como se fossem crentes autênticos.  Mas basta uma pequena provação ou reprovação de seus atos por parte dos dirigentes, para que abandonem a Igreja e procurem outro movimento onde se sintam bem. Outros sentidos para dissimulado são: velado, escondido ou disfarçado.

            III – O ANTÍDOTO DA SECULARIZAÇÃO

            Textos: II Tim. 4:2; Rm. 13:12-14; Ef. 4:17-19;22-24; 5:6-11

            Prega, exorta, repreende, corrige (II Tim. 4:2) – O uso correto da Palavra é o único poderoso antídoto contra o veneno da antiga serpente que é o diabo e satanás (apesar das regras gramaticais, eu não vou escrever esses nomes em letras maiúsculas não!!!), e o estudo da Bíblia se torna vital para a sobrevivência da nossa fé. Embora possa parecer estranho para os dias de hoje, o crente deve contestar e denunciar o comportamento corrupto e antibíblico da assim chamada “cristandade” do fim dos séculos. De maneira alguma devemos nos associar com eles e muito menos compartilhar os nossos púlpitos.  Nada temos que aprender com eles, e eles nada querem aprender de nós. Não devemos participar do circo do ecumenismo e nem fingir uma união que não existe.  Na verdade, o mundo nos odeia e nós devemos odiar o mundanismo.  Devemos amar os pecadores, mas odiar o pecado que cometem e jamais praticar aquilo que praticam.
Despojamento e revestimento (Ef. 4:22-24; Rm. 13:14; Fp. 3:8) – Abandonar tudo quanto se relaciona com os princípios mundanos e consagrar-se inteiramente ao Senhor Jesus. Este é o único meio de se livrar dos laços do secularismo. Não se trata tão somente de se adaptar aos costumes e tradições de uma Igreja, mas viver a vida digna do Evangelho de Cristo.  O crente verdadeiro está morto para o mundo e vivo para as coisas de Deus. Não pode sentir prazer nas coisas da carne, pois o que permanece nele é a divina semente e não pode viver pecando, porque é renascido de Deus e pertence ao reino dos céus (I Jo. 1:5-9; 3:6-9; 5:18,19). O crente é um pecador regenerado. Quando ele peca reconhece que pecou, confessa o pecado, pede perdão e se reconcilia com Deus. Dependendo do caso, tem até de ser julgado e disciplinado pelo tribunal da Igreja, a fim de que seja corrigido para o seu próprio bem e para o bem comum da Igreja.


CONCLUSÃO


            Tudo aquilo que ultrapassa os ensinamentos da sã doutrina, ou que esteja em desacordo com os princípios de vida adotados pela Igreja, devem ser considerados mundanos e seculares.  Especialmente os “modismos” e “modernismos” que surgem de vez em quando. Devemos estar atentos a esses perigos, pois satanás (novamente vou desobedecer as regras gramaticais!) nos rodeia, esperando o momento mais adequado para tentar nos derrubar. Cautela, cuidado e vigilância devem fazer parte da nossa armadura (Ef. 6:10-18).  A seguir, examinaremos alguns perigos ocultos na modernidade e o que podemos fazer a respeito.


 A Televisão e a Mídia da globalização – Desde o surgimento e a expansão das conquistas da eletrônica, a tecnologia tem sido utilizada para a divulgação do Evangelho. Os bons e velhos programas de rádio ainda estão aí, cumprindo com eficiência o seu papel evangelizador. Mas surgiu a televisão e as coisas mudaram drasticamente. Uma nova preocupação agora é com a imagem que os telespectadores vão receber em suas casas. Os padrões antigos caíram por terra e novos padrões foram estabelecidos no setor da comunicação em massa. Novamente a questão delicada dos critérios bíblicos serviu de embaraço e tropeço para muita gente. Para conquistar o público, muitas igrejas transformaram o seu sistema evangelizador em verdadeiros shows televisivos, para atrair e divertir as massas, ao invés de simplesmente pregar o Evangelho.  Claro que temos que saber usar a tecnologia moderna à nossa disposição. Podemos treinar as nossas equipes e prepará-las adequadamente para o trabalho. Todos os recursos audiovisuais deverão ser explorados, bem como as técnicas de teledramaturgia e cinematográficas. Filmes evangélicos, com mensagem e conteúdo comprovadamente bíblicos devem ser utilizados, bem como clipes de música cristã verdadeira (se passarem pela peneira da sã doutrina!), além de testemunhos, entrevistas e debates. Porém...cuidado com a denominada “globalização”! É uma tentativa de nivelar todos os credos, doutrinas e pensamentos políticos numa só direção, para que haja um controle universal. Isso cheira, ou melhor, fede a enxofre e é o embrião do anticristo. Sabemos que um dia ele se utilizará desses recursos tecnológicos, para divulgar sua doutrina, controlar e vigiar os passos de cada cidadão no mundo. Ele será o Big Brother (o Grande Irmão), atento a tudo o que se passar nesse planeta. Essa vigilância já está se infiltrando pouco a pouco e as pessoas estão sendo doutrinadas a ver isso como fato normal. Aqui no nosso Brasil, a Rede Globo se encarrega de ensinar os brasileiros e também todos os sul-americanos, através do Globo Sat (esse “Sat” até parece abreviatura de Satanás, não é mesmo?). E, no resto do mundo, empresas globalizadoras, como a C.N.N. e a E.S.P.N. fazem o mesmo a nível mundial.

            A Internet, os Sites e os E-mail’s – Nada surgiu igual ao computador nesses últimos séculos e nem em qualquer outra época do mundo. As enormes facilidades de divulgação, intercâmbio e disseminação de idéias chegam a ser assustadoras. Qualquer um pode fazer parte dessa grande rede mundial de computadores, basta ter um computador em sua casa, um Modem e uma linha telefônica, ou uma ligação por cabo de fibra ótica. O termo universal utilizado é Wide Word Web e significa Teia de Aranha de Alcance Mundial. Chega a dar arrepios, não é? Pois é....trata-se de um emaranhado de comunicações e dados os mais diversos que se possa imaginar. Mas também representam uma devastadora armadilha, de onde não se pode fugir facilmente. No controle dessa teia, o inimigo de nossas almas, como se fosse uma aranha maligna, escravizará, dominará e controlará cada movimento dos seres deste planeta, todos quantos não forem arrebatados na 2ª vinda de Cristo, quando Ele vier nas nuvens para nos buscar e levar consigo. Mas enquanto isso não acontece, vamos nos utilizar dessa tecnologia a nosso favor. Como?  Criando Sites de divulgação do Evangelho e de debates bíblicos, páginas eletrônicas (chamadas Home Pages), salas virtuais de videoconferência, listas de correio eletrônico (conhecidos como E-mail) e tudo o que estiver ao nosso alcance e à nossa disposição, para executar o nosso trabalho de missões virtuais. Também podemos espalhar pela Internet versões da Bíblia Sagrada, estudos bíblicos, sermões doutrinários, alertas e denúncias contra heresias, mensagens de ânimo para os crentes, enfim.... não tem fim!  Espero que este simples e pequeno trabalho sirva aos queridos irmãos como ferramenta para corrigir o erro, levantar os ânimos e estimular ao trabalho missionário, em todos os níveis (local, mundial,transcultural). Se isso acontecer, dar-me-ei por muito bem recompensado e realizado.


F I M


Pr. Sérgio Aparecido Dias
Fone: 91340296
Podem imprimir e divulgar livremente, lembrando-se tão somente de citar a fonte, ok?       
 

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

G12 - O FRUTO DO ENGANO

Márcio Argachof
JesusSite


Revisores Teológicos:
Pr. Alexandros D. Meimaridis e Pr. Magno Paganelli


Versículos chave:

Surgirão ventos de doutrinas (Ef. 4.14, Hb. 13.9, 2 Tm. 4.3-4);
Surgirão falsos cristos e falsos profetas (Mt. 24.24);
Devemos ter cuidado com os falsos profetas (Mt. 7.15);
Haverá apostasia (2 Ts. 2.3);
Alguns apostatarão da fé (1Tm. 4.1-2);
Não devemos mudar nosso entendimento (2 Ts. 2.2);
Devemos ficar firmes e guardar as tradições (2 Ts. 2.15);
Devemos permanecer naquilo que aprendemos (2 Tm. 3.14);
Devemos reter a Palavra, que é igual à doutrina (Tt 1.9);
Quem não permanecer na doutrina não é de Deus (2 Jo 9).

 Sobre as versões da Bíblia usadas, em geral, utilizei a ARA - Almeida Revista e Atualizada. Para efeito prático, sempre que não for a ARA, haverá uma indicação de qual versão foi usada, dentre as seguintes versões:
ARC - Almeida Revista e Corrigida
ECA - Edição Contemporânea de Almeida
ACF - Almeida Corrigida Fiel
BEAP - Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
NVI - Nova Versão Internacional
NTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Introdução:

Aos amados irmãos,

Que a Graça e a Paz que somente Jesus pode dar, estejam convosco agora e sempre!

Em primeiro lugar, gostaria de registrar aqui que amo aos irmãos da minha igreja. E se tomei a iniciativa de escrever este trabalho, foi movido por uma grande preocupação com os rumos que a Igreja como um todo tem tomado. Tenho visto nos últimos meses, irmãos valiosos e queridos se afastando da igreja. Alguns foram para outras igrejas Cristãs, mas alguns, simplesmente sumiram. Não é possível permanecer calado vendo a Palavra de Deus sendo ignorada, deturpada ou simplesmente deixada de lado. Vamos, em nome de Jesus, e da preservação de nossa fé na sã doutrina, buscar confirmação de tudo pela Palavra, como bons bereanos:

"Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim" Atos 17:11

Antes eu conhecia o G12 de ouvir falar, mas após quase dois anos conhecendo-o pessoalmente, e também após ter lido o livro de Castellanos "Sonha e ganharás o mundo", espécie de cartilha do movimento, aceita como verdade de Deus pelos gedozistas, senti aumentar a urgência em elaborar um estudo mais profundo sobre o que vem acontecendo nas igrejas que abraçaram a "visão".

MOVIMENTOS CLONE:
A "visão" em questão assumiu várias formas e nomenclaturas, principalmente desde o final de março de 2005, quando Castellanos revelou aos seus seguidores, que a partir daquele momento ia querer receber um determinado valor das igrejas que usassem a marca G12. Por isto é comum hoje encontrarmos igrejas que não mais usam o termo "G12", mas continuam aplicando os mesmos ensinamentos, ou melhor, distorções doutrinárias aprendidas enquanto seguiam Castellanos. Portanto, caso ouçam falar em "Movimento dos 12", "M-12", "Visão Celular", "Igreja em Células", ou algo parecido, certamente estarão diante dos mesmos ensinamentos originais do G12 com uma nova roupagem para que não seja necessário pagar nenhum royaltie ao "profeta" original César Castellanos.

É bem verdade que nem todas as igrejas adotaram a visão do G12 na íntegra, e por isto podem não apresentar todas as características aqui abordadas, mas como os métodos do G12 seguem muitas vezes caminhos perigosos, procurei mostrar os pontos críticos do movimento à luz da Palavra. Ressalto que não pretendo esgotar o assunto, mas sim lançar luz sobre um tema que tem sido motivo de muita dúvida no meio Cristão. Também ressalto que não possuo formação teológica, e por isto me preocupei em fazer uma ampla pesquisa na Bíblia em suas várias versões, diversos livros, sites, dicionários e enciclopédia teológica, além de pedir a irmãos valorosos, formados em teologia que analisassem este trabalho.

Por isto, caso algum irmão, perceba algum erro neste estudo, afinal estamos todos sujeitos a errar, entre em contato para que eu providencie a devida correção pelo e-mail marcio_argachof@hotmail.com.

Quero deixar claro que todos os irmãos envolvidos em igrejas que adotaram a "visão G12", ou uma de suas variações, são irmãos valorosos, tanto para mim como para Deus. Portanto, não é meu intuito menosprezar nenhum destes irmãos, pois sei que se Deus permitiu que eu mesmo freqüentasse uma igreja dentro da "visão", Ele tinha um propósito perfeito, como certamente tem para os irmãos gedozistas, e Glória a Deus por isto. Entendo que Deus tem trabalhado na vida destes irmãos, e que no tempo Dele as verdades aparecerão, para que no final desta "ventania", certamente muitos tenham crescido na Palavra, lutando um bom combate, e guardando a fé, conforme Paulo nos ensinou.

Mesmo discordando destes irmãos, registro aqui meu profundo respeito por suas opiniões, e pelo seu livre arbítrio. Tal diversidade de opiniões é um importante exercício para todo o povo de Deus, pois certamente o Senhor alegrar-se-á em nos ver unidos diante das tribulações e principalmente conservando nossa fé nas Escrituras.

É importante destacar que este material não foi escrito com a pretensão de fomentar nenhum tipo de discórdia ou divisão no Corpo de Cristo. Pelo contrário, o fortalecimento do Corpo de Cristo é o real objetivo, e para tanto a busca das verdades bíblicas e da sã doutrina são, em primeira e última análise, o melhor caminho.

Um agradecimento especial a minha esposa Miriam, que tanto contribuiu neste trabalho, com suas orações e abençoadas reflexões sobre cada tópico aqui abordado, e também agradeço ao meu grande amigo Pr. Alex, por sua imensa paciência em analisar este trabalho e me ensinar os mais profundos caminhos da Palavra.

Enfim, toda a honra e glória sejam dadas a Deus!

Boa leitura, e que Deus seja convosco!
Márcio Argachof


Uma palavra sobre a fé

A fé na são doutrina é o que procuramos preservar com este trabalho, mas antes de começar, gostaria de citar George Muller, um verdadeiro homem de fé:

"Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. Foi por ela que os antigos alcançaram bom testemunho. Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê." Hb. 11:1-3

"Que é fé? Na maneira mais simples de que eu sou capaz de expressar, respondo: Fé a segurança de que as coisas que Deus tem dito em sua Palavra são verdade e que Ele age de acordo com sua Palavra. Esta segurança, esta confiança na Palavra de Deus, é fé.

Podemos dizer que fé não é questão de impressões, nem de probabilidades, nem de aparências. As impressões vêm da razão humana, que, na melhor das hipóteses, não é digna de confiança. A fé, por outro lado, baseia-se na invencível Palavra de Deus; não são as impressões, fortes ou fracas, que farão qualquer diferença. Temos de agir com base na Palavra escrita. Temos de confiar na Palavra escrita, e não em nós mesmos ou em nossas impressões.

As probabilidades não devem ser levadas em consideração. Muitas pessoas estão dispostas a crer, relativamente, nas coisas que lhes parecem prováveis. Fé não tem nada a ver com probabilidade. A fé começa onde cessas as probabilidades, e a visão e o senso falham.

Muitos filhos de Deus estão desanimados e lamentam sua falta de fé. Muitos têm-me escrito e dito que não têm impressões nem percepções, que não vêem nenhuma probabilidade de que aquilo que desejam se realize (Lc 18:27). As aparências não devem confundir nossa fé. A questão, certamente, é esta: Deus falou deste assunto em sua Palavra? Se falou, essa é a base da fé. Por causa de tantas impressões, probabilidades, aparências e problemas sem importância relacionados à fé é que temos tão poucas bênçãos entre nós."

(George Muller, Homem de Fé, Edições Vida Nova, pgs.28 e 29)

A necessidade de se examinar algumas teorias

À luz das obras dos espíritos enganadores e seus métodos de engano, fica claro que devemos analisar minuciosamente as teorias, conceitos e expressões do século XX a respeito das coisas de Deus e de Sua obra no homem, pois somente a verdade de Deus, e não as "visões" da verdade, terá alguma utilidade na proteção ou nesse conflito com os espíritos malignos nos lugares celestiais.


Tudo o que é, em qualquer grau, resultado da mente do homem natural (1Co 2.14) se mostrará apenas como "armas de palha" nessa grande batalha. Se nos apoiarmos nas "visões da verdade" de outros ou em nossas próprias idéias humanas sobre a verdade, Satanás usará exatamente essas coisas para nos enganar e, até, nos fará crescer e aprofundar-nos nessas teorias e visões a fim de que, encoberto por elas, possa atingir seus objetivos.

Não podemos, portanto, nesse tempo, superestimar a importância de os crentes terem mente aberta para "examinar todas as coisas" que já pensaram ou ensinaram em relação às coisas de Deus e ao mundo espiritual: todas as "verdades" que eles têm sustentado, todas as frases e expressões que usaram em seus "ensinamentos sobre santidade" e todos os "ensinamentos" que absorveram por meio de outros. Pois qualquer interpretação errônea da verdade, quaisquer teorias e frases que são concebidas pelo homem e podem se aprofundar cada vez mais em direção ao erro terão conseqüências perigosas para nós mesmos e para outros no conflito que a Igreja e o crente individual estão agora enfrentando. Já que nos "últimos dias" os espíritos malignos virão a eles com enganos de forma doutrinária, os crentes têm de examinar com cuidado o que aceitam como "doutrina", para provar se, na verdade, elas não são dos emissários do enganador.

(Jessie Penn Lewis, GUERRA CONTRA OS SANTOS, Tomo 1, Editora dos Clássicos)


Objetivo:

As igrejas que adotaram a "visão" do modelo de governo dos 12, ou G12, apresentam diversos posicionamentos não bíblicos. São irmãos que amo, mas que tomados por uma espécie de "paixão cega" por uma "visão" que pensam ser de um pastor colombiano chamado César Castellanos Domínguez, fundador da MCI - Missão Carismática Internacional em Bogotá na Colômbia, nem sequer se puseram a investigar as reais origens deste movimento, bem como adotam uma postura pragmática, ou seja, uma postura pela qual não importam os meios para se chegar ao objetivo de evangelizar, multiplicar membros, e formar mega-igrejas.

A MCI de Castellanos, tem planos bem pouco modestos de expansão, haja visto que sua doutrina tem alcançado muitos países das Américas do Sul e do Norte, e Europa onde atualmente existem igrejas que adotaram a "visão", aliás foi nesta "visão" que Castellanos teve a "revelação" que iria conquistar as nações (estudaremos isto adiante). Mas, amados irmãos, lembremos que tudo o que é de Deus, está em harmonia com as leis de operação de Deus descritas nas Escrituras; por exemplo, "movimentos de alcance mundial" pelos quais multidões serão ganhas não estão de acordo com as leis de crescimento da Igreja de Cristo mostradas na parábola do grão de trigo (Jo 12.24), na lei da cruz de Cristo (Is 53:10), na experiência pela qual Cristo passou, na experiência de Paulo (1Co 4:9-13), no "pequenino rebanho" de Lucas 12:32 e no fim da dispensação profetizado em 1Tm 4:1-3 e 6:20.

Esses movimentos, dentre eles o G12, rejeitam as formas bíblicas de evangelismo através dos testemunhos pessoais dos crentes que tendo suas vidas renovadas por Cristo, manifestam a "olhos vistos", a presença dos frutos do Espírito Santo. Para o G12 a quantidade de pessoas na igreja é o objetivo maior, não investindo em amadurecimento através de ensino teológico sólido. Na prática isto tem gerado centenas de "adesões" e não conversões verdadeiras, levando as igrejas gedozistas por um caminho perigoso e auto destrutivo.

Sinto-me bem à vontade para analisar este movimento, pois quis o Senhor Deus que eu e minha família estivéssemos numa igreja, a princípio Batista, mas que abraçou a "visão" e com isto acabaram por romper com a Convenção Batista, e mais ainda, tem se empenhado sistematicamente em repudiar qualquer ato ou pessoas que lembrem o modo de agir das igrejas tradicionais. Neste caso, uma peculiaridade é que os gedozistas rotulam de tradicional, toda e qualquer igreja Cristã que não seja em células e sob o "governo dos 12".

Portanto, o objetivo deste estudo é apresentar aos irmãos que porventura estejam tendo contato com o G12, os pontos desta doutrina que são contrários a Palavra de Deus. Logicamente existem várias posições assumidas pelos gedozistas que são positivas, no entanto, tais atitudes positivas em meio a doutrinas e atividades heréticas, acabam por ter o efeito contrário, provocando em muitos casos divisões nas igrejas, com a saída de muitos membros por não concordarem com os métodos adotados. Tais divisões nem sempre são nítidas, pois à primeira vista vemos uma igreja repleta de pessoas, mas aos olhos atentos é difícil deixar de constatar que tais pessoas são novas na fé, ou ainda estão somente de passagem para conhecer, tornando a ilustração da "porta dos fundos maior que a da frente" mais real do que nunca.

E após a análise cuidadosa de cada ponto aqui apresentado sob a luz da Palavra, conclamo aos irmãos, que entrem em jejum e oração, pedindo nada mais do que seja feita a vontade do Pai, que é verdadeira por definição e também pedindo que os espíritos enganadores em ação hoje na igreja gedozista, sejam expulsos em nome do poderoso nome de Jesus. A ação de tais espíritos das trevas foi prevista por Paulo em sua Segunda Carta aos Tessalonicenses (2Ts 2:4), onde ele fala da manifestação daquele que enganará a tal ponto os cristãos que conseguirá entrar no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus", sendo sua presença parecida com a de Deus; no entanto, isso é:

"segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais de prodígios da mentira, e com todo engano" 2Ts 2:9-10


Expressões, "visões" e doutrinas precisam ser examinadas

De acordo com essas direções da Palavra de Deus e em vista do tempo crítico pelo qual a Igreja de Cristo está passando, toda expressão, "visão", ou teoria que temos em relação às coisas em geral deve ser examinada cuidadosamente e levada à prova, com um desejo aberto e honesto de conhecer a pura verdade de Deus, bem como toda declaração que ouvimos da experiência de outros que possa trazer luz ao nosso próprio caminho. Cada crítica, justa ou injusta, deve ser recebida com humildade e examinada para se descobrir sua base legal, se é aparente ou real. Da mesma forma, fatos a respeito de verdades espirituais de todas as partes da Igreja de Deus devem ser analisados, independente do prazer ou da dor que nos tragam pessoalmente, tanto para nosso próprio esclarecimento como para nos preparar para o serviço de Deus. Pois o conhecimento da verdade é a primeira coisa essencial na guerra contra os espíritos mentirosos de Satanás, e a verdade deve ser ardentemente buscada e encarada com desejo sincero de conhecê-la e de a ela obedecer à luz de Deus: verdade sobre nós mesmos, discernida por investigação imparcial; verdade das Escrituras, sem colorido extra, distorções, mutilações, diluições; verdade ao encarar os fatos da experiência de todos os membros do Corpo de Cristo e não de uma parte do Corpo apenas.

(Gerra contra os Santos, Tomo1, por Jesse Pen Lewis - Irlandesa que participou do Avivamento no país de Gales no Século XIX)


O crente espiritual é exortado a "julgar todas as coisas"

O dever de examinar as coisas espirituais é fortemente recomendado pelo apóstolo Paulo repetidas vezes. "O homem espiritual julga (examina, ou como está no grego, investiga e decide) todas as coisas" (1Co 2.15). O crente espiritual deve usar seu julgamento, que é uma faculdade renovada se ele é um homem espiritual. Esse exame ou julgamento espiritual é mencionado em relação às "coisas do Espírito de Deus" (v. 14), o que nos mostra como o próprio Deus honra a personalidade inteligente do homem que Ele recriou em Cristo, convidando-o a julgar e a examinar as obras de Seu próprio Espírito, de modo que até mesmo as "coisas do Espírito" não devem ser recebidas como provenientes Dele sem serem examinadas e espiritualmente discernidas como sendo de Deus.

Quando, no entanto, se diz, a respeito das manifestações sobrenaturais e anormais que vemos hoje em dia, que não é necessário nem mesmo da vontade de Deus que os crentes entendam ou expliquem todas as obras de Deus, isso não está de acordo com a declaração do apóstolo de que "o homem espiritual julga todas as coisas" e, conseqüentemente, deve rejeitar tudo o que o seu julgamento espiritual for incapaz de aceitar, até que venha um tempo em que seja capaz de discernir com clareza o que é realmente de Deus e o que não é.

Além disso, o crente não deve apenas discernir ou julgar as coisas do espírito - ou seja, todas as coisas no mundo espiritual -, mas deve também julgar a si mesmo. Pois "se nos julgássemos a nós mesmos" (a palavra grega traduzida como julgar significa uma investigação completa), não deveríamos necessitar da disciplina do Senhor para trazer à luz as coisas em nós mesmos que não fizemos passar por essa investigação completa (1Co 11.31).

"Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos" (1Co 14.20), escreveu o apóstolo novamente aos coríntios, quando lhes explicava sobre a obra do Espírito entre eles. O crente deve ser amadurecido no juízo, isto é, ser capaz de examinar, "de trazer à prova" (grego: provar, demonstrar, examinar (2Tm 4.2)), e "provar todas as coisas" (1Ts 5.21). O crente deve ter conhecimento abundante e "todo discernimento" para "aprovar as coisas excelentes", para que possa ser "sincero e inculpável" até o dia de Cristo (Fp 1.10).

(Gerra contra os Santos, Tomo1, por Jesse Pen Lewis - Irlandesa que participou do Avivamento no país de Gales no Século XIX)


"Espíritos" não são testados

Infelizmente, Castellanos não tem como hábito testar os espíritos, conforme 1Jo 4:1: "Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.". Veja as palavras de Castellanos em seu livro Sonha e ganharás o mundo:

"Quando Deus fala a seu coração, não pense duas vezes, dê o passo! Dando o passo, vem o revestimento do Senhor, e algo acontece no mundo espiritual" [pg.141]

Bem, de fato algo acontece no mundo espiritual sim, e certamente não é nada tão bom como acredita o fundador da MCI e do G12.

Em 1 Tessalonicenses 5.21 a Bíblia ordena que todas as coisas precisam ser analisadas criticamente, por isto, o objetivo deste estudo é falar sobre a Verdade, não verdades humanas, mas sim aquela que liberta e provém do Reino do Senhor. Alertar aos irmãos sobre algo que é errado é também uma obrigação do membro do Corpo de Cristo, pois o objetivo é o fortalecimento deste Corpo. Veja Ezequiel 33:3 - "e, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo;" E como fortalecemos o Corpo? Justamente não cedendo aos objetivos demoníacos e rejeitando qualquer espécie de divisão ou ainda de rebelião. Falar em rebelião sugere que devamos ser obedientes aos nossos pastores, e isto é verdade, mas somente até o ponto que não nos faça pecar, pois nossa total e plena obediência deve ser com Deus, e Suas verdades Bíblicas reveladas por Deus Pai e seu filho Jesus.

"Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para caridade fraternal, não fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;" 1Pe 1:22

Aliás, o versículo acima resume o propósito deste estudo que é de manter-se fiel e obediente à verdade Bíblica, mas com amor sincero pelos irmãos que ainda encontram-se enganados, de modo a fazer com que cada um ouça o que o Espírito Santo tem a dizer sobre o G12, e que possam ver com os olhos do Espírito Santo de Deus e não mais com olhos obcecados por uma "visão" humana, que nem sequer passa pelo teste bíblico da "confirmação pela Palavra".

Veremos mais adiante alguns trechos dos relatos acerca da "visão" de Castellanos e provaremos o quanto tais pensamentos estão distantes da Bíblia. Tudo isto para honra e glória do nosso Deus, que em sua infinita misericórdia deixou-nos um tesouro para servir-nos de bússola em meio às tempestades presentes e futuras.

Aos Pastores

A todos os pastores que pela graça de Deus, lerem este material, o façam com amor e tendo a certeza de que quando elaborei este trabalho, o fiz única e exclusivamente movido por um sentimento de profunda preocupação com o Corpo de Cristo. Peço-lhes com todo amor, que leiam atentamente cada parágrafo deste texto e que confiram em sua Bíblia todas as citações.

Digo isto, pois o meu único compromisso é com a verdade Bíblica, e não tenho o propósito de defender nenhuma denominação, bem como não almejo ser detentor de toda a verdade. As linhas que agora chegam a suas mãos foram redigidas, com o propósito de fortalecer o Corpo de Cristo do qual fazemos parte, cujo cabeça é o Senhor Jesus.

Certamente algumas pessoas num primeiro momento pensarão que este material é uma afronta e que Deus jamais permitiria que você fosse enganado, pois em sua misericórdia não permitiria a um Pastor ou um Cristão atuante estar enganado, mas na verdade a Palavra de Deus nos alerta que o engano pode ocorrer sim, e os Cristãos não estão livres disto. Veja:

"Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos;"
2Tm 4:3

"Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça. Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra."
2Ts 2:9-17





quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A INCRÍVEL FAUNA AMAZÔNICA


Fauna da Amazônia


A região amazônica, pela sua variedade vegetal e hídrica possui também uma das maiores concentraçoes faunísticas da terra, tendo espécies de animais que ainda nem foram catalogadas pela ciência. Os animais da Amazônia não são facilmente observáveis pela densidade de sua floresta e devido a isso, muitas espécies vivem escondidas nas matas. Ainda assim continuam sendo predatoriamente capturados pelo homem.

Mamíferos

Cerca de 427 espécies de mamíferos, sendo 173 endêmicos mostram a dimensão da fauna amazônica. Esse número ainda pode crescer, pois há sempre novas espécies sendo descobertas.

Existem na regiao, 158 espécies de morcegos, 110 de roedores, cujos representantes mais famosos são a capivara que chega a medir mais de 1 metro e pesar mais de 50 quilos, além da paca e da cutia.

Os primatas também são muito numerosos. Há cerca de 81 espécies de macacos classificadas pelos cientistas e continuam ainda sendo descobertos, à razão de quase uma por ano, o que representa um índice alto para a ciência.

Há pelo menos seis espécies de felinos originais como a onça pintada (jaguar), preta (jaguanun), vermelha (puma) e jaguatirica (gato maracajá). Há ainda 4 espécies de veados.


Onça pintada. Foto: Ribamar Caboclo

A anta é o maior animal da Amazônia. Uma mistura de rinoceronte com cavalo. Existe ainda uma espécie de porco do mato, chamado de catitu e o queixada, diferente do porco doméstico, pois possui a calda atrofiada. 

Também é importante citar os tatus, os tamanduás, os gambás e os preguiça.
Aves

Cerca de 1.800 espécies de pássaros vivem na Amazônia, dentre os quais se destacam galo-da-serra, uirapuru, flamengo,gavião real, águia, falcão, arara, papagaio e periquito. Boa parte das espécies vive ameaçada de extinção, devido à riqueza de suas plumagens .

Além das citadas acima podemos acrescentar colibri, o sabiá, cardeal, sanhuçu, corrupiao, etc.

Répteis

No grupo de cobras, figuram as serpentes como a coral, a surucucu e a jararaca que são as venenosas. A sucuri, a sucuriju e a jibóia, constam das não venenosas, podendo atingir mais de 10 metros de comprimento, o que permite o domínio e morte da presa por estrangulamento.

Já no grupo dos jacarés, destacam-se o Açu (maior dos jacarés) e o tinga. Fechando esse grupo, temos os quelonios, como a tartaruga-do-amazonas, o tracajá , o cágado e o matá matá.


Jacaré-Açu. Foto: Ribamar Caboclo

Peixes
A Amazônia possui mais de 3000 espécies de peixe, sendo que 1.800 já se encontram catalogados pelo INPA. Já foram catalogados mais espécies de peixes na Amazônia do que no rio Congo e Mississipi juntos. 

Os peixes mais conhecidos são : tucunaré, pirarucu, tambaqui, matrinxa, curimata, carauaçu, pacu, pescada. Jaraqui, piranha, dourado, surubim e sardinha.

O tucunaré e o pirarucu sao os mais apreciados pela populacáo.
Na Amazônia existe o peixe-boi, peixe mamífero. Pode ser visto no aquário de mamíferos aquáticos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus. É um peixe raro, estudado pelos cientistas por estar na lista de peixes ameaçados de extinçao. 

Golfinhos

Várias espécies de botos também habitam a Amazônia e constituem atraçoes turísticas em vários hotéis de selva na regiáo, onde domesticados, podem ser alimentados e nadam lado a lado com os turistas.


Boto da Amazônia. Foto: Ribamar Caboclo
Aves

Existem cerca de 1.800 espécies de pássaros, dentre os quais se destacam galo-da-serra, uirapuru, flamengo, gavião real, águia, falcão, arara, papagaio e periquito. Boa parte das espécies vive ameaçada de extinção, devido à riqueza de suas plumagens. Além das citadas acima podemos acrescentar colibri, sabiá, cardeal, sanhaçu, corrupião, etc.

Répteis

No grupo das cobras, figuram as serpentes como a coral, as surucucu e a jararaca que são as venenosas. A sucuri, a sucuriju e a jibóia constam das não venenosas, podendo atingir mais de 10 metros de comprimento, o que permite o domínio e morte da presa por estrangulamento. Já no grupo dos jacarés, destacam-se o Açu(maior do Brasil) e o tinga. Fechando esse grupo temos ainda os quelônios , como a tartaruga-do-amazonas, o tracajá, o jabuti, o cágado, o matá matá, etc.

Anfíbios

Conhecido cientificamente por batráquios, este grupo é bastante numeroso não só em quantidade mas pela variedade. São imporantes na cadeia biológica na medida em que se alimentam dos insetos da região, e, por sua vez, servem de alimentos aos ofídios. Cresce o interesse cinetifico por este grupo, principalmente depois de estudos sobre a produção de remédios e antídotos a partir dos venenos que os sapos, as rãs e as pererecas produzem naturalmente.

Insetos

Participante assíduo do sistema ambiental amazônico este grupo assume um papel vital na cadeia alimentar. Conhece-se mais de 200 espécies de mosquitos e cerca de 1.800 espécies de borboletas. Estas últimas tem, na região, a chamada terra da promissão, gafanhotos, vespas, formigas, percervejos, abelhas e tanajuras, são mais conhecidos na região.

Das 1500 espécies coletadas, pelo inglês Bates, entre 1848 e 1859, cerca de 8 mil eram completamente desconhecidas. Algumas espécies são  hermafroditas , outras se alimentam de seivas, plantas ou folhas, outras vivem nas próprias arvores.

Multidões de formigas trabalham dia e noite, como saúvas, térmitas e carnívoras. Este grupo constitui um dos grande obstáculos à penetração do homem na selva amazônica , onde proliferam de forma extraordinária, desde o minúsculo mucuim até o inofensivo titanus giganteus, um dos maiores besouros da terra, com mais de 15 cm de comprimento.

Fonte: Portal Amazônia, com informaçoes da obra "O Espaço Geográfico do Amazonas, de Marconde Carvalho de Noronha".


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